Divagações: Winnie the Pooh
19.4.12
Ser
criança é muito bom! Principalmente quando podemos acompanhar personagens tão
fofos quanto esses de Winnie the Pooh. Eu adorava quando era pequena e o
carinho permanece até hoje, tanto que não pude resistir ao filme! Como desculpa
de ‘gente grande’ posso dizer que é raro ver animações desenhadas quadro a
quadro hoje em dia – ainda mais com a qualidade da Disney –, mas a verdade é
que a nostalgia foi mais forte.
Voltando
às origens, Winnie the Pooh mantém o visual que já conhecemos, inclusive nos
maravilhosos cenários, e conta as histórias a partir de um livro, encontrado no
quarto do próprio Christopher Robin (Jack Boulter), o dono dos brinquedos. Esse recurso, embora bastante
comum, é bem explorado, pois às vezes os personagens saem das ilustrações,
interagindo com as letras que narram a história (a voz que lê o livro é de John Cleese).
Para os mais moderninhos, em alguns momentos o filme me lembrou dos aplicativos
para iPad com livros para crianças.
Aliás,
recentemente tive a oportunidade de ler o primeiro livro dos personagens,
escrito por A. A. Milne. Embora as mídias sejam diferentes e o filme não seja uma
adaptação completamente fiel (até porque as histórias tradicionais já são bem
conhecidas), garanto que a experiência é similar, mostrando todo o cuidado
utilizado durante a produção.
De
qualquer modo, o filme conta duas historinhas integradas. Na primeira, Eeyore (Bud Luckey)
perde seu rabo e Winnie the Pooh (Jim Cummings) e seus amiguinhos decidem organizar um
concurso para achar um substituto adequado. Já na segunda metade do filme, o
ursinho encontra um bilhete de Christopher Robin e pede para que Owl (Craig Ferguson)
o leia. A coruja deduz que o menino foi capturado pelo terrível Backson (Huell Howser),
então Rabbit
(Tom Kenny)
organiza uma missão de resgate. Obviamente, algo dá errado e é exigido do
medroso Piglet
(Travis Oates) que ele tenha uma boa dose de coragem. Além desses
personagens, também será possível matar a saudade de Tigger (Jim Cummings)
e dos cangurus Kanga
(Kristen Anderson-Lopez) e Roo (Wyatt Dean Hall).
Outro
destaque do filme é a trilha sonora, que não poderia deixar de ser mais fofa
(também, né?). Embora os personagens não cantem, as canções têm letras
grudentas o suficiente para você ficar relembrando após o filme. Aliás, ninguém
mais canta nos desenhos animados além das princesas? Embora seja uma mudança
positiva em muitos aspectos, sinto falta dos filmes em que tudo parava para os
personagens expressarem seus sentimentos com uma música.
Assim,
embora os adultos possam gostar de rever uma parte da infância e as
adolescentes adorem um ursinho fofo, Winnie the Pooh é, basicamente, um filme
para crianças pequenas, bem pequenas. As histórias são fáceis e lembram
brincadeiras infantis (bom, é o Christopher Robin que as inventa, tecnicamente). Além
disso, o filme é realmente curto com uma duração ideal para manter as crianças
atentas – são apenas 63 minutos. Para quem queria voltar a ser criança é muito
pouco, mas garante um gostinho bom.
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