Divagações: The Social Network

Depois de muito lutar contra o destino, finalmente consegui ver esse filme! E quem acompanha o blog, sabe que eu estava esperando por isso ...

Depois de muito lutar contra o destino, finalmente consegui ver esse filme! E quem acompanha o blog, sabe que eu estava esperando por isso há tempos. Antes de começar a falar sobre o filme propriamente dito, gostaria de comentar essa onda de colocar comerciais antes dos filmes. Acho muito válido, coloca mais dinheiro no mercado de exibição, abre um novo espaço publicitário. Mas dez minutos de propaganda antes de um filme? Poxa, isso é muita coisa. Sinceramente, três minutos é o máximo que eu aguento. E, por favor, não cortem os trailers!

Enfim... Mesmo colocando fé que o filme seria bom, entrei na sala de cinema cheia de dúvidas. Jesse Eisenberg sabe atuar ou só fazer papel de nerd? O que Justin Timberlake faz no elenco? Andrew Garfield é bom mesmo? Vai ter alguma mulher nesse filme? Um filme cheio de personagens de Harvard pode divertir? A história do Facebook realmente é capaz de render um filme interessante? Garanto que consegui uma resposta às minhas questões e até algumas coisas que nem me tinham vindo à mente. Vou responder tudo, mas fora de ordem.

Primeiramente, saí da sala achando que The Social Network é um filme muito engraçado. Não como The Hangover é engraçado, claro, mas dei risadas no cinema. Ele mostra o absurdo das situações em que as pessoas se metem e as coisas que são capazes de fazer para atingir seus objetivos. Mesmo quando os personagens são caricatos demais para serem reais, você sabe que aquilo poderia acontecer. As pessoas conseguem ser simplesmente tão patéticas, inclusive eu e você.

O diretor, David Fincher, contou sua história cheio de indas e vindas no tempo e, até, de um jeito um pouco confuso. Mesmo assim, dá para pegar o jeito facilmente. Mais do que a simples história do surgimento de um site, ele conta com suas consequências (jurídicas, diga-se de passagem).

Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg) é um aluno de Harvard brilhante em sua área (programação). O que não o impede de ser um desastre com as meninas e ter pouquíssimos amigos. Assim, recorre a seu melhor amigo, Eduardo Saverin (Andrew Garfield), quando tem uma ideia brilhante para um site. O único problema é que a ideia talvez não seja totalmente sua, uma vez que alguns alunos já o haviam chamado para participar de um projeto parecido. À medida que o site cresce em popularidade, Zuckerberg tem que enfrentar os problemas que surgem, incluindo processos por roubo de propriedade intelectual. Além do surgimento de um novo amigo, Sean Parker (Justin Timberlake), que ajuda nos negócios, mas prejudica suas velhas relações.

O elenco todo funciona muito bem, embora todos pareçam estar interpretando versões exageradas de si mesmos (exceto Garfield que, eu espero, deve se sair bem como o próximo Spider-Man). De qualquer forma, a produção é de uma excelente qualidade técnica, fazendo com que o resultado final seja bastante agradável. Não é um filme maravilhoso, mas é bem interessante para quem gosta desse universo de redes sociais, aliado a homens de negócios (as mulheres, com raríssimas exceções, não têm personalidade).

É um filme que eu recomendo e que deve se dar bem em premiações (principalmente em prêmios técnicos), mas talvez seja facilmente esquecido em alguns anos. The Social Network é engraçado, sério, jovem e maduro – tudo ao mesmo tempo. Por isso, vale a pena ver para descobrir “qual é” a desse filme. Só não leve seu pai/tio/avô avesso à tecnologia ao cinema, é chato ter que ficar explicando o que está acontecendo (eu não fiz isso, mas vi acontecer).

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