Divagações: The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring (versão estendida)
4.8.21
O que era ser nerd no período da sua adolescência? Na minha, acredito que o conceito estava mais vinculado com The Lord of the Rings do que com Star Wars, por exemplo. Obviamente, nada impedia que alguém muito nerd estivesse por dentro de tudo o que envolvia estes e outros universos. Mas, de qualquer forma, frequentar fóruns de internet sobre o tema e adentrar em conversas sobre os personagens de J.R.R. Tolkien já rendia algumas estrelinhas na carteirinha de nerd. E eu era uma dessas pessoas.
Assim, mergulhar nas versões estendidas destes filmes é praticamente como voltar no tempo e reviver algo muito especial – com bônus. Em The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring, por exemplo, há 30 minutos de cenas adicionais, cuidadosamente espalhadas ao longo de um filme que já é originalmente bem longo. Se você não estiver investido na experiência, admito que talvez seja demais. Mas, para quem sempre queria mais, consegue ser bom sem passar (exageradamente) da medida.
A história, obviamente, segue a mesma. Frodo (Elijah Wood) é um hobbit que vive uma calma vida de hobbit em uma vila de hobbits perfeitamente normal, mesmo sendo sobrinho do excêntrico Bilbo (Ian Holm) que, no passado, viveu aventuras na companhia de anões. Sua vida muda depois que Bilbo decide partir em mais uma aventura, deixando para trás uma de suas relíquias mais preciosas: um anel.
Este anel, entretanto, é um item mais poderoso do que eles imaginariam inicialmente – muito mais. O senso de dever de Frodo faz com que ele parta em uma perigosa jornada, sendo eventualmente acompanhado por seu jardineiro, Sam (Sean Astin), outros dois hobbits (Dominic Monaghan e Billy Boyd), o mago Gandalf (Ian McKellen), o elfo Legolas (Orlando Bloom), o anão Gimli (John Rhys-Davies) e dois humanos, Aragorn (Viggo Mortensen) e Boromir (Sean Bean).
Com um grupo tão diverso, inúmeras tensões e desavenças acabam surgindo, seja sob o caminho a seguir ou sobre coisas mais profundas, envolvendo questões intrínsecas de cada raça e personagem. Ainda assim, o grupo se fortalece e se defende sempre que necessário, especialmente quando precisa enfrentar legiões de orcs, lutar contra inimigos enviados pelo perigoso mago Saruman (Christopher Lee), ou quando adentram a floresta dominada pela misteriosa elfa Galadriel (Cate Blanchett).
Por ser baseado apenas na primeira parte de um livro, The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring não funciona como uma história fechada, mas apresenta seus personagens e seu mundo de uma forma bastante eficiente. As dinâmicas prévias ficam claras e a importância da missão é posta de modo enfático.
Ao mesmo tempo, o filme traz algo único a ele e gera interesse pelo que vem a seguir. Todos no grupo vivem momentos importantes e passam por transformações: ao final, nenhum dos personagens é a mesma pessoa que iniciou a jornada. Inclusive, muitas das características que as pessoas gostam em relação à obra são intrínsecas a esta primeira parte, pois é apenas aqui que o grupo se mantém íntegro e unido.
Ainda que muitos tenham tentado – inclusive o próprio diretor Peter Jackson, em outras incursões à Terra Média –, é a construção da trama vista em The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring quem dá o tom para a história de ficção fantástica mais bem sucedida da história do cinema. Mesmo se os efeitos especiais tivessem envelhecido muito mal (e, convenhamos, nem todos são exatamente convincentes hoje em dia), a estrutura e o andamento da história ainda funcionariam de maneira eficiente.
Obviamente que, em uma adaptação de uma obra literária para o cinema, a parte visual também tem sua importância. Neste caso, as decisões tomadas foram muito acertadas: os cenários e figurinos são impecáveis – a escolha de elenco e as maquiagens também ajudam. Para completar, a trilha sonora é particularmente marcante, ajudando a dar o tom correto a este mundo fantástico (eu me peguei cantarolando trechos em mais de um momento).
Prestes a completar 20 anos de lançamento, The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring continua sendo um grande filme, que ainda agrada a seus fãs e tem capacidade para atrair a atenção de novas gerações. Isso, bem mais do que as quatro estatuetas do Oscar – Fotografia, Maquiagem, Trilha Sonora e Efeitos Visuais –, diz muito sobre a qualidade de um filme e o carinho que foi dedicado a sua realização.
Outras divagações:
The Hobbit: An Unexpected Journey
The Hobbit: The Desolation of Smaug
The Hobbit: The Battle of Five Armies
Assim, mergulhar nas versões estendidas destes filmes é praticamente como voltar no tempo e reviver algo muito especial – com bônus. Em The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring, por exemplo, há 30 minutos de cenas adicionais, cuidadosamente espalhadas ao longo de um filme que já é originalmente bem longo. Se você não estiver investido na experiência, admito que talvez seja demais. Mas, para quem sempre queria mais, consegue ser bom sem passar (exageradamente) da medida.
A história, obviamente, segue a mesma. Frodo (Elijah Wood) é um hobbit que vive uma calma vida de hobbit em uma vila de hobbits perfeitamente normal, mesmo sendo sobrinho do excêntrico Bilbo (Ian Holm) que, no passado, viveu aventuras na companhia de anões. Sua vida muda depois que Bilbo decide partir em mais uma aventura, deixando para trás uma de suas relíquias mais preciosas: um anel.
Este anel, entretanto, é um item mais poderoso do que eles imaginariam inicialmente – muito mais. O senso de dever de Frodo faz com que ele parta em uma perigosa jornada, sendo eventualmente acompanhado por seu jardineiro, Sam (Sean Astin), outros dois hobbits (Dominic Monaghan e Billy Boyd), o mago Gandalf (Ian McKellen), o elfo Legolas (Orlando Bloom), o anão Gimli (John Rhys-Davies) e dois humanos, Aragorn (Viggo Mortensen) e Boromir (Sean Bean).
Com um grupo tão diverso, inúmeras tensões e desavenças acabam surgindo, seja sob o caminho a seguir ou sobre coisas mais profundas, envolvendo questões intrínsecas de cada raça e personagem. Ainda assim, o grupo se fortalece e se defende sempre que necessário, especialmente quando precisa enfrentar legiões de orcs, lutar contra inimigos enviados pelo perigoso mago Saruman (Christopher Lee), ou quando adentram a floresta dominada pela misteriosa elfa Galadriel (Cate Blanchett).
Por ser baseado apenas na primeira parte de um livro, The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring não funciona como uma história fechada, mas apresenta seus personagens e seu mundo de uma forma bastante eficiente. As dinâmicas prévias ficam claras e a importância da missão é posta de modo enfático.
Ao mesmo tempo, o filme traz algo único a ele e gera interesse pelo que vem a seguir. Todos no grupo vivem momentos importantes e passam por transformações: ao final, nenhum dos personagens é a mesma pessoa que iniciou a jornada. Inclusive, muitas das características que as pessoas gostam em relação à obra são intrínsecas a esta primeira parte, pois é apenas aqui que o grupo se mantém íntegro e unido.
Ainda que muitos tenham tentado – inclusive o próprio diretor Peter Jackson, em outras incursões à Terra Média –, é a construção da trama vista em The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring quem dá o tom para a história de ficção fantástica mais bem sucedida da história do cinema. Mesmo se os efeitos especiais tivessem envelhecido muito mal (e, convenhamos, nem todos são exatamente convincentes hoje em dia), a estrutura e o andamento da história ainda funcionariam de maneira eficiente.
Obviamente que, em uma adaptação de uma obra literária para o cinema, a parte visual também tem sua importância. Neste caso, as decisões tomadas foram muito acertadas: os cenários e figurinos são impecáveis – a escolha de elenco e as maquiagens também ajudam. Para completar, a trilha sonora é particularmente marcante, ajudando a dar o tom correto a este mundo fantástico (eu me peguei cantarolando trechos em mais de um momento).
Prestes a completar 20 anos de lançamento, The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring continua sendo um grande filme, que ainda agrada a seus fãs e tem capacidade para atrair a atenção de novas gerações. Isso, bem mais do que as quatro estatuetas do Oscar – Fotografia, Maquiagem, Trilha Sonora e Efeitos Visuais –, diz muito sobre a qualidade de um filme e o carinho que foi dedicado a sua realização.
Outras divagações:
The Hobbit: An Unexpected Journey
The Hobbit: The Desolation of Smaug
The Hobbit: The Battle of Five Armies
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