Divagações: Percy Jackson and the Lightning Thief

Para assistir Percy Jackson and the Lightning Thief é preciso ter espírito leve e um bom humor. Não que o filme seja ruim, pelo contrário,...


Para assistir Percy Jackson and the Lightning Thief é preciso ter espírito leve e um bom humor. Não que o filme seja ruim, pelo contrário, a produção vale a pena, mas uma pessoa mais criticamente atenta pode se irritar com as falhas na história.

Aqueles com os nervos não tão a flor da pele devem comprar suas pipocas e refrigerantes, sentar confortavelmente e se divertir. Percy Jackson, sua personalidade e as situações têm uma comicidade cativante. Basta relaxar e não levar muito a sério. Afinal, da primeira a última cena a pergunta é a mesma: “Porque Zeus acha que Percy Jackson é o ladrão de raios?”. Peço desculpas por contar isso antes da hora, mas a pergunta não é respondida. Talvez na continuação, se ela acontecer.

A história segue Percy Jackson (Logan Lerman), um rapaz disléxico e com problemas de atenção, que, na verdade, não tem nada disso. Seu problema é ser filho do deus grego Possêidon. Ele descobre isso quando Zeus o acusa de ter roubado seu raio. A partir daí, muitas criaturas resolvem ir atrás de Percy – todos querem o raio, a arma mais poderosa já criada. Para fazer uma chantagem, Hades sequestra a mãe de Percy e é isso que realmente move a história.

Em sua tentativa de fazer um Harry Potter americano, Chris Columbus reuniu um elenco de peso (Sean Bean, Pierce Brosnan, Uma Thurman, Catherine Keener, Rosario Dawson), efeitos especiais de qualidade e um protagonista com lindos olhos azuis (Lerman). A fórmula já teve bons resultados, tanto com Potter (como Columbus bem sabe) quanto com The Lord of the Rings.

Provavelmente, Percy Jackson and the Lightning Thief irá render um bom dinheiro, mas não irá alcançar os números de Harry Potter (nem de The Lord of the Rings). Ainda há dúvidas sobre a existência de uma continuação, pois o livro não é um sucesso tão estrondoso assim e, é preciso confessar, embora tenha seus méritos criativos, a história não chega a ser fantástica (ou talvez isso seja culpa dos buracos do roteiro).

O jeito é esperar pelas reações dos pré-adolescentes sedentos por uma história envolvente. Os entendidos apostaram que depois dos bruxos seria a vez dos vampiros e que depois dos vampiros chegaria o momento dos zumbis. Será que há espaço para os deuses gregos?

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2 recados

  1. Po eu espero que se pareça pelo menos um pouco com o livro,porque o livro é ótimo,já li quase todos.

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  2. Eu fiquei me perguntando como eles arranjavam tanto dinheiro pra gasolina!

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