Divagações: The Chronicles of Narnia - The Voyage of the Dawn Treader

Confesso que essa resenha deveria ter sido escrita para terça-feira, mas ando em um ritmo meio lento. Final de ano, vocês sabem como é... De...

Confesso que essa resenha deveria ter sido escrita para terça-feira, mas ando em um ritmo meio lento. Final de ano, vocês sabem como é... De qualquer modo, aqui está!

Quando entrei no cinema para assistir The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader estava realmente em dúvida sobre o que iria encontrar. Embora seja admiradora dos livros e tenha gostado do primeiro filme da série, o segundo havia me deixado um tanto decepcionada e eu temia que o terceiro fosse uma continuação disso. Ao mesmo tempo, o filme recebeu críticas positivas, gente que dizia que a série estava finalmente ganhando “personalidade”.

A história desse volume também não é das minhas favoritas, principalmente por duas razões: apenas dois dos quatro irmãos viajam para Narnia e ela transcorre praticamente inteira em um navio, um ambiente bastante limitado para quem se acostumou a grandes cenários (vejam só que imaginação fresca a minha).

Em The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader, Lucy Pevensie (Georgie Henley), seu irmão Edmund (Skandar Keynes) e o primo deles, Eustace Scrubb (Will Poulter), vão parar em Narnia através de um quadro de um navio no mar. Trata-se do barco real Dawn Treader, liderado pelo príncipe Caspian (Ben Barnes). Os guerreiros ali presentes estão em busca de sete lordes e, no caminho, vão se deparar com aventuras que incluem dragões, guerreiros invisíveis, criaturas do mar, mágicos e muitos tesouros. Isso sem contar da incrível jornada até o final do mundo.

O filme, felizmente, sabe explorar bem cada uma das paradas em terra, valorizando seus personagens principais e contando com toda a magia que apenas uma terra como Narnia poderia oferecer ao filme. Deve ser ótimo para um diretor não precisar se preocupar em esclarecer a origem das coisas fantásticas, pois tudo é fantástico e perfeitamente possível. Até possíveis erros de continuidade ou trechos realmente mal explicados podem ser justificados com “bom, é Narnia” ou “claro que Aslan já havia pensado em tudo”. Sim, o leão mais poderoso de todos (desculpa Simba) está de volta e continua com a voz de Liam Neeson. O rato Reepicheep (Simon Pegg) também marca presença.

A propósito, é preciso comentar a excelente presença de cópias do filme de todos os tipos. Dubladas em 2D, dubladas em 3D, legendadas em 2D e até legendadas em 3D! Não sei quanto às outras cidades, mas Curitiba está de parabéns nesse quesito. Tem filme para todos os gostos! E, ao menos nesse caso, público para todas as salas (eu assisti à noite e legendado em um cinema lotado, o que comprova que o filme não é só para crianças).

Claro que o filme não é nenhuma obra-prima, mas pelo menos é um entretenimento de melhor qualidade quando comparado ao antecessor. Os personagens antigos – mais maduros e menos impressionáveis – encontram certo equilíbrio em meio ao recém-chegado Eustace, que irrita os demais, mas se mostra um bom narrador. Os conflitos também se tornam mais interessantes, uma vez que trazem um pouco do “mundo real” para a fantasia, além de ambições mais “palpáveis”.

Dá para levar as crianças para ver um filme politicamente correto e cheio de moral cristã onde elas podem, ao mesmo tempo, se divertir. Para os grandinhos, é cada vez mais interessante perceber os rumos que essa história vai tomando, especialmente quando é possível relacionar as atitudes dos personagens com o tempo histórico em que eles se situam. E que venha a minha história favorita: The Chronicles of Narnia: The Silver Chair.

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