Divagações: Megamind

Gosto. Não gosto. Quero ver. Não quero. Deve ser aproveitável. Deve ser péssimo. Vamos? Não fui. Por alguma razão, acabei perdendo a oportun...

Gosto. Não gosto. Quero ver. Não quero. Deve ser aproveitável. Deve ser péssimo. Vamos? Não fui. Por alguma razão, acabei perdendo a oportunidade de assistir Megamind no cinema. Minha desculpa, em parte, era querer ouvir as vozes originais, com Brad Pitt, Will Ferrell e Tina Fey. Na verdade, eu estava na dúvida porque o trailer e os materiais promocionais haviam dado a impressão de um filme, digamos assim, mais ou menos.

Assim, para quem esperava tão pouco, eu me surpreendi – e foi positivamente. Claro que não posso fazer grandes análises a respeito da qualidade de animação porque vi o filme no avião (olha como eu sou chique), mas a história não é das piores.

O filme acompanha o supervilão Megamind (Will Ferrell). Quando bebê, seu planeta de origem foi destruído e seus pais o lançaram no espaço. Já no caminho, ele encontrou Metro Man (Brad Pitt). Os dois foram parar na Terra, onde Metro Man se tornou um rapaz bonito e um herói adorado por todos. Já Megamind se envolveu desde cedo com presidiários e nunca se enquadrou direito com sua pele azul e cabeça desproporcional. Assim, a inveja tomou conta dele, que passou a elaborar um “plano infalível” atrás do outro. Muitas dessas armações, aliás, envolviam a jornalista Roxanne Ritchie (Tina Fey), queridinha do herói. Tudo vai muito bem até que um determinado plano dá certo.

Simples, óbvio, cheio de clichês, mas divertido. O filme às vezes brinca com os super-heróis, às vezes cai em suas próprias armadilhas. A mocinha cheia de atitude é quem faz a história andar, deixando os dois “meninos” com menos personalidade do que deveriam. Além disso, o vilão e o herói são mostrados de uma maneira em que a bondade parece interesseira e a maldade é (até certo ponto) justificada. Sendo assim, a ideia de ter um protagonista “do mal” acaba não sendo seguida exatamente a risca.

Para completar a situação, Megamind não consegue fugir da comparação óbvia com outra animação protagonizada por um vilão e lançada recentemente: Despicable Me. Os dois filmes têm muitos elementos em comum, inclusive os ares de decadência do protagonista e os ajudantes engraçadinhos. Nesse último ponto, acho que os amarelinhos de Despicable Me levam grande vantagem sobre o personagem com a voz de David Cross (a propósito, poderiam usar outra palavra além de “minion”, né?). Pessoalmente, acredito que Despicable Me agrade mais às crianças pequenas, tendo um público mais definido e um charme próprio mais acentuado.

Megamind, por sua vez, é um filme mais indicado para toda a família – o que muitas vezes pode ser sinônimo de filme sem sal. Não que ele incomode tanto assim. As motivações são válidas, as reviravoltas do roteiro até chegam a surpreender e o desenrolar das situações é interessante. Ou seja, se você tem uma hora e meia sobrando no seu dia, vale a pena dar uma conferida. Não garanto que você vai se divertir horrores, mas dá para matar o tempo de um jeito indolor e – se você entrar no clima – divertido. E, veja bem, isso nem é tão impossível, afinal aconteceu comigo!

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1 recados

  1. Rega linda!
    Assisti Megamind no cinema =P
    Gostei, é um filme bem engraçadinho,
    com bastante piadas que as crianças
    não entendiam, haha!
    E a trilha sonora, bem rock, é bem bacana!

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