Divagações: Gnomeo & Juliet
26.8.20
Ok, todo mundo já conhece essa história e ela já foi contada de diversas formas. As pessoas envolvidas na produção de Gnomeo & Juliet sabiam disso também – e até se aproveitaram disso para fazer piada. Mas a questão é: precisava transformar a clássica tragédia romântica de William Shakespeare em uma animação infantil estrelada por gnomos de jardim? Bom, precisar a gente sabe que não precisava... Mas também não é como se estivesse machucando alguém.
Dessa vez, a história se passa na Rua Verona, onde dois vizinhos absolutamente se detestam. A inexplicada rivalidade existe também entre as populações de gnomos que vivem nos jardins deles. Na casa da senhora Montague (Julie Walters), todos usam gorros azuis e seguem as ordens de Lady Bluebury (Maggie Smith), mãe do jovem Gnomeo (James McAvoy). Já na casa do senhor Capulet (Richard Wilson), os chapéus são vermelhos e quem manda é Lord Redbrick (Michael Caine), pai da jovem Juliet (Emily Blunt).
Um dia, Gnomeo e Juliet precisam sair de seus jardins disfarçados. Eles acabam se encontrando e se apaixonam um pelo outro, antes de descobrirem que pertencem a casas rivais. Embora a melhor amiga de Juliet, a sapa Nanette (Ashley Jensen), insista que esse relacionamento está condenado ao fracasso, a inesperada amizade com um flamingo de plástico, Featherstone (Jim Cummings), pode ajudar o casal. Porém, a crescente rivalidade – e um novo cortador de grama (Hulk Hogan) – pode pôr tudo a perder.
Ou seja, essa é a história que todo mundo conhece, mas adaptada para o universo de gnomos de jardim. Tudo é muito absurdo, mas eu ainda me questiono se a produção foi capaz de “dar a volta” e transformar todo o conceito em algo absolutamente engraçado. Afinal, ao mesmo tempo em que há detalhes que demonstram um carinho pelo projeto e pela história original – incluindo uma estátua de Bill Shakespeare (Patrick Stewart) que defende o final original da peça – há também uma série de elementos desnecessários que estão ali exclusivamente para fazer volume nas piadas.
Inclusive, entre os elementos absurdos e (aparentemente) inexplicáveis de Gnomeo & Juliet está a trilha sonora, composta por grandes sucessos de Elton John. O cantor e compositor é produtor executivo do filme e tinha um grande comprometimento com o projeto. Ainda assim, as canções não têm um apelo muito grande para o público infantil e tanto elas quanto as referências visuais ao músico só servem para divertir aos adultos na sala.
Aliás, a dublagem original traz outras “surpresas” que os mais velhos devem gostar. Além dos nomes já citados, Jason Statham, Ozzy Osbourne, Stephen Merchant e Dolly Parton também estão no elenco. Eu não faço ideia de como conseguira reunir uma galera tão legal, mas a verdade é que ficou divertido.
Dito isso, eu não tenho muita certeza de Gnomeo & Juliet tem um apelo real com o público infantil – além do fato de que os gnomos de jardim são bonitinhos. As crianças pequenas não possuem um vínculo emocional com a história original e não vão conseguir entender a maior parte das referências que aparecem na tela. Ainda assim, é provável que a trama simplificada do romance proibido entre membros de famílias rivais mantenha seu apelo.
Dessa vez, a história se passa na Rua Verona, onde dois vizinhos absolutamente se detestam. A inexplicada rivalidade existe também entre as populações de gnomos que vivem nos jardins deles. Na casa da senhora Montague (Julie Walters), todos usam gorros azuis e seguem as ordens de Lady Bluebury (Maggie Smith), mãe do jovem Gnomeo (James McAvoy). Já na casa do senhor Capulet (Richard Wilson), os chapéus são vermelhos e quem manda é Lord Redbrick (Michael Caine), pai da jovem Juliet (Emily Blunt).
Um dia, Gnomeo e Juliet precisam sair de seus jardins disfarçados. Eles acabam se encontrando e se apaixonam um pelo outro, antes de descobrirem que pertencem a casas rivais. Embora a melhor amiga de Juliet, a sapa Nanette (Ashley Jensen), insista que esse relacionamento está condenado ao fracasso, a inesperada amizade com um flamingo de plástico, Featherstone (Jim Cummings), pode ajudar o casal. Porém, a crescente rivalidade – e um novo cortador de grama (Hulk Hogan) – pode pôr tudo a perder.
Ou seja, essa é a história que todo mundo conhece, mas adaptada para o universo de gnomos de jardim. Tudo é muito absurdo, mas eu ainda me questiono se a produção foi capaz de “dar a volta” e transformar todo o conceito em algo absolutamente engraçado. Afinal, ao mesmo tempo em que há detalhes que demonstram um carinho pelo projeto e pela história original – incluindo uma estátua de Bill Shakespeare (Patrick Stewart) que defende o final original da peça – há também uma série de elementos desnecessários que estão ali exclusivamente para fazer volume nas piadas.
Inclusive, entre os elementos absurdos e (aparentemente) inexplicáveis de Gnomeo & Juliet está a trilha sonora, composta por grandes sucessos de Elton John. O cantor e compositor é produtor executivo do filme e tinha um grande comprometimento com o projeto. Ainda assim, as canções não têm um apelo muito grande para o público infantil e tanto elas quanto as referências visuais ao músico só servem para divertir aos adultos na sala.
Aliás, a dublagem original traz outras “surpresas” que os mais velhos devem gostar. Além dos nomes já citados, Jason Statham, Ozzy Osbourne, Stephen Merchant e Dolly Parton também estão no elenco. Eu não faço ideia de como conseguira reunir uma galera tão legal, mas a verdade é que ficou divertido.
Dito isso, eu não tenho muita certeza de Gnomeo & Juliet tem um apelo real com o público infantil – além do fato de que os gnomos de jardim são bonitinhos. As crianças pequenas não possuem um vínculo emocional com a história original e não vão conseguir entender a maior parte das referências que aparecem na tela. Ainda assim, é provável que a trama simplificada do romance proibido entre membros de famílias rivais mantenha seu apelo.
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