Divagações: To All the Boys: Always and Forever

O que começou com a vontade de ver um filme bobinho, só para distrair, chegou até aqui. To All the Boys I've Loved Before é fofo e apai...

To All the Boys: Always and Forever
O que começou com a vontade de ver um filme bobinho, só para distrair, chegou até aqui. To All the Boys I've Loved Before é fofo e apaixonante, o tipo de coisa que consegue fisgar uma menina sonhadora (com mais de 30 anos na cara, mas vamos fingir que isso não faz diferença). Por mais que a sequência direta, To All the Boys: P.S. I Still Love You deixe um bocado a desejar, ainda resta um pouco de ânimo para To All the Boys: Always and Forever – ainda bem.

O longa-metragem que encerra esta trilogia também marca o fim de uma fase para Lara Jean (Lana Condor), sua família e seu namorado, Peter (Noah Centineo). Os adolescentes estão terminando o Ensino Médio e se preocupando com a entrada na universidade, sonhando em estudarem na mesma instituição, bem longe dos pais.

Enquanto Peter já conseguiu uma bolsa (de atleta) na prestigiada Stanford, Lara Jean ainda precisa ouvir um retorno das universidades, o que gera uma ansiedade sem tamanho. Ao mesmo tempo, ela ainda precisa lidar com os tradicionais atritos com suas irmãs (Janel Parrish e Anna Cathcart), com o baile de formatura e com a organização do casamento de seu pai (John Corbett). Aliás, a mudança de Trina (Sarayu Blue) para a casa das meninas também representa uma nova era: a presença da mãe se enfraquece e tudo deve mudar.

Para completar, o filme ainda consegue encaixar o romance atravessado de Chris (Madeleine Arthur) e Trevor (Ross Butler), a complicada relação com Genevieve (Emilija Baranac) e duas viagens: uma para Seul, na Coreia do Sul, e outra para Nova York. Bom, tédio realmente não é um problema neste caso.

Apesar disso tudo, o coração de To All the Boys: Always and Forever segue no romance. Por mais que seja um cara legal, Peter também tem seus problemas e demanda, quase sem querer, algo que Lara Jean gostaria de poder proporcionar a ele – mas o destino e seu forte senso de moral a impedem (querendo ou não, esta menina sempre faz o que ela julga ser o certo). A situação do relacionamento dos dois acaba encontrando um estranho paralelo no reencontro do rapaz com seu ausente pai (Henry Thomas). A questão é que, obviamente, há uma discrepância entre as responsabilidades de uma namorada e as de um pai.

Ainda que o conflito principal da história não seja algo de outro mundo, ele é interessante e consegue segurar a trama. Os personagens vivem um momento da vida que envolve uma série de decisões e, muitas vezes, estas escolhas irão afetar outras pessoas. Entre uma história de conflitos internos e amadurecimento ou um triângulo amoroso – como aconteceu no longa anterior –, a primeira opção tende a ser mais enriquecedora.

Em meio a cupcakes, festas de formatura, casamentos, bailes, viagens e a difícil escolha da “música do casal” (é, tem isso também!), To All the Boys: Always and Forever é o filme de romance adolescente que eu não pedi, mas que gostei de receber. Ele é calculadamente fofo, sabe disso e não pede desculpas – afinal, é justamente por isso que ele existe. E ele tenta passar a mensagem de que as garotas devem fazer o que é melhor para elas e seus futuros, mesmo que isso envolva desapontar seus namorados, o que é sempre um recado bem válido.

Outras divagações:
To All the Boys I've Loved Before
To All the Boys: P.S. I Still Love You

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