Divagações: Bridget Jones's Diary
22.11.23
Por não ter uma memória muito clara de Bridget Jones's Diary – lembrava do dilema de usar ou não uma “calcinha de vó” para um encontro –, eu achava que ia encontrar uma comédia romântica engraçada e um bom conflito sobre qual dos dois “interessados” conquistaria um lugar no coração da protagonista. Eu estava certa na minha primeira pressuposição, mas não na segunda.
A história acontece ao redor de Bridget Jones (Renée Zellweger), uma moça normal, que não se enquadra no padrão de beleza magérrimo, mas que também não é gorda. E eu precisei dizer isso porque ela ser “gordinha” parece ser muito importante em algumas sinopses por aí, como se isso a tornasse “indesejável” e fizesse com que a premissa não fosse crível. Sinceramente, acho que o fato dela ser imensamente atrapalhada talvez seja mais importante neste ponto, mas enfim...
Bridget trabalha em uma editora e tem uma certa queda por seu chefe, o mulherengo Daniel Cleaver (Hugh Grant), que nunca deu a mínima para ela. Um dia, ela aparece no escritório com uma minissaia e, então, começa a receber e-mails cheios de insinuações vindos de seu superior. Embora o tom seja meio pesado (sinceramente, eu iria direto para o RH), ela entra no jogo e, entre uma mensagem e outra, ela e Daniel se tornam um casal.
Embora este relacionamento pareça caminhar para um desastre iminente, há vários momentos fofos entre os dois e eles realmente se dão bem. O detalhe é que o casal começa a cruzar com Mark Darcy (Colin Firth) com alguma frequência. Bridget o conhece de uma festa de Natal na casa dos seus pais (Gemma Jones e Jim Broadbent, ótimos), onde ele foi apresentado como um recém-divorciado trágico – e nenhum teve uma boa impressão inicial do outro. Já Daniel era um antigo amigo, mas algo aconteceu recentemente entre os dois, gerando uma boa dose de ressentimento. Porém, estes momentos estranhos acabam aproximando Bridget e Mark.
Com essa sinopse, dá para entender que não há muito mistério no dilema vivido pela protagonista. Mas Bridget Jones's Diary não se importa muito com isso, aproveitando a sequência de trapalhadas que sua heroína faz pelo caminho. Sob certos aspectos, o romance parece acontecer em uma linha paralela, enquanto a personagem principal vive uma série de momentos constrangedores que Daniel e Mark parecem não notar (ou só acham fofo).
Ao mesmo tempo, o filme representa uma nova sensibilidade (ou geração). Afinal, estamos em 2001 e Bridget é uma mulher comum, que não tem a carreira desejada, o casamento que tanto sonhou e nem a perspectiva de alcançar qualquer uma dessas coisas – ao menos não até a história começar a se desenrolar. Enquanto outros filmes do gênero traziam mulheres poderosas que precisavam sair um pouco da casca para se entregar ao amor (ou variações disso), ela busca por romance desesperadamente, o que gera muitos e muitos tropeços.
Infelizmente, muitas coisas em Bridget Jones's Diary não responderam bem ao passar do tempo, especialmente os avanços de Daniel e uma ou outra frase que soa “errada” aos ouvidos mais de duas décadas depois. Ainda assim, o efeito geral continua sendo o de uma comédia romântica adorável, do tipo que eu não me importaria em reassistir. Sinceramente, deu até vontade de encarar as continuações.
A história acontece ao redor de Bridget Jones (Renée Zellweger), uma moça normal, que não se enquadra no padrão de beleza magérrimo, mas que também não é gorda. E eu precisei dizer isso porque ela ser “gordinha” parece ser muito importante em algumas sinopses por aí, como se isso a tornasse “indesejável” e fizesse com que a premissa não fosse crível. Sinceramente, acho que o fato dela ser imensamente atrapalhada talvez seja mais importante neste ponto, mas enfim...
Bridget trabalha em uma editora e tem uma certa queda por seu chefe, o mulherengo Daniel Cleaver (Hugh Grant), que nunca deu a mínima para ela. Um dia, ela aparece no escritório com uma minissaia e, então, começa a receber e-mails cheios de insinuações vindos de seu superior. Embora o tom seja meio pesado (sinceramente, eu iria direto para o RH), ela entra no jogo e, entre uma mensagem e outra, ela e Daniel se tornam um casal.
Embora este relacionamento pareça caminhar para um desastre iminente, há vários momentos fofos entre os dois e eles realmente se dão bem. O detalhe é que o casal começa a cruzar com Mark Darcy (Colin Firth) com alguma frequência. Bridget o conhece de uma festa de Natal na casa dos seus pais (Gemma Jones e Jim Broadbent, ótimos), onde ele foi apresentado como um recém-divorciado trágico – e nenhum teve uma boa impressão inicial do outro. Já Daniel era um antigo amigo, mas algo aconteceu recentemente entre os dois, gerando uma boa dose de ressentimento. Porém, estes momentos estranhos acabam aproximando Bridget e Mark.
Com essa sinopse, dá para entender que não há muito mistério no dilema vivido pela protagonista. Mas Bridget Jones's Diary não se importa muito com isso, aproveitando a sequência de trapalhadas que sua heroína faz pelo caminho. Sob certos aspectos, o romance parece acontecer em uma linha paralela, enquanto a personagem principal vive uma série de momentos constrangedores que Daniel e Mark parecem não notar (ou só acham fofo).
Ao mesmo tempo, o filme representa uma nova sensibilidade (ou geração). Afinal, estamos em 2001 e Bridget é uma mulher comum, que não tem a carreira desejada, o casamento que tanto sonhou e nem a perspectiva de alcançar qualquer uma dessas coisas – ao menos não até a história começar a se desenrolar. Enquanto outros filmes do gênero traziam mulheres poderosas que precisavam sair um pouco da casca para se entregar ao amor (ou variações disso), ela busca por romance desesperadamente, o que gera muitos e muitos tropeços.
Infelizmente, muitas coisas em Bridget Jones's Diary não responderam bem ao passar do tempo, especialmente os avanços de Daniel e uma ou outra frase que soa “errada” aos ouvidos mais de duas décadas depois. Ainda assim, o efeito geral continua sendo o de uma comédia romântica adorável, do tipo que eu não me importaria em reassistir. Sinceramente, deu até vontade de encarar as continuações.
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