As expectativas para assistir Tron: Legacy se resumiam a ver efeitos especiais legais e um filme com cara (e figurino) dos anos 1980. Particularmente, não esperava muito da história – e acho que essa as demais pessoas na sala também não. Se você for ver o filme com esse espírito é bem provável que você goste e se divirta, especialmente em salas 3D de boa qualidade e com um bom som. O único problema é ter que ver dublado (existe algum lugar que esteja exibindo em 3D e legendado?).
Enfim, Sam Flynn (Garrett Hedlund) é um jovem um tanto quanto rebelde e acionista de uma grande corporação na área de informática. Mas ele não se importa muito com a empresa, aliás, discorda bastante da política adotada, uma vez que ela difere bastante dos ideais de seu pai. Desaparecido há quase vinte anos, Kevin Flynn (Jeff Bridges) era o protagonista do primeiro filme. Ele já é considerado morto pelos familiares e colegas, mas está preso em uma realidade virtual controlada por um programa que criou a sua imagem e semelhança, chamado Clu (Jeff Bridges). No entanto, Sam consegue entrar, abrindo o portal que possibilita também o retorno do pai e de sua nova amiga Quorra (Olivia Wilde) ao mundo real – o que não vai acontecer sem um bocado de resistência e perseguição, pois Clu também adoraria sair.
Quem não viu o filme anterior ou não lembra da história, também não precisa se preocupar. Tron: Legacy explica mais ou menos o que aconteceu antes de uma maneira rapidinha. Afinal, o que importa mesmo são as motos, as perseguições, as luzes, as festas, os drinques, as lutas etc.. Não que a história seja completamente dispensável. O filme traz elementos interessantes, mas a ideia de alguém que “entra em um computador” e encontra uma sociedade de programas lá dentro não é mais tão convincente quanto deveria ser a vinte anos.
A estética com roupas brilhantes, veículos arredondados e pessoas que parecem robozinhos (que me deixava apreensiva a cada novo material promocional) acaba sendo menos incômoda com o tempo, afinal, é como se fosse um fliperama transformado em realidade. Talvez os mais novos acabem cismando mais com isso, mas no geral não é um problema – é até uma diferenciação interessante quando se compara a outros filmes do gênero. Na verdade, eu achava que isso poderia ser modernizado até que vi como era no primeiro filme e percebi como está melhor! Se você duvida, veja o trailer.
No geral, o filme tem um bom ritmo e diverte. Não se prenda aos termos de informática ou às informações técnicas que os personagens tentam passar, apenas embarque na ideia e pense em quantas vezes você imaginou como seria legal entrar no seu jogo de videogame e realmente viver aquilo (se você não teve infância ou nunca imaginou algo parecido, talvez essa seja uma boa oportunidade de relaxar). Tudo bem que a estrutura é um pouco óbvia e você fica com a sensação de já ter visto um filme parecido antes... O protagonista também vai perdendo o carisma aos poucos, mas nesse ponto você já está entretido com os demais personagens – e o filme é do Jeff Bridges, não adianta.
Agora, alguém pode explicar qual é a grande importância desse tal de Tron? Ele mal aparece no filme, não faz nada e ainda tem seu nome no título. É para só fazer sentido para os fãs do primeiro filme ou será que cortaram alguma cena importante?
Para este nerd aqui, algumas informações técnicas foram interessantes...
ResponderExcluirA importância do Tron se resume nisso: ele é um programa que foi criado no primeiro filme, para lutar pelos usuários (logicamente no primeiro longa, ele teve a sua devida importância). O outro personagem, o Rinzler, é o Tron só que modificado... Então...