Divagações: The Princess Bride

Acredito já ter visto esse filme uma vez, há muitos anos, na Sessão da Tarde ou em algum programa similar. Mesmo assim, The Princess Brid...

Acredito já ter visto esse filme uma vez, há muitos anos, na Sessão da Tarde ou em algum programa similar. Mesmo assim, The Princess Bride, uma produção de 1987 tem aparecido com frequência na frente dos meus olhos através de listas que procuro para o blog, referências em outros lugares e até em inocentes pesquisas pelo Google Images. Até que decidi tirar a prova e conferir o que há de tão especial em uma história aparentemente tão simples.

Tudo começa com uma bela moça chamada Buttercup (Robin Wright) que se apaixona por um funcionário da fazenda onde foi criada, Westley (Cary Elwes). Depois de começarem a namorar, ele decide viajar para conseguir dinheiro em outros lugares e, finalmente, poder casar com seu amor verdadeiro. No entanto, pouco tempo depois, chega a ela a notícia de que o navio em que ele viajava foi atacado por um cruel pirata que nunca deixa seus inimigos vivos.

O tempo passa e, cinco anos depois, Buttercup se torna noiva do príncipe Humperdinck (Chris Sarandon). Logo após o anúncio do noivado, ela é sequestrada por um bando formado por Vizzini (Wallace Shawn), Fezzik (André the Giant) e Inigo Montoya (Mandy Patinkin). Felizmente, um misterioso mascarado aparece para tentar salvá-la.

Para completar, o filme é narrado por um avô (Peter Falk) que tenta entreter seu neto doente (Fred Savage), um menino moderninho que joga videogame e não quer nem saber de histórias envolvendo beijos e romances. As interrupções do menino são chatas, mas não chegam a incomodar e garantem algumas piadas.

Absolutamente cheio de clichês, The Princess Bride tem cenas e diálogos tão absurdos que vale a pena conferir. Como se trata de uma história que está sendo lida para uma criança, não há muito compromisso com leis da física ou com verossimilhanças. Trata-se de uma fantasia totalmente descomprometida e com as melhores maquiagens para idosos e bruxas que 1987 poderia fornecer (de qualquer forma, Billy Crystal está irreconhecível).

A história, de qualquer forma, ganha alguma credibilidade com as belas locações, uma vez que boa parte das filmagens foram realizadas na Inglaterra. O único problema maior é um certo pântano, que destoa bastante do resto em função da tecnologia disponível e dos atores vestidos de ratos gigantes (pois é, dá para perceber direitinho).

Ainda assim, dá para perceber que a produção de The Princess Bride foi divertida. Até hoje, Mandy Patinkin alega que esse é seu papel favorito em toda a carreira (ele fazia suas próprias cenas de luta e precisou de dublê apenas para as piruetas absurdas). Já André the Giant, mesmo com problemas nas costas e dificuldades para superar seu forte sotaque, gostou da experiência de ser considerado um igual no grupo, deixando de atrair olhares estranhos das pessoas. Essas podem parecer curiosidades bobas, mas mostram o quanto o filme era especial para as pessoas que estavam nele e isso transparece no resultado final.

Para quem, como eu, não lembrava muito bem e colocava pouca expectativa em relação filme, recomendo fortemente um segundo olhar para The Princess Bride. Já aqueles que não conhecem a produção podem se preparar para uma divertida aventura do começo ao fim. Por incrível que pareça, o espectador pode se identificar facilmente com o neto chato que não parece muito a fim de ouvir uma história de princesas contada pelo avô. Antes que você perceba, no entanto, estará tão envolvido quanto o menino.

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