Divagações: Star Wars Episode I - The Phantom Menace

Eis que já assisti toda a trilogia original e chegou o momento de encarar os filmes mais recentes. Em 1999, fui ao cinema com meu pai e meu ...

Eis que já assisti toda a trilogia original e chegou o momento de encarar os filmes mais recentes. Em 1999, fui ao cinema com meu pai e meu irmão ver Star Wars: Episode I - The Phantom Menace e entendi bem pouco do que aquilo tudo queria dizer. Os novos filmes são mais complexos e é preciso ter um conhecimento prévio da história para compreender alguns pormenores. Para quem nunca viu a série inteira, mas se sente seguro o suficiente a respeito dos personagens e contextos políticos (isso é importante), vale a pena começar desse ponto e seguir a ordem cronológica da história. Para um público mais amplo, recomendo seguir a sequência de lançamento, conforme está sendo resenhado aqui no blog. Nos dois casos, vale a pena repetir a experiência e captar novos elementos em uma segunda visita à galáxia muito distante.

Em Star Wars: Episode I - The Phantom Menace, podemos acompanhar Qui-Gon Jinn (Liam Neeson, em um papel não mencionado nos “primeiros” filmes), Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor, a tentativa de galã da vez) e Padmé (Natalie Portman, a presença feminina real). Os dois primeiros são jedis. Sua missão é proteger a jovem rainha de Naboo e seu pacífico planeta, que está prestes a ser atacado. À medida que tudo vai dando errado, eles vão parar em um planeta desértico chamado Tatooine, já conhecido de quem viu os filmes anteriores, embora não de maneira tão aprofundada quanto aqui. Nesse lugar eles encontram um menino muito inteligente e disposto a ajudar sem pedir nada em troca: Anakin Skywalker (Jake Lloyd).

Graças às habilidades de Qui-Gon e de Anakin, eles conseguem sair do planeta e o menino é levado para ser treinado como jedi. Qui-Gon acredita que eles não encontraram Anakin por acaso e afirma que ele deve ser o escolhido mencionado por uma profecia, onde alguém teria a capacidade de equilibrar novamente a força, acabando com o mal (ignore o fato de que o equilíbrio implica em destruir um lado da questão).

Mais uma vez, muitas perguntas são colocadas para o expectador, em uma tentativa de repetir a fórmula da trilogia anterior. Embora sejam intrigantes, elas não são tão interessantes: Afinal, quem é esse menino (para quem não viu os outros filmes)? Como esse menino se tornará o que vimos antes (para quem já viu)? Por que os jedis estão perdendo a força? O que essa rainha tem de tão importante?

Dessa vez, as coisas são um pouco mais complicadas. Não se trata, exclusivamente, de uma aventura escapista passada há muito tempo (e, de alguma forma, no futuro) e em uma galáxia muito, muito distante. O filme aborda um intricado esquema político aparentemente perfeito, porém em crise. Há algo acontecendo, mas ninguém sabe exatamente do que se trata – e os que sabem não tem real interesse em contar.

Mesmo que esse filme conte uma história relativamente leve, com direito a corridas competitivas, apostas divertidas e um personagem bobalhão como Jar Jar Binks (voz de Ahmed Best), é perceptível que ele quer dizer muito mais, principalmente para seu público alvo: aqueles que já são fãs e adoram tudo o que é relativo a Star Wars. O problema é que não são somente os “leigos” que perdem com isso, os próprios fãs se sentem traídos. Eles queriam mais, mas queriam mais do mesmo. De qualquer forma, é muito pedir isso depois de 22 anos do lançamento do primeiro filme. Star Wars: Episode I - The Phantom Menace precisava ser algo diferente, para o bem ou para o mal.


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