Já faz um bocado de tempo que divaguei sobre Iron Man... Na época, meu objetivo era tentar ir atrás do tempo perdido e ver se eu ainda conseguia assistir o segundo filme no cinema – mas já estava atrasada. Tive que esperar Iron Man 2 chegar às locadoras e, nesse meio tempo, outros filmes entraram na minha lista de prioridades de modo que essa resenha só está saindo agora. Mas chega de desculpas, vamos ao filme!

Esse filme começa exatamente na esteira do anterior, então, mesmo que não seja necessário, é bom dar assistir o primeiro filme (ou relembrar, caso você tenha visto há muito tempo). Tony Stark (Robert Downey Jr.) é um empresário bem-sucedido e famoso, uma verdadeira celebridade. Ao mesmo tempo, o mecanismo que o mantém vivo – já que ele tem estilhaços de bomba na região do coração – o está matando por intoxicação. Isso sem contar os contratempos habituais de ser um super-herói. Ao seu lado, como sempre, estão a fiel assistente/secretária/babá Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) e o amigo/militar/segurança James 'Rhodey' Rhodes (Don Cheadle), sem contar a misteriosa Natalie Rushman (Scarlett Johansson), que acabou de se juntar ao grupo.

E a história? Bom, parece que o pai de Stark teve um problema com um amiguinho russo. O filho dele, rival do nosso herói em inteligência, resolve se vingar. O detalhe é que ele é Ivan Vanko (Mickey Rourke), um cara realmente perigoso. Isso, no entanto, poderia ser tirado de letra se não existisse a ganância desse mundo capitalista onde todos querem a melhor tecnologia para oferecer armamento aos Estados Unidos – o que se reduz em produção em massa caindo nas mãos erradas e amigos brigando.

Resumindo, a história até tem elementos interessantes, mas é um fiapo que não merece muita atenção. O que mais diverte em Iron Man 2 são os personagens, principalmente quando bem desenvolvidos. Nesse caso, a Pepper Potts de Gwyneth Paltrow se torna o elemento mais cativante do filme, enquanto a Natalie Rushman/Natasha Romanoff de Scarlett Johansson poderia ser cortada sem fazer muita falta (provavelmente, ela irá servir para algo mais relevante nas continuações). Já Nick Fury (Samuel L. Jackson), bom, esse é o tipo de personagem que só serve para agradar (ou decepcionar) quem estava esperando por ele.

A propósito, quero compartilhar com vocês minha maior surpresa ao ver o filme. Tony Stark não é tudo o que vocês pensam! No filme anterior, algumas das cenas mais divertias eram dele aprendendo a utilizar sua armadura. Agora, James Rhodes pode simplesmente se vestir com ela (também não sabia que eles tinham as mesmas medidas) e sair por aí fazendo coisas incríveis! Treinamento para quê?

Enfim... Nada disso ameaça o filme, já que – de acordo com a minha teoria sobre franquias cinematográficas (percebam o quanto eu sou importante) – a segunda parte sempre é a mais fraca. Caso algum filme seja pior que o segundo, a série está fadada ao fim imediato. Nesse caso, Iron Man 3 está previsto para chegar aos cinemas em 2013 e então poderemos colocar essa questão à prova.

De qualquer forma, o fato é que esse filme é mais fraco que o antecessor, mas não acredito que você precise se preocupar demais por causa disso. Ainda dá para pegar uma pipoca, sentar na frente da televisão e ser feliz por duas horas (e quatro minutos). Afinal, o que você está vendo, no fundo, não deixa de ser Robert Downey Jr. ganhando dinheiro interpretando praticamente a si mesmo – e se divertindo com isso.