Divagações: Death Proof

Três anos. Foi esse o tempo que se passou entre o lançamento oficial de Grindhouse e a chegada de Death Proof ao Brasil. Desde a decisão d...

Três anos. Foi esse o tempo que se passou entre o lançamento oficial de Grindhouse e a chegada de Death Proof ao Brasil. Desde a decisão de separar o filme em dois de acordo com o diretor, o lançamento de Planet Terror (no final daquele ano) até agora ficou no ar a questão: Porque Death Proof não estreia no Brasil? Enfim, demorou, mas chegou.

Não que a indagação deva ser esquecida. Planet Terror e Death Proof foram feitos para exibição conjunta, mas foram separados por questões mercadológicas. Levando em conta essa justificativa, faz algum sentido que haja um intervalo de tempo entre os dois lançamentos, mas não um intervalo tão grande!

Além disso, a decisão de lançar primeiramente o filme de Robert Rodriguez me parece estranha, uma vez que Tarantino sempre foi mais conhecido e popular entre esse público (de filmes ultraviolentos). Espero que pelo menos em DVD os filmes sejam finalmente unidos. Afinal, existe ma razão para os dois serem próximos. Sem contar o excesso de violência, claro.

Planet Terror faz uma homenagem a todos os clichês do gênero (ou o máximo possível), explorando a tensão, o suspense, os tiros e o sangue. Enquanto isso, Death Proof abusa da sensualidade natural e cheia de celulite de moçoilas nem tão inocentes (como você pode imaginar). E de um humor cruel. Acreditem ou não, Death Proof é muito engraçado – mesmo que você se questione porque está rindo dessas desgraças. O fato é que é tudo tão surreal que você não pode se culpar, então relaxe – e goze.

O filme conta separadamente a história de dois grupos de moças. O primeiro é liderado por Jungle Julia (Sydney Tamiia Poitier), uma celebridade local, e suas amigas. Elas estão passando por diversos bares no caminho para a casa do lago do pai de uma delas, onde terão uma noite só de meninas. O segundo grupo é formado por quatro dublês de Hollywood que estão passeando (e vivendo altas aventuras) durante seus dias de folga.

As duas histórias têm um ponto em comum quando um tal de Stuntman Mike (Kurt Russell) resolve atacar as meninas com seu carro à prova de morte. Tudo parece igual, mas as reações são bem diferentes. Ou seja, é um belo exercício de perseguições para Tarantino. Também é uma bela oportunidade para ver atores diferentes no cinema. Com a exceção de Russell, todo o elenco é de desconhecidos, com destaque para a dublê Zoe Bell, que trabalha constantemente nos filmes de Tarantino (sim, ela é a noiva em alguns momentos) e, aqui, interpreta a si mesma (oi?). Outra diversão possível é reconhecer personagens que estiveram presentes em Planet Terror ou atores que estão em outros filmes de Tarantino (como Inglorious Basterds).

Finalizando, quero deixar claro que em nenhum momento esse é um “filme cabeça”. Também não é indicado para gente que está caindo de paraquedas nos filmes de Tarantino (embora essas pessoas nem cheguem a ler isso aqui) e muito menos para quem não pode ver sangue. É um filme divertido (que meu pai chamaria de “uma grande bobagem”), para ser assistido sem compromisso e, de preferência, com a galera. Divirta-se!

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1 recados

  1. "...para ser assitido sem compromisso e, de preferência, com a galera."

    Obedeci, haha!

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