Divagações: The Boat that Rocked

Sinceramente, acho triste um filme como esse chegar diretamente em DVD. Alguns filmes até merecem esse destino, mas não esse. Ele diverte...



Sinceramente, acho triste um filme como esse chegar diretamente em DVD. Alguns filmes até merecem esse destino, mas não esse. Ele diverte na medida certa, tem muita música e um clima de nostalgia que atinge até uma pessoa como eu: que não viveu naquela época e nem naquele lugar.

O contexto do filme é baseado em fatos reais. Na década de 1950, as rádios inglesas – controladas pelo Estado – não tinham espaço para a música pop, ou para o rock que era o que havia de mais popular no período. Por isso, fora do território inglês, barcos começaram a transmitir, resultando nas rádios piratas.

No filme, tudo é pura diversão. A vida de vários homens no barco é cheia de diversas pequenas aventuras e muito bom humor, a música reina absoluta e o sexo é livre (quando há mulheres, obviamente). A autoridade governamental é retratada de maneira caricata através de Kenneth Branagh, um político tolo, extremamente careta e incapaz de compreender uma piada que seja.

Além disso, vale a pena ver Philip Seymour Hoffman. Ele está perfeito como o único americano em meio a muitos ingleses (o que não deixa de ser verdade). A cada frase o personagem Conde encaixa, pelo menos uma vez, a temida “palavra com f”, é craque no basquete e bom companheiro, mas possui uma boa dose de orgulho.

Assim, The Boat that Rocked é um filme feito para ser aproveitado. É como um dia ensolarado entre dias chuvosos. Não exige filosofias nem estratagemas, apenas diverte sem apelar, mesmo tendo algumas mulheres nuas (o que não é problema se você curte um bom rock).

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