Divagações: Eiga Bakuten!!
13.12.23
Não sei qual é a frequência em que isso acontece em outros países, mas o Japão normalizou a prática de fazer filmes que são continuações de séries animadas. Eiga Bakuten!! é mais um exemplo neste sentido, funcionando de uma maneira bem típica. A produção é uma sequência direta dos 12 episódios exibidos em 2021, sendo praticamente um capítulo alongado.
Para quem não está familiarizado, a história acompanha o time de ginástica rítmica masculina de uma escola japonesa após sua classificação para competir nacionalmente. Isso envolve desde a competição em si até as consequências dela para cada um dos personagens, com as diferenças entre os alunos que seguem na escola, os que estão prestes a se formar e até mesmo o professor que coordena o grupo (Takahiro Sakurai).
Com esta trama, o filme se distancia um pouco do protagonista da série, Futaba Shôtarô (Shimba Tsuchiya), embora o seu olhar sobre os acontecimentos siga sendo determinante. A trajetória mais marcante, por sua vez, passa a ser de Watari Kôtarô (Hiroshi Kamiya), o único veterano que segue no grupo. É ele quem recebe a missão de ser o novo capitão do time, embora não se sinta exatamente preparado – especialmente após seu desempenho na competição e um anúncio que recebe do técnico.
De qualquer forma, Eiga Bakuten!! dá um jeito de incluir todos os personagens já conhecidos, permitindo que cada um tenha espaço para mostrar um pouco de sua personalidade. A maior parte deles não tem nenhum desenvolvimento relevante, de modo que há um ar de “participação especial” em vários destes momentos. Ainda assim, não é como se este filme fosse totalmente dispensável em uma eventual continuação (seja em formato de série ou outro filme), já que o status quo geral tem mudanças.
Aproveitando... Talvez você já tenha questionado o termo “time de ginástica rítmica masculina”. Ele soa estranho porque não se trata realmente de um esporte reconhecido internacionalmente (há até variações na interpretação do que isso implicaria). Mas o fato de que não há uma carreira real por trás deste esporte também tem suas consequências para os personagens.
Além disso, há a questão de que esta é menos uma história sobre o “sentimento esportivo/competitivo” (ou o que quer que isso seja) do que a série. Eiga Bakuten!! poderia ser um filme melancólico sobre as inevitáveis mudanças da vida e a necessidade de abandonar hobbies com a chegada de novas responsabilidades, mas ele prefere ser uma “esticadinha” dos bons momentos. Claro que isso também tem seu valor, mas tudo acaba soando imensamente passageiro, além de não resolver o conflito mais imediato.
Como uma obra isolada, Eiga Bakuten!! tem muito pouco a acrescentar. A animação não é particularmente fantástica, mas entrega um resultado legal. Já a história tem um ritmo estranho e fragmentado, sem conseguir verdadeiramente se aprofundar nos pontos que importam. Suponho que funciona para quem gosta bastante do material original, mas ele não consegue ser tão cativante quanto a série.
Para quem não está familiarizado, a história acompanha o time de ginástica rítmica masculina de uma escola japonesa após sua classificação para competir nacionalmente. Isso envolve desde a competição em si até as consequências dela para cada um dos personagens, com as diferenças entre os alunos que seguem na escola, os que estão prestes a se formar e até mesmo o professor que coordena o grupo (Takahiro Sakurai).
Com esta trama, o filme se distancia um pouco do protagonista da série, Futaba Shôtarô (Shimba Tsuchiya), embora o seu olhar sobre os acontecimentos siga sendo determinante. A trajetória mais marcante, por sua vez, passa a ser de Watari Kôtarô (Hiroshi Kamiya), o único veterano que segue no grupo. É ele quem recebe a missão de ser o novo capitão do time, embora não se sinta exatamente preparado – especialmente após seu desempenho na competição e um anúncio que recebe do técnico.
De qualquer forma, Eiga Bakuten!! dá um jeito de incluir todos os personagens já conhecidos, permitindo que cada um tenha espaço para mostrar um pouco de sua personalidade. A maior parte deles não tem nenhum desenvolvimento relevante, de modo que há um ar de “participação especial” em vários destes momentos. Ainda assim, não é como se este filme fosse totalmente dispensável em uma eventual continuação (seja em formato de série ou outro filme), já que o status quo geral tem mudanças.
Aproveitando... Talvez você já tenha questionado o termo “time de ginástica rítmica masculina”. Ele soa estranho porque não se trata realmente de um esporte reconhecido internacionalmente (há até variações na interpretação do que isso implicaria). Mas o fato de que não há uma carreira real por trás deste esporte também tem suas consequências para os personagens.
Além disso, há a questão de que esta é menos uma história sobre o “sentimento esportivo/competitivo” (ou o que quer que isso seja) do que a série. Eiga Bakuten!! poderia ser um filme melancólico sobre as inevitáveis mudanças da vida e a necessidade de abandonar hobbies com a chegada de novas responsabilidades, mas ele prefere ser uma “esticadinha” dos bons momentos. Claro que isso também tem seu valor, mas tudo acaba soando imensamente passageiro, além de não resolver o conflito mais imediato.
Como uma obra isolada, Eiga Bakuten!! tem muito pouco a acrescentar. A animação não é particularmente fantástica, mas entrega um resultado legal. Já a história tem um ritmo estranho e fragmentado, sem conseguir verdadeiramente se aprofundar nos pontos que importam. Suponho que funciona para quem gosta bastante do material original, mas ele não consegue ser tão cativante quanto a série.
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