Divagações: Rogue One: A Star Wars Story
24.1.17
Uma das franquias mais lucrativas do cinema – e, provavelmente, a mais adorada – Star Wars passou por maus bocados nos últimos anos. Foram desde edições nos filmes originais que não foram muito bem aceitas pelos fãs até novos filmes que simplesmente não entregavam o que prometiam. Mas Star Wars: Episode VII - The Force Awakens mudou esse quadro e reacendeu toda a paixão adormecida, devidamente acompanhada por um intenso comércio de produtos relacionados aos personagens.
Rogue One: A Star Wars Story, entretanto, representa uma jogada um pouco arriscada. Sem fazer parte da linha principal da história, esse longa-metragem se aproxima muito do universo expandido da franquia, presente em quadrinhos, animações e livros, mas não no cinema (até agora). Ele não conta com o famoso letreiro inclinado na abertura e nem com o clima leve de aventura. Essa é uma trama mais séria, que não se preocupa em situar aqueles que nunca ouviram falar da saga. Ou seja, é um produto com um conteúdo mais direcionado para os fãs ou para quem está pensando em se tornar um. E, justamente por ser mais sério, ele também funciona bem para quem acha os longas-metragens ‘oficiais’ um tanto quanto bobos.
Nesse contexto, a principal vantagem de Rogue One: A Star Wars Story é que ele funciona bem sozinho – embora seja um pouco triste lembrar que não haverá uma continuação direta. Com uma história que acontece antes das aventuras da trilogia original, esse é um filme de guerra que se passa em um universo preestabelecido e que não precisa de muitas explicações: está acontecendo uma rebelião contra um regime império já no poder.
Jyn Erso (Felicity Jones) é uma jovem que já nasceu do lado oposto ao regime, mas que está tentando se esquivar da luta. Mesmo assim, ela acaba sendo forçada a um acordo com os rebeldes e faz contato com o extremista Saw Gerrera (Forest Whitaker). A motivação do encontro é uma mensagem enviada pelo próprio pai de Jyn, Galen Erso (Mads Mikkelsen), que, aparentemente, mudou de lado e está ajudando o Império a produzir armas cada vez mais perigosas, inclusive um poderoso destruidor de planetas. No entanto, isso a leva a uma missão ainda mais perigosa, com Jyn partindo ao lado do capitão Cassian Andor (Diego Luna), do robô K-2SO (Alan Tudyk), de dois estranhos guardiões (Donnie Yen e Wen Jiang) e de mais um bando de voluntários. O novo objetivo é roubar os planos da tal nova arma e tentar verificar se ela possui um ponto fraco.
Embora eu tenha gasto muitas linhas, a trama de Rogue One: A Star Wars Story segue de forma bastante linear e é fácil de acompanhar. Há diversas referência ao universo que devem agradar aos fãs, mas que não se interpõem ao que está verdadeiramente acontecendo. Por mais que eu tenha sentido um pouco de falta dos jedis e seus sabres de luz, houve cenas de luta e explosões suficientes para que o filme não deixe a desejar como uma produção de ação.
Além disso, o filme ganha pontos por se centrar em seus dois personagens principais. Ainda que alguns coadjuvantes – especialmente a dupla de guardiões – tenham deixado um gostinho de quero mais, a dinâmica entre Jones e Luna funciona muito bem (o romance é forçado, mas isso não é culpa deles). Os dois atores são bons e conseguem adicionar camadas a personagens que, nas mãos de profissionais menos expressivos, poderiam parecer planos e sem graça. A tão aguardada participação de Darth Vader (voz de James Earl Jones) é pequena, mas absolutamente suficiente e perfeitamente condizente com o que se espera do personagem (que nunca foi muito de aparecer, convenhamos).
A produção também ganha pontos por saber usar bem a trilha sonora, aproveitando-se sempre que possível dos conhecidos acordes de John Williams. As composições originais, assinadas por Michael Giacchino, entram bem nesse clima, colaborando com o tom mais pesado dado à história.
Rogue One: A Star Wars Story pode até não ser o melhor filme de ação – ou de guerra – dessa temporada, mas ele traz o gênero com maestria para um universo acostumado cinematograficamente a aventuras mais descomprometidas (ainda que elas saibam abusar do emocional de seu público). A cada cena, o diretor Gareth Edwards mostra que, além de ser um profissional versátil tecnicamente, sabe tomar decisões. Sem se preocupar com gregos ou troianos, ele fez um filme que é diferente do que se poderia esperar, mas adoravelmente simples e acessível, como Star Wars sempre se preocupou em ser.
Outras divagações:
Star Wars: Episode I - The Phantom Menace
Star Wars: Episode II - Attack of the Clones
Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith
Star Wars: Episode IV - A New Hope
Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back
Star Wars: Episode VI - Return of the Jedi
Star Wars: Episode VII - The Force Awakens
Rogue One: A Star Wars Story, entretanto, representa uma jogada um pouco arriscada. Sem fazer parte da linha principal da história, esse longa-metragem se aproxima muito do universo expandido da franquia, presente em quadrinhos, animações e livros, mas não no cinema (até agora). Ele não conta com o famoso letreiro inclinado na abertura e nem com o clima leve de aventura. Essa é uma trama mais séria, que não se preocupa em situar aqueles que nunca ouviram falar da saga. Ou seja, é um produto com um conteúdo mais direcionado para os fãs ou para quem está pensando em se tornar um. E, justamente por ser mais sério, ele também funciona bem para quem acha os longas-metragens ‘oficiais’ um tanto quanto bobos.
Nesse contexto, a principal vantagem de Rogue One: A Star Wars Story é que ele funciona bem sozinho – embora seja um pouco triste lembrar que não haverá uma continuação direta. Com uma história que acontece antes das aventuras da trilogia original, esse é um filme de guerra que se passa em um universo preestabelecido e que não precisa de muitas explicações: está acontecendo uma rebelião contra um regime império já no poder.
Jyn Erso (Felicity Jones) é uma jovem que já nasceu do lado oposto ao regime, mas que está tentando se esquivar da luta. Mesmo assim, ela acaba sendo forçada a um acordo com os rebeldes e faz contato com o extremista Saw Gerrera (Forest Whitaker). A motivação do encontro é uma mensagem enviada pelo próprio pai de Jyn, Galen Erso (Mads Mikkelsen), que, aparentemente, mudou de lado e está ajudando o Império a produzir armas cada vez mais perigosas, inclusive um poderoso destruidor de planetas. No entanto, isso a leva a uma missão ainda mais perigosa, com Jyn partindo ao lado do capitão Cassian Andor (Diego Luna), do robô K-2SO (Alan Tudyk), de dois estranhos guardiões (Donnie Yen e Wen Jiang) e de mais um bando de voluntários. O novo objetivo é roubar os planos da tal nova arma e tentar verificar se ela possui um ponto fraco.
Embora eu tenha gasto muitas linhas, a trama de Rogue One: A Star Wars Story segue de forma bastante linear e é fácil de acompanhar. Há diversas referência ao universo que devem agradar aos fãs, mas que não se interpõem ao que está verdadeiramente acontecendo. Por mais que eu tenha sentido um pouco de falta dos jedis e seus sabres de luz, houve cenas de luta e explosões suficientes para que o filme não deixe a desejar como uma produção de ação.
Além disso, o filme ganha pontos por se centrar em seus dois personagens principais. Ainda que alguns coadjuvantes – especialmente a dupla de guardiões – tenham deixado um gostinho de quero mais, a dinâmica entre Jones e Luna funciona muito bem (o romance é forçado, mas isso não é culpa deles). Os dois atores são bons e conseguem adicionar camadas a personagens que, nas mãos de profissionais menos expressivos, poderiam parecer planos e sem graça. A tão aguardada participação de Darth Vader (voz de James Earl Jones) é pequena, mas absolutamente suficiente e perfeitamente condizente com o que se espera do personagem (que nunca foi muito de aparecer, convenhamos).
A produção também ganha pontos por saber usar bem a trilha sonora, aproveitando-se sempre que possível dos conhecidos acordes de John Williams. As composições originais, assinadas por Michael Giacchino, entram bem nesse clima, colaborando com o tom mais pesado dado à história.
Rogue One: A Star Wars Story pode até não ser o melhor filme de ação – ou de guerra – dessa temporada, mas ele traz o gênero com maestria para um universo acostumado cinematograficamente a aventuras mais descomprometidas (ainda que elas saibam abusar do emocional de seu público). A cada cena, o diretor Gareth Edwards mostra que, além de ser um profissional versátil tecnicamente, sabe tomar decisões. Sem se preocupar com gregos ou troianos, ele fez um filme que é diferente do que se poderia esperar, mas adoravelmente simples e acessível, como Star Wars sempre se preocupou em ser.
Outras divagações:
Star Wars: Episode I - The Phantom Menace
Star Wars: Episode II - Attack of the Clones
Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith
Star Wars: Episode IV - A New Hope
Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back
Star Wars: Episode VI - Return of the Jedi
Star Wars: Episode VII - The Force Awakens
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