Divagações: Star Trek Into Darkness

Embora a estreia no Brasil esteja marcada para 14 de junho, Star Trek Into Darkness recebeu um lançamento diferenciado, com sessões únic...

Embora a estreia no Brasil esteja marcada para 14 de junho, Star Trek Into Darkness recebeu um lançamento diferenciado, com sessões únicas diárias em alguns cinemas. Acho a iniciativa interessante, principalmente porque o filme começou a lançado internacionalmente no começo de maio e os fãs brasileiros estavam bem desesperados, recebendo informações contraditórias e spoilers por todos os lados.

Ao mesmo tempo, os cinemas colocaram o filme em seus horários mais caros e deixaram os ansiosos em uma situação ruim, com poucas opções. Eu gosto mais de um lançamento amplo, mundial e devidamente divulgado, ao contrário desse incentivo ao boca-a-boca. Inclusive, no cinema em que eu fui, poucos pareciam ter percebido que Star Trek Into Darkness estava em cartaz, fazendo filas gigantescas para Fast & Furious 6...

Ao filme! Mais uma vez sob o comando de J.J. Abrams, essa nova aventura começa com um pequeno episódio que ressalta as diferenças entre o capitão Kirk (Chris Pine) e seu primeiro oficial, Spock (Zachary Quinto). Ao longo do filme, as picuinhas entre os dois continuam, inclusive se aproveitando dos atritos no relacionamento de Spock com Uhura (Zoe Saldana). Tudo, no entanto, precisa entrar nos eixos quando a paz da federação é colocada em risco pelo misterioso – e poderoso – John Harrison (Benedict Cumberbatch), um ‘homem’ sem um objetivo claro, mas um grande potencial destrutivo.

Movidos por sentimentos como vingança e lealdade, os personagens de Star Trek Into Darkness fazem todas as explosões valerem a pena. Acredite, o filme está repleto de tiros, perseguições, brigas e barulhos pelo espaço. É uma grande correria com termos e criaturas tão diversas que para crianças, por exemplo, pode ser difícil de acompanhar (a propósito, a recomendação etária no Brasil é de 12 anos).

No entanto, não é necessário lembrar detalhes do filme anterior, apenas ter uma boa noção da função de cada um dos tripulantes. Só para lembrar, também estão na nave nomes como Bones (Karl Urban), Scotty (Simon Pegg), Sulu (John Cho) e Chekov (Anton Yelchin), além da novata Carol (Alice Eve). Outros personagens que também merecem menção, esses do lado burocrático da federação, são Pike (Bruce Greenwood) e Marcus (Peter Weller).

A principal atração, ao menos para mim, é a presença de Benedict Cumberbatch, sua poderosa voz (explorada ao máximo e sempre que possível) e seu misterioso vilão. Ele não chega a roubar as cenas dos personagens fixos da franquia, mas é a grande novidade e dá um tempero especial para o filme. Afinal, trata-se de um personagem bem interessante, capaz de jogar tanto com as emoções exacerbadas de Kirk quanto com a lógica irredutível de Spock.

Assim, sem se sentir obrigado a introduzir boa parte de seus personagens, Star Trek Into Darkness parte direto para a história e, a cada nova sequência, impressiona com seus cenários e efeitos especiais. Quem gosta de uma boa ação deve aproveitar bastante o filme, especialmente porque é um dos poucos em cartaz no momento que podem ser enquadrados no gênero.

Contudo, o filme fica a dever um pouquinho em questão de movimentos de câmera bruscos e iluminações criativas. Essas características deram uma identidade própria ao filme anterior, mas foram minimizadas nessa continuação em benefício do 3D. Eu me questiono se isso valeu a pena, ainda que o efeito esteja bem empregado e não chegue a incomodar (exceto às pessoas naturalmente mais sensíveis).

Ou seja, ainda que fique devendo para a boa surpresa que tivemos em 2009, Star Trek Into Darkness é uma excelente opção para quem não está com dor de cabeça e quer ir ao cinema se divertir. Mesmo com as reviravoltas podendo ser previstas a anos-luz de distância, o filme é esperto e exige atenção, merecendo o respeito do espectador médio e mantendo a linha com os exigentes fãs da série.


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2 recados

  1. E finalmente vi sua crítica!

    Caramba, o assisti no final de semana passado, e sim, foi muito súbita a descoberta das sessões especiais (as 2 da manhã)...

    Mas eu saí do cinema tão emocionado, que cheguei a comentar com um amigo que o filme foi tão bom, tão bom, que me fez esquecer da frustração do Homem de Ferro 3 (sim, ainda estou frustrado)...

    Cumberbatch realmente foi aquela pitada maravilhosa, e JJ sobre extrair o melhor dele para o personagem. Caramba, me arrepio só de lembrar...

    Quando estrear de fato, vou querer repetir a experiência. E como o 3o. está nos planos da Paramount, vai ser difícil imaginar ele sem o JJ no comando...


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  2. Às duas da manhã? Nossa! Em Curitiba, a maior parte era por volta das 21h...

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