Divagações: Friends with Benefits

Favor não confundir. Embora tenha uma temática muito similar a No Strings Attached , Friends with Benefits é outro filme. Ao invés de Na...

Favor não confundir. Embora tenha uma temática muito similar a No Strings Attached, Friends with Benefits é outro filme. Ao invés de Natalie Portman e Ashton Kutcher, quem participa da brincadeira aqui são Mila Kunis e Justin Timberlake, que – em minha opinião – até funcionam melhor juntos.

Nesse filme, Dylan (Justin Timberlake) é um jovem editor de arte de sucesso que começa a ser caçado pela agenciadora de talentos, Jamie (Mila Kunis). Quando ela o convence a largar um website de Los Angeles e assumir uma grande revista em Nova York, os dois acabam ficando amigos e percebem que têm muitos pontos em comum, inclusive a vontade de fazer sexo sem precisar estar necessariamente namorando a outra pessoa.

Convenhamos, esse é um assunto constante em comédias românticas, então não há muitas surpresas nesse ponto. O detalhe é que os próprios personagens (como os jovens antenados que são) sabem disso e vivem essa questão com bastante leveza e piadinhas. À medida que a amizade se intensifica, a intimidade também cresce e as conversas entre os dois ficam ainda mais divertidas. Nesse caso, é uma grande vantagem ter Justin Timberlake no elenco, pois ele não tem vergonha de rir de si mesmo – e nem de cantar. As próprias cenas de sexo também se tornam um capítulo à parte, uma vez que elas são (ou deveriam ser) desprovidas de sentimentos e similares a partidas de tênis, o que faz com que tudo seja tratado como aspectos técnicos.

Além do casal principal, Friends with Benefits ainda tem bons coadjuvantes, especialmente Tommy (Woody Harrelson), o amigo gay dele (sim, dele) que é o diretor de esportes (sim, esportes) da revista, e Lorna (Patricia Clarkson), a mãe dela, que ainda não conseguiu sair direito dos anos 1970. Esses dois são responsáveis pelo lado mais cômico do filme, enquanto Annie (Jenna Elfman) e o senhor Harper (Richard Jenkins) equilibram a questão com um pouco de drama vindo da família de Dylan.

Outro aspecto que ganha destaque no filme são as duas cidades retratadas. Nova York é lotada, nervosa, excêntrica e mágica, enquanto Los Angeles é ampla, nostálgica, bonita e tem uma polícia mais eficiente. Elas ajudam a retratar os personagens tanto quanto os figurinos e suas casas.

Friends with Benefits também ganha pontos devido ao roteiro ágil. Os personagens dialogam como bons amigos, respondendo ora com carinho, ora com ironia – e sempre muito rápido. Os dois protagonistas, a propósito, interagem muito bem e tornam a amizade de rápida evolução mais aceitável com isso. Trata-se de uma geração realmente mais rápida, que cresceu com a internet e os computadores. Aliás, a cena do iPad é ótima para retratar isso.

No final das contas, ainda assim, tudo não passa de uma divertida brincadeira. Como disse o próprio personagem de Justin Timberlake, ele compensa possíveis problemas com clichês. A mocinha é sentimental e sonhadora, assim como o mocinho é um cara legal que simplesmente não sabe lidar com os problemas e acaba fazendo bobagens apenas para tentar concertá-las de maneira grandiosa depois. Ainda assim, vale uma ida ao cinema com o seu amor (para curtir um filme fofo abraçadinhos) ou com as amigas (para suspirar em conjunto).

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