Divagações: Armida

Dessa vez, minhas divagações não serão sobre um filme, mas sobre uma ópera filmada. E porque eu inventei de colocar esse texto aqui e não no...

Dessa vez, minhas divagações não serão sobre um filme, mas sobre uma ópera filmada. E porque eu inventei de colocar esse texto aqui e não no meu blog pessoal, por exemplo? Bom, é que essa ópera foi exibida no cinema. Trata-se de um projeto bem legal do Metropolitan Opera (Met para os íntimos).

Em Curitiba, a exibição das óperas está a cargo do Unibanco Arteplex, o que é bem condizente com a proposta do cinema, afinal são sempre eles que exibem aqueles filmes que você quer muito ver até que descobre que eles não estão passando em lugar nenhum que não seja lá (ou no Cineplex Batel, como foi o caso de Julie & Julia). Esses cinemas ainda têm a vantagem de ter um preço menor do que o cobrado em outras redes.

Ou seja, nem preciso dizer o quanto eu gosto do Unibanco Arteplex! Só que dessa vez foi meio triste... Acordei cedinho para ir ver Armida às 11h em pleno feriado de Corpus Christi (eu moro bem longe do cinema em questão), mas quando cheguei lá eu me deparei com uma surpresa na hora de pagar: o preço estava R$10,00 acima do anunciado!

Tentei argumentar que eles não podem cobrar outro preço sem avisar antes, mesmo sendo uma ópera e não um filme (o argumento do moço da bilheteria dito várias vezes e aos berros), mas não teve jeito. Até chamaram o segurança para me tirar da fila! Como a gerente só chegaria após o término da sessão, comprei o ingresso mesmo assim na esperança de que ela fosse resolver tudo depois. Qual não foi minha surpresa quando ela se negou a devolver a diferença dizendo que eles não precisam avisar o preço porque está escrito “sessão especial” no folheto. Agora as pessoas precisam deduzir que “especial” significa R$10,00 a mais do que a tabela impressa no mesmo folheto? Achei uma falta de respeito tremenda.

Bom, voltando à ópera. Eu não conhecia a história de Armida e achei bem divertida. Durante uma guerra, a feiticeira Armida decide pedir ajuda ao exército para chegar ao trono. Depois de fazerem todos se apaixonarem por sua beleza, ela mesma se apaixona e foge com um dos líderes da tropa. O mais interessante é perceber como o amor e a mulher são retratados no decorrer da história, já que o valor maior é dado à coragem, à honra e à virilidade.

O único problema que achei que a ópera fosse ter é a boa e velha estética de teatro gravado. Pois é, ela está lá, mas é minimizada pelos ângulos de câmera bem explorados e pela excelente qualidade do som. É de dar inveja a muita produção por aí. Além disso, o espetáculo não chega a ficar cansativo (ele tem três horas de duração), pois é feito um intervalo de quinze minutos no meio, o suficiente para ir ao banheiro, comentar o que já aconteceu com a pessoa do lado e dar uma relaxada.

Mês que vem, outra ópera será exibida. Aproveite a oportunidade e divirta-se! Só não permita que cobrem preços abusivos e não anunciados.

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