Divagações: Little Shop of Horrors (1986)
14.12.17
Observação: O texto abaixo se refere à versão do diretor do filme, lançada em 2012.
Uma comédia musical com muitos efeitos especiais práticos e elementos de ficção-científica e de filmes de monstro. Sinceramente, não é à toa que Little Shop of Horrors é tão adorado até hoje: esse filme tem elementos bastante únicos e difíceis de se encontrar por aí. Tanto é que a versão inicialmente exibida nos cinemas continha outro final – imposto pelo estúdio ao diretor Frank Oz após algumas exibições-teste –, mas que passou a ser cada vez mais procurado e idolatrado pelo público. Mais um daqueles casos em que o criador sabe o que está fazendo.
A história tem uma premissa bobinha que facilmente se torna absurda e até mesmo assustadora. Seymour Krelborn (Rick Moranis) é um florista órfão que é apaixonado por sua colega de trabalho, Audrey (Ellen Greene), e é explorado pelo patrão, Mushnik (Vincent Gardenia). Ele mora em uma vizinhança não muito amistosa e adoraria ter uma vida melhor, mas suas perspectivas são bastante limitadas. Contudo, as coisas começam a mudar quando ele encontra uma adorável plantinha que, uma vez colocada na vitrine, começa a atrair muitos e muitos clientes para a loja. Nada discretamente chamada de Audrey II, a planta se alimenta do próprio sangue de Seymour e, à medida em que cresce, passa a exigir (com a voz de Levi Stubbs) cada vez mais comida.
Sem o uso de computação gráfica, a plantinha vai crescendo ao longo da produção, em um trabalho primoroso de muitos confeccionadores e manipuladores de bonecos. Mesmo sem ter olhos, ela é muito expressiva e, por vezes, entrega um sorriso deliciosamente malvado. Além disso, o fato dela estar efetivamente presente nas filmagens e interagindo com os atores, é algo maravilhoso e que faz toda a diferença. Ao mesmo tempo, também é uma característica que está ficando cada vez mais rara no cinema.
Esse capricho também é acompanhado por uma trilha sonora primorosa – que traz algumas das canções do musical off-off-Broadway, e outras criadas especialmente para essa adaptação. As músicas são assinadas por Alan Menken e Howard Ashman, o que me faz pensar na quantidade de pessoas extremamente competentes que se envolveram Little Shop of Horrors.
Essa característica inclui, além do próprio diretor, um elenco de apoio maravilhoso. Entre os principais destaques estão Steve Martin, como um dentista sádico e motoqueiro que também é o violento namorado de Audrey; Bill Murray, como um paciente do tal dentista; e John Candy, como um apresentador de rádio muito versátil que entrevista o protagonista. Isso sem contar o coro no melhor estilo grego composto por Crystal (Tichina Arnold), Ronette (Michelle Weeks) e Chiffon (Tisha Campbell-Martin).
Absolutamente divertido e capaz de misturar uma comédia fácil com elementos de sátira, boas canções e um gostinho pelo trágico, Little Shop of Horrors consegue lidar com vários elementos simples que se aderem a sua temática sem dificuldades. Aliás, são eles que garantem que uma trama aparentemente inocente e singela faça todo o sentido, seja a pobreza da comunidade que rodeia a loja, relacionamentos abusivos ou a falta de esperança das pessoas. No final das contas, a humanidade se tornou um alvo fácil para uma planta gigante comedora de gente. Inclusive, nós mesmos a alimentamos!
Uma comédia musical com muitos efeitos especiais práticos e elementos de ficção-científica e de filmes de monstro. Sinceramente, não é à toa que Little Shop of Horrors é tão adorado até hoje: esse filme tem elementos bastante únicos e difíceis de se encontrar por aí. Tanto é que a versão inicialmente exibida nos cinemas continha outro final – imposto pelo estúdio ao diretor Frank Oz após algumas exibições-teste –, mas que passou a ser cada vez mais procurado e idolatrado pelo público. Mais um daqueles casos em que o criador sabe o que está fazendo.
A história tem uma premissa bobinha que facilmente se torna absurda e até mesmo assustadora. Seymour Krelborn (Rick Moranis) é um florista órfão que é apaixonado por sua colega de trabalho, Audrey (Ellen Greene), e é explorado pelo patrão, Mushnik (Vincent Gardenia). Ele mora em uma vizinhança não muito amistosa e adoraria ter uma vida melhor, mas suas perspectivas são bastante limitadas. Contudo, as coisas começam a mudar quando ele encontra uma adorável plantinha que, uma vez colocada na vitrine, começa a atrair muitos e muitos clientes para a loja. Nada discretamente chamada de Audrey II, a planta se alimenta do próprio sangue de Seymour e, à medida em que cresce, passa a exigir (com a voz de Levi Stubbs) cada vez mais comida.
Sem o uso de computação gráfica, a plantinha vai crescendo ao longo da produção, em um trabalho primoroso de muitos confeccionadores e manipuladores de bonecos. Mesmo sem ter olhos, ela é muito expressiva e, por vezes, entrega um sorriso deliciosamente malvado. Além disso, o fato dela estar efetivamente presente nas filmagens e interagindo com os atores, é algo maravilhoso e que faz toda a diferença. Ao mesmo tempo, também é uma característica que está ficando cada vez mais rara no cinema.
Esse capricho também é acompanhado por uma trilha sonora primorosa – que traz algumas das canções do musical off-off-Broadway, e outras criadas especialmente para essa adaptação. As músicas são assinadas por Alan Menken e Howard Ashman, o que me faz pensar na quantidade de pessoas extremamente competentes que se envolveram Little Shop of Horrors.
Essa característica inclui, além do próprio diretor, um elenco de apoio maravilhoso. Entre os principais destaques estão Steve Martin, como um dentista sádico e motoqueiro que também é o violento namorado de Audrey; Bill Murray, como um paciente do tal dentista; e John Candy, como um apresentador de rádio muito versátil que entrevista o protagonista. Isso sem contar o coro no melhor estilo grego composto por Crystal (Tichina Arnold), Ronette (Michelle Weeks) e Chiffon (Tisha Campbell-Martin).
Absolutamente divertido e capaz de misturar uma comédia fácil com elementos de sátira, boas canções e um gostinho pelo trágico, Little Shop of Horrors consegue lidar com vários elementos simples que se aderem a sua temática sem dificuldades. Aliás, são eles que garantem que uma trama aparentemente inocente e singela faça todo o sentido, seja a pobreza da comunidade que rodeia a loja, relacionamentos abusivos ou a falta de esperança das pessoas. No final das contas, a humanidade se tornou um alvo fácil para uma planta gigante comedora de gente. Inclusive, nós mesmos a alimentamos!
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