Divagações: I Am Number Four

De vez em quando é bom entrar em uma sala de cinema totalmente sem expectativas com relação a um filme. Eu, como fã das sessões baratas em h...

De vez em quando é bom entrar em uma sala de cinema totalmente sem expectativas com relação a um filme. Eu, como fã das sessões baratas em horários estranhos, aproveito essas ocasiões para ver filmes assim. I Am Number Four, por exemplo, não chamava nem um pouco a minha atenção. Era o tipo de filme que eu veria apenas se não tivesse nada melhor para fazer em um domingo de tarde e, por acaso, estivesse passando na televisão. Não que a situação tenha sido muito diferente, mas isso não vem ao caso (vamos fingir que eu só faço coisas importantes com o meu tempo).

A história acompanha o adolescente loiro, bonitão, exibido e bronzeado, Daniel (Alex Pettyfer). Em pouco tempo, seu nome muda para John Smith. Acontece que ele é um extraterrestre que veio para a Terra depois que seu planeta foi destruído pelos Mogadorians – os vilões malvados que adoram acabar com mundos alheios. Na verdade, ele nem se lembra de como era a vida nesse lugar. Tudo o que ele sabe sobre quem é foi ensinado por seu guardião Henri (Timothy Olyphant), um cara legal que tenta se passar por seu pai aos olhos terráqueos.

Acontece que o rapaz fazia parte de um time de nove supercrianças que estavam sendo treinadas para defender o planeta e os Mogadorians resolveram caçar essa turminha em ordem. Como três já foram mortos, nosso herói é o próximo da lista. Para fugir da perseguição, John Smith se muda para uma cidade pequena, onde encontra todos os clichês clássicos de uma escola: o fortão do time de futebol, Mark (Jake Abel); o nerd perseguido Sam (Callan McAuliffe); e a linda ex-namorada do fortão, Sarah (Dianna Agron). Isso sem contar a "gostosona" interpretada por Teresa Palmer que fica aparecendo em cenas paralelas. Nem preciso dizer que o protagonista vai se apaixonar e arrumar uma pequena encrenca que pode resultar na destruição da Terra.

Só por essa sinopse dá para perceber que eu fiz bem em ver o filme sem ter criado expectativas. Na verdade, a ideia não seria das piores se o filme fosse uma comédia. Os personagens são tão estúpidos que eles até fazem sentido – pense bem, são adolescentes abobados, afinal de contas! Infelizmente não conheço o livro de James Frey e Jobie Hughes, então não sei se a obra original vale a pena ou se chegam a ter um pouco mais de conteúdo. No filme, pelo menos, os diálogos são pobres e as motivações são fracas. A impressão que eu tive é que a produção não passava de um veículo para Alex Pettyfer ganhar mais algumas fãs, já que ele vai estrelar outros dois filmes esse ano: Beastly e Now.

Além disso, há o detalhe básico das imensas deixas feitas especialmente para criar um clima para a continuação. Embora a promessa seja de uma série com seis livros, apenas o primeiro pode ser lido por enquanto (o segundo está em pré-venda, com lançamento marcado para agosto). Ou seja, foi uma aposta bastante arriscada do estúdio, mesmo com o poder que os best-sellers do New York Times costumam ter. Sim, você não leu errado. O livro vendeu muito bem e, de acordo com o site Box Office Mojo, o filme também não se saiu tão mal assim. Tendo custado “apenas” 60 milhões de dólares, a produção já arrecadou quase 130 milhões ao redor do mundo. Isso não representa um sucesso absoluto, mas pelo menos não é um fracasso como Dragonball Evolution, que não chegou a somar 60 milhões (reparem no nível da comparação). Esse desempenho nas bilheterias, no entanto, ainda não dá a garantia de um segundo filme (ufa).

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1 recados

  1. Eu assisti esse filme e achei ele bem fraquinho... Mesmo não se saindo tão mal nas bilheterias, não acho que haverá outra sequência... A crítica foi bem negativa.

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