Divagações: Tamako rabu sutôrî

Antes de qualquer coisa, quero explicar que uso aqui o nome do filme de acordo com a grafia do Internet Movie Database (IMDb). Às vezes, ...

Antes de qualquer coisa, quero explicar que uso aqui o nome do filme de acordo com a grafia do Internet Movie Database (IMDb). Às vezes, essa grafia pode mudar, criando inconsistências. Além disso, a transcrição de títulos em outros alfabetos acaba sendo sempre questionável. Em japonês – como é o caso –, há uma dupla transcrição. Os produtores passaram uma expressão do inglês para o japonês e, depois, o filme recebeu uma transcrição fonética, que difere do inglês. Para quem ainda não captou, o nome dessa produção ‘deveria’ ser Tamako Love Story.

À resenha!

Como o título dá a entender, Tamako rabu sutôrî é uma história de amor. Infelizmente, é muito provável que ela só seja totalmente compreensível para quem já conhece os personagens, uma vez que a produção não se dá ao trabalho de introduzi-los do zero. Afinal, trata-se de uma continuação direta das aventuras de Tamako Market, uma série animada que não chegou a fazer exatamente muito sucesso por ter uma história um tanto quanto fraca, mas que tem personagens com personalidades interessantes.

Tamako Kitashirakawa (Aya Suzaki) é uma menina alegre, inocente e muito esforçada de uma cidade pequena do Japão. Sua família vive em um tradicional mercado ao ar livre, onde eles administram – há várias gerações – uma loja de mochi. Como a herdeira, toda sua vida rodeia esse bolinho de arroz sovado. A concorrência está logo em frente, o que gera muitas discussões sobre tradições e como levar os negócios. Mochizo Oji (Atsushi Tamaru) é o filho do casal dessa segunda loja, mas ele não é tão interessado nos negócios quanto Tamako. Ele quer fazer faculdade em Tóquio e tem outras ambições, mas esbarrou em uma amizade de infância que se transformou em algo a mais para seu coração.

O decorrer da história é muito óbvio e gira em torno das consequências de uma declaração de amor inesperada. Assim, um dos melhores episódios da série – quando a menina descobriu as origens do romance de seus pais – é constantemente referenciado. Inclusive, é possível dizer que os produtores se aproveitaram de todos os pontos fortes do original para desenvolver o longa-metragem. Ou seja, Tamako rabu sutôrî é incrivelmente fofo e não se perde demais em tramas que não estejam diretamente ligadas à protagonista.

O apelo maior está para pré-adolescentes, gente boba em começo de namoro, pessoas que já viram a série e fãs de animes. Com isso, não quero dizer que os demais não vão se divertir, mas acho que muito acaba se perdendo. Afinal, estamos falando de uma animação de excelente qualidade e muito capricho, mas que é realmente destinada a um público de nicho.

Vale observar que Tamako rabu sutôrî foi realizado pela Kyoto Animation e é capaz de honrar toda a fama do estúdio, detentor de alguns dos títulos mais interessantes (ainda que talvez não sejam os mais amplamente difundidos) da atualidade quando o assunto é anime. Eles não são exatamente conhecidos por suas produções para o cinema, mas costumam fazer bem o que sabem fazer, dando continuidade para as histórias já conhecidas.

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