Divagações: Turma da Mônica: Lições
13.12.21
Preciso admitir que, quando assisti Turma da Mônica: Laços, eu tinha até me esquecido de que o lançamento de Turma da Mônica: Lições seria em breve. No final das contas, acabei vendo os dois filmes com um intervalo pequeno de tempo e isso foi interessante, pois eles são bem diferentes. Enquanto o primeiro tem um forte apego nostálgico e coloca os já conhecidos personagens em meio a uma aventura leve, esta continuação dá um enfoque maior na dinâmica entre os quatro amigos, dando um peso bem maior nas emoções (sim, talvez seus olhos fiquem molhados ao longo da exibição).
Desta vez, um plano infalível de Cebolinha (Kevin Vechiatto) acaba criando atritos entre os pais da turminha. Como consequência, Mônica (Giulia Benite) acaba mudando de escola e todos os outros são forçados a fazer atividades extras, com o intuito de ficarem separados: Magali (Laura Rauseo) vai ter aulas de culinária, Cascão (Gabriel Moreira) é matriculado na natação e Cebolinha passa a se consultar com uma fonoaudióloga. O problema é que, sem o apoio dos amigos, passa a ser mais difícil lidar com os desafios do dia a dia.
Em meio a este drama, Turma da Mônica: Lições aproveita para trazer personagens secundários já bem conhecidos do público, com destaque para Tina (Isabelle Drummond) e seus amigos, além de Do Contra (Vinícius Higo), Milena (Emilly Nayara), Marina (Laís Vilella) e outros. Ao mesmo tempo, o longa-metragem dirigido por Daniel Rezende se afasta um pouco da linguagem dos gibis, da necessidade de apresentar mil e uma referências e do apego à estética original, retratando um bairro do Limoeiro levemente mais realista (mas não tanto assim). Ou seja, o filme se usufrui de ser uma continuação e já ter uma estética reconhecível para poder “se soltar” em seu próprio meio.
Esta mudança também se beneficia do material original, escrito e roteirizado por Vitor e Lu Cafaggi, que tem uma sensibilidade diferente da de seu antecessor. Embora a trama se aproprie de várias imagens facilmente reconhecíveis – como a encenação de Romeu e Julieta com os personagens –, ao separar as crianças e as colocar em uma situação que elas não se julgam capazes de resolver, as características de cada um dos protagonistas são colocadas como problemas, desafios, e não como um alívio cômico ou como algo que seus amigos devem aprender a respeitar.
Outra questão é que Turma da Mônica: Lições dá um enfoque muito maior na relação entre Mônica e Cebolinha (o que não incomoda tanto porque os atores obviamente não têm oito anos de idade). O conflito principal envolve os personagens (e seus pais) e há diversas situações em que é explorada uma tensão quase romântica entre eles. Talvez um público mais novo sequer perceba isso ou só tome como algo engraçado, mas aqueles que são um pouquinho mais velhos devem se divertir.
De qualquer modo, Turma da Mônica: Lições é uma boa opção para quem já se sentir seguro para levar as crianças ao cinema nestas férias (a produção estreia em 30 de dezembro) ou para quem tem um carinho especial pelos gibis. O filme é divertido, bem produzido e bastante sensível, gerando um entretenimento com gostinho especial de infância.
Desta vez, um plano infalível de Cebolinha (Kevin Vechiatto) acaba criando atritos entre os pais da turminha. Como consequência, Mônica (Giulia Benite) acaba mudando de escola e todos os outros são forçados a fazer atividades extras, com o intuito de ficarem separados: Magali (Laura Rauseo) vai ter aulas de culinária, Cascão (Gabriel Moreira) é matriculado na natação e Cebolinha passa a se consultar com uma fonoaudióloga. O problema é que, sem o apoio dos amigos, passa a ser mais difícil lidar com os desafios do dia a dia.
Em meio a este drama, Turma da Mônica: Lições aproveita para trazer personagens secundários já bem conhecidos do público, com destaque para Tina (Isabelle Drummond) e seus amigos, além de Do Contra (Vinícius Higo), Milena (Emilly Nayara), Marina (Laís Vilella) e outros. Ao mesmo tempo, o longa-metragem dirigido por Daniel Rezende se afasta um pouco da linguagem dos gibis, da necessidade de apresentar mil e uma referências e do apego à estética original, retratando um bairro do Limoeiro levemente mais realista (mas não tanto assim). Ou seja, o filme se usufrui de ser uma continuação e já ter uma estética reconhecível para poder “se soltar” em seu próprio meio.
Esta mudança também se beneficia do material original, escrito e roteirizado por Vitor e Lu Cafaggi, que tem uma sensibilidade diferente da de seu antecessor. Embora a trama se aproprie de várias imagens facilmente reconhecíveis – como a encenação de Romeu e Julieta com os personagens –, ao separar as crianças e as colocar em uma situação que elas não se julgam capazes de resolver, as características de cada um dos protagonistas são colocadas como problemas, desafios, e não como um alívio cômico ou como algo que seus amigos devem aprender a respeitar.
Outra questão é que Turma da Mônica: Lições dá um enfoque muito maior na relação entre Mônica e Cebolinha (o que não incomoda tanto porque os atores obviamente não têm oito anos de idade). O conflito principal envolve os personagens (e seus pais) e há diversas situações em que é explorada uma tensão quase romântica entre eles. Talvez um público mais novo sequer perceba isso ou só tome como algo engraçado, mas aqueles que são um pouquinho mais velhos devem se divertir.
De qualquer modo, Turma da Mônica: Lições é uma boa opção para quem já se sentir seguro para levar as crianças ao cinema nestas férias (a produção estreia em 30 de dezembro) ou para quem tem um carinho especial pelos gibis. O filme é divertido, bem produzido e bastante sensível, gerando um entretenimento com gostinho especial de infância.
P.S.: Não saia da sala assim que os créditos começarem a subir, pois há uma surpresa. ;)
Outras divagações:
Turma da Mônica: Laços
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