Divagações: Final Destination 5

Prepare seu estômago. Final Destination 5 , o quinto filme da famosa franquia de terror, retoma o enredo já conhecido dos fãs, com cenas ...

Prepare seu estômago. Final Destination 5, o quinto filme da famosa franquia de terror, retoma o enredo já conhecido dos fãs, com cenas de morte que podem abalar até mesmo os mais acostumados com o gênero. Como sempre, o elenco é quase que totalmente novo.

Desta vez, durante uma viagem de ônibus com seus colegas de trabalho, Sam Lawton (Nicholas D'Agosto) tem uma premonição em que ele e seus colegas morrem durante um colapso em uma ponte em obras. Quando a visão termina, ele e alguns colegas – incluindo seu amigo Peter Friedkin (Miles Fisher) e sua namorada Molly Harper (Emma Bell) – fogem do desastre e conseguem se salvar. No entanto, os sobreviventes começam a sofrer acidentes fatais, na mesma ordem em que morreriam na tragédia. Assim, a única novidade no enredo é a descoberta de que se matarem alguém, a morte os poupará.

Para contornar a falta de novidades no roteiro, o diferencial ficou mesmo com as cenas de morte, mais sangrentas e bizarras que nos anteriores. Segundo filme da série a ser filmado em 3D, Final Destination 5 marca a estreia do diretor Steven Quale em longas-metragens. Os recursos em 3D são explorados até o limite durante todo o filme desde a longa abertura, até beirar o grotesco em algumas cenas de morte. Aliás, Final Destination 5 é um filme que deve ser visto em 3D, não necessariamente pela qualidade das cenas, mas pela presença constante do recurso, o que torna o filme bem mais interessante (apesar de trash). A sequência do colapso da ponte proporciona ao espectador uma experiência de imersão tão grande que chega, inclusive, a tirar um pouco do brilho do restante do filme.

Além disso, não se pode negar, ainda, a criatividade do roteirista Eric Heisserer, que consegue utilizar os instrumentos mais variados para que a morte alcance seu objetivo: de pó de magnésio a raios lasers, tudo se torna letal nas mãos da Morte. A presença de humor negro, que vem se tornando constante em filmes de terror, também está presente em Final Destination 5, mas poderia ter sido melhor explorada.

O elenco é jovem e as atuações deixam a desejar em muitos momentos, sendo que o destaque fica pela presença de Tony Todd, retomando o papel do médico legista William Bludworth, que ajuda a esclarecer as “regras do jogo” da morte. Além de Todd, existem ainda outras referências aos filmes anteriores da série, o que o torna mais um filme feito para agradar os fãs da franquia (que completa onze anos este ano) do que um bom filme de terror. Aliás, um aviso para os fãs: no fim do filme há um compilado com todas as mortes de todos os filmes da série – resultando, em minha opinião, na melhor parte do filme.

Em resumo, Final Destination 5 claramente não é um filme para o grande público. No entanto, para os fãs ele acerta em cheio: mesmo sem grandes inovações na fórmula do enredo, consegue estabelecer uma tensão desde o início do filme, intercalando com momentos de humor. Dessa forma, o filme se torna uma boa opção de entretenimento para aqueles que não se abalam com litros de sangue e tripas sendo arremessados na sua direção.


Texto: Camila Chudek
Edição: Renata Bossle

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2 recados

  1. Estou um pouco surpreso com as críticas deste filme. Pensei que seria um grande desastre, mas até que vem tendo críticas positivas... Enfim, se torno um opção :)

    Abs.

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  2. Junto com pânico 4 o melhor do terror desse ano, super tenso e delicioso de assistir, e a surpresa final só deixa tudo ainda muito melhor

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