Divagações: Toy Story
17.6.10Existem certos filmes que conquistam as pessoas. Toy Story me conquistou. Não por ser o primeiro filme feito com animação computadorizada nem pela qualidade de imagem ou algo assim.
Esse foi o primeiro filme que vi no cinema e tudo foi simplesmente perfeito. Fiquei maravilhada com aquela tela grande e branca. Era grande mesmo, estávamos longe e, mesmo assim, era maior que a televisão mais gigantesca da loja. E não era de plástico nem vidro, era como um tecido branco... As cadeiras eram muito legais, confortáveis e grandes. Tudo era grande! E quando as luzes apagaram, aquele lugar ficou ainda mais fantástico... Era Toy Story.
Para uma menina bobinha como eu, era realmente diferente ver uma história em que não havia princesas nem castelos nem bruxas malvadas. Ao invés de passar em um reino distante, aquilo podia acontecer dentro do meu quarto! Era a animação mais próxima da realidade – e do imaginário – das crianças. A história era diferente e intrigante, eu não sabia o que iria acontecer até que estivesse na frente dos meus olhos. E o final? Nossa, que sufoco para dar tudo certo...
Depois de tanto tempo, já vi muitos filmes e aquela tecnologia toda não é mais novidade. Mesmo assim, ele continua bonito. Mesmo assim, ele continua encantando as crianças. Mesmo assim, ele continua me encantando! Esse é o diferencial de uma história boa e interessante.
Toy Story conta a história do brinquedo favorito de um menino chamado Andy (John Morris). Woody (Tom Hanks) é um cowboy com corpo de pano e que até fala! No entanto, quando Andy sai do quarto, não é mais preciso puxar a cordinha para Woody dizer frases prontas. Ele não só fala, como anda e interage com todos os demais bonecos do quarto. Atuando com uma postura de liderança, Woody se sente ameaçado com o novo presente de aniversário de Andy: Buzz Lightyear.
Buzz (Tim Allen) é um brinquedo arrogante de uma linha especial que acredita realmente ser o personagem e não um simples brinquedo de criança. Seu objetivo não é derrubar a liderança de Woody, apenas derrotar o vilão malvado que nem ao menos existe.
Mesmo assim, o rancor do brinquedo deixado para trás é grande e Woody tenta uma vingança que dá errado. Como consequência, os dois acabam se envolvendo em uma confusão pela própria sobrevivência. Além de lidar com a mudança de casa eminente, os dois precisam enfrentar o vizinho de Andy, Sid (Erik von Detten), que tem o triste hábito de explodir seus brinquedos.
É uma história de amizade e arrependimento, adequada para meninos e meninas, rapazes e moças, homens e mulheres. Não traz grandes e magnânimos ensinamentos, apenas algo simples e próximo das pessoas. O filme, como a enorme maioria dos bons filmes, trata do relacionamento entre as pessoas. E o faz sem ofender, sem irritar.
Toy Story marca o início de um belo capítulo para o cinema mundial. Além de abrir espaço para novas tecnologias, ele conta sua história de uma maneira diferente, desenvolvida especialmente para as crianças atuais, que não são aquelas que assistiram Snow White and the Seven Dwarfs em 1937. Não é à toa que o filme se tornou referência e permitiu que a Pixar chegasse onde está.
Também não é sem razão que Toy Story e Toy Story 2 foram relançados nos cinemas esse ano em cópias 3D. Eles abriram caminho para Toy Story 3, que chega aos cinemas amanhã, 15 anos depois da estreia do primeiro filme.
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Concordo em gênero, número e grau com a Renata, parabéns pelo texto! Eu sinto o mesmo que você quando se fala em Toy Story!
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