Divagações: Iron Man
19.10.10Existem filmes que criam um clima de ansiedade ao seu redor. Em 2008, o assunto da vez era Iron Man, onde Robert Downey Jr. interpretava praticamente a si mesmo – e isso deveria ser legal. Eu não conseguia entender muito bem a razão, mas fui acompanhando a onda de empolgação. Com o tempo, a curiosidade foi crescendo e eu até quis ir ver o segundo filme no cinema. O problema é que eu tinha ficado para trás e ainda nem tinha visto o primeiro... Mas é para isso que servem as locadoras e os finais de semana!
O Iron Man não é um dos super-heróis mais conhecidos e eu, como nunca fui fã de quadrinhos, nunca tinha ouvido falar (antes que me atirem pedras, não é culpa minha – só depois de grande descobri que existiam mais quadrinhos além da Turma da Mônica e do Tio Patinhas). Mesmo assim, foi feito um bom investimento em marketing e a história do personagem ficou sendo rapidamente conhecida por todos.
Tudo começou quando Tony Stark (Robert Downey Jr.), um importante empresário e cientista do setor bélico, foi sequestrado por guerrilheiros rebeldes no Afeganistão (originalmente não era assim, mas a questão foi atualizada). No processo, ele acaba bastante machucado e quase morre com a explosão de uma de suas próprias armas. Para não morrer, Stark recebe uma espécie de imã em seu peito, que mantém os estilhaços da bomba (pequenos e perigosos demais para serem retirados cirurgicamente) longe do coração. Só que isso não é o bastante, afinal, ele ainda está em poder das forças inimigas. Como um grande patriota, ele constrói uma armadura que o ajuda a fugir e retorna para seu país e para a sua empresa, onde as coisas estão meio estranhas.
De volta aos Estados Unidos, Stark – um playboy e mulherengo convicto – volta para sua vida um pouco mudado e com novos objetivos. Ao seu lado estão: a incrível governanta Pepper Potts (Gwyneth Paltrow), seu “segurança” Rhodey (Terrence Howard) e seu antigo tutor Obadiah Stane (Jeff Bridges). O detalhe é que nenhum dos três parece ter aprovado totalmente a mudança.
Basicamente, é isso. Aos poucos, vemos a evolução de um herói que não é a virtude em pessoa e nem tem poderes especiais – apenas grandes doses de dinheiro e inteligência. Deve agradar àqueles que simpatizam com o Batman dirigido por Christopher Nolan, mesmo que a ambientação dos filmes seja diversa. Sem grandes profundidades emocionais ou políticas ou sociais, o filme é mais raso que Batman Begins ou The Dark Knight, valorizando mais as cenas de ação com um pouco de humor áspero.
Divertido e intrigante, Iron Man cumpre bem seu papel entre os filmes do gênero (com uma grande quantidade de filmes “baseado em quadrinhos” e/ou de “super-heróis”, a coisa conseguiu o status de “gênero cinematográfico”, algo que eu acho meio absurdo, mas que não vem ao caso). Vale a pena assistir com a família toda reunida e muita pipoca! Claro que as crianças muito pequenas não vão gostar, mas as que forem um pouco maiores já vão ficar felizes em ver um herói vestido de vermelho e amarelo, no lugar do preto já habitual (tirando o Iron Man, só o Spider-Man é mais colorido, no sentido literal).
E agora só falta assistir a continuação!
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