Divagações: Friends with Benefits
27.9.11
Favor
não confundir. Embora tenha uma temática muito similar a No Strings Attached,
Friends with Benefits é outro filme. Ao invés de Natalie Portman
e Ashton Kutcher,
quem participa da brincadeira aqui são Mila Kunis e Justin Timberlake, que – em
minha opinião – até funcionam melhor juntos.
Nesse
filme, Dylan
(Justin Timberlake) é um jovem editor de arte de sucesso que começa a ser caçado pela
agenciadora de talentos, Jamie (Mila Kunis). Quando ela o convence a largar um
website de Los Angeles e assumir uma grande revista em Nova York, os dois
acabam ficando amigos e percebem que têm muitos pontos em comum, inclusive a
vontade de fazer sexo sem precisar estar necessariamente namorando a outra pessoa.
Convenhamos, esse é um assunto
constante em comédias românticas, então não há muitas surpresas nesse ponto. O
detalhe é que os próprios personagens (como os jovens antenados que são) sabem disso
e vivem essa questão com bastante leveza e piadinhas. À medida que a amizade se
intensifica, a intimidade também cresce e as conversas entre os dois ficam
ainda mais divertidas. Nesse caso, é uma grande vantagem ter Justin Timberlake
no elenco, pois ele não tem vergonha de rir de si mesmo – e nem de cantar. As
próprias cenas de sexo também se tornam um capítulo à parte, uma vez que elas
são (ou deveriam ser) desprovidas de sentimentos e similares a partidas de
tênis, o que faz com que tudo seja tratado como aspectos técnicos.
Além do casal principal, Friends with Benefits ainda tem bons coadjuvantes, especialmente Tommy (Woody Harrelson), o amigo gay dele (sim, dele) que é o diretor de
esportes (sim, esportes) da revista, e Lorna (Patricia Clarkson), a mãe
dela, que ainda não conseguiu sair direito dos anos 1970. Esses dois são
responsáveis pelo lado mais cômico do filme, enquanto Annie (Jenna Elfman) e o senhor Harper (Richard Jenkins) equilibram a questão
com um pouco de drama vindo da família de Dylan.
Outro
aspecto que ganha destaque no filme são as duas cidades retratadas. Nova York é
lotada, nervosa, excêntrica e mágica, enquanto Los Angeles é ampla, nostálgica,
bonita e tem uma polícia mais eficiente. Elas ajudam a retratar os personagens
tanto quanto os figurinos e suas casas.
Friends with Benefits também ganha pontos devido ao roteiro ágil. Os personagens dialogam como
bons amigos, respondendo ora com carinho, ora com ironia – e sempre muito
rápido. Os dois protagonistas, a propósito, interagem muito bem e tornam a
amizade de rápida evolução mais aceitável com isso. Trata-se de uma geração realmente
mais rápida, que cresceu com a internet e os computadores. Aliás, a cena do
iPad é ótima para retratar isso.
No
final das contas, ainda assim, tudo não passa de uma divertida brincadeira.
Como disse o próprio personagem de Justin Timberlake, ele compensa possíveis problemas com
clichês. A mocinha é sentimental e sonhadora, assim como o mocinho é um cara
legal que simplesmente não sabe lidar com os problemas e acaba fazendo bobagens
apenas para tentar concertá-las de maneira grandiosa depois. Ainda assim, vale
uma ida ao cinema com o seu amor (para curtir um filme fofo abraçadinhos) ou
com as amigas (para suspirar em conjunto).
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