Divagações: Yoru wa mijikashi aruke yo otome
13.10.21
Se a sua vida universitária (fora da sala de aula, obviamente) fosse transformada em um filme, como ele seria? Essa não é bem a proposta de Yoru wa mijikashi aruke yo otome, mas eu sinto que esta poderia ser uma resposta adequada para algumas pessoas que conheço.
Com direção de Masaaki Yuasa e roteiro de Makoto Ueda, o longa-metragem é baseado em um livro de Tomihiko Morimi e se passa no mesmo universo que a série Yojôhan shinwa taikei, inclusive aproveitando personagens importantes e fazendo referências visuais. Assim, quem não viu a produção para a televisão talvez perca uma camada de significado e algumas referências, mas o filme continua sendo divertido, funcionando bem como algo isolado.
A história acompanha uma longuíssima noite na vida da jovem universitária de cabelos pretos (Kana Hanazawa). Após uma festa de casamento, ela decide ir beber e deixar a vida a levar pelas ruas de Kyoto. Por conta disso, ela conhece um senhor que coleciona “arte erótica”, aprende danças malucas, faz amizade com o misterioso Higuchi Shishô (Kazuya Nakai), participa de um desafio alcoólico, visita uma feira de livros usados e até é escalada para uma peça de teatro de guerrilha. Ao mesmo tempo, um de seus veteranos (Gen Hoshino) está sempre por perto, mas nunca integrado à situação, tentando achar um jeito de impressioná-la.
E embora pareça que eu contei muito sobre o filme, acredite: deixei bastante coisa de fora. A protagonista tem um ânimo inabalável, um fígado resistente, uma bexiga gigantesca e uma resistência ao álcool impressionante, além de um excelente sistema imunológico e um coração de ouro. Ou seja, é uma garota adorável, uma ótima amiga e uma universitária que você gostaria de ter por perto em suas noitadas.
Com essa premissa e apenas um fiapo de história, Yoru wa mijikashi aruke yo otome não tem a menor pretensão de ser realista – pelo contrário, à medida que a noite avança, o filme vai ficando cada vez mais e mais absurdo. Para quem já viu a série, isso já era esperado (e até desejado), mas as maluquices narrativas e visuais podem assustar um espectador desavisado (bom, eu estou avisando). A sucessão de acontecimentos é frenética e talvez seja difícil acompanhar tudo o que está acontecendo, mas a jornada vale a pena mesmo assim.
Um dos pontos mais interessantes é o traço aparentemente simples da animação. As linhas singelas e as cores vivas acabam se tornando o veículo perfeito para esse tipo de história, permitindo que uma profusão de elementos invada a tela de uma maneira quase desapercebida. O visual também dá um aspecto onírico à noite em que a história se passa, o que é bem adequado dada a temática.
Além disso, embora tudo aconteça ao redor da protagonista e de seu apaixonado veterano, Yoru wa mijikashi aruke yo otome consegue trazer coadjuvantes bastante interessantes, que adicionam cor para cada uma das aventuras vividas. Cada personagem explora traços de personalidade distintos e coloca algo novo na mesa (às vezes, literalmente), permitindo que os personagens principais tenham que lidar com todo o tipo de situação.
É claro que, no final das contas, a produção não resume a vida universitária de ninguém. Mas eu sinto que é como se Yoru wa mijikashi aruke yo otome retratasse uma época da vida que dificilmente é mostrada com clareza, quando é possível dizer “sim” a várias aventuras, sem muito medo das consequências, ou sequer da chegada dos primeiros raios de sol.
Com direção de Masaaki Yuasa e roteiro de Makoto Ueda, o longa-metragem é baseado em um livro de Tomihiko Morimi e se passa no mesmo universo que a série Yojôhan shinwa taikei, inclusive aproveitando personagens importantes e fazendo referências visuais. Assim, quem não viu a produção para a televisão talvez perca uma camada de significado e algumas referências, mas o filme continua sendo divertido, funcionando bem como algo isolado.
A história acompanha uma longuíssima noite na vida da jovem universitária de cabelos pretos (Kana Hanazawa). Após uma festa de casamento, ela decide ir beber e deixar a vida a levar pelas ruas de Kyoto. Por conta disso, ela conhece um senhor que coleciona “arte erótica”, aprende danças malucas, faz amizade com o misterioso Higuchi Shishô (Kazuya Nakai), participa de um desafio alcoólico, visita uma feira de livros usados e até é escalada para uma peça de teatro de guerrilha. Ao mesmo tempo, um de seus veteranos (Gen Hoshino) está sempre por perto, mas nunca integrado à situação, tentando achar um jeito de impressioná-la.
E embora pareça que eu contei muito sobre o filme, acredite: deixei bastante coisa de fora. A protagonista tem um ânimo inabalável, um fígado resistente, uma bexiga gigantesca e uma resistência ao álcool impressionante, além de um excelente sistema imunológico e um coração de ouro. Ou seja, é uma garota adorável, uma ótima amiga e uma universitária que você gostaria de ter por perto em suas noitadas.
Com essa premissa e apenas um fiapo de história, Yoru wa mijikashi aruke yo otome não tem a menor pretensão de ser realista – pelo contrário, à medida que a noite avança, o filme vai ficando cada vez mais e mais absurdo. Para quem já viu a série, isso já era esperado (e até desejado), mas as maluquices narrativas e visuais podem assustar um espectador desavisado (bom, eu estou avisando). A sucessão de acontecimentos é frenética e talvez seja difícil acompanhar tudo o que está acontecendo, mas a jornada vale a pena mesmo assim.
Um dos pontos mais interessantes é o traço aparentemente simples da animação. As linhas singelas e as cores vivas acabam se tornando o veículo perfeito para esse tipo de história, permitindo que uma profusão de elementos invada a tela de uma maneira quase desapercebida. O visual também dá um aspecto onírico à noite em que a história se passa, o que é bem adequado dada a temática.
Além disso, embora tudo aconteça ao redor da protagonista e de seu apaixonado veterano, Yoru wa mijikashi aruke yo otome consegue trazer coadjuvantes bastante interessantes, que adicionam cor para cada uma das aventuras vividas. Cada personagem explora traços de personalidade distintos e coloca algo novo na mesa (às vezes, literalmente), permitindo que os personagens principais tenham que lidar com todo o tipo de situação.
É claro que, no final das contas, a produção não resume a vida universitária de ninguém. Mas eu sinto que é como se Yoru wa mijikashi aruke yo otome retratasse uma época da vida que dificilmente é mostrada com clareza, quando é possível dizer “sim” a várias aventuras, sem muito medo das consequências, ou sequer da chegada dos primeiros raios de sol.
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