Divagações: Diary of a Wimpy Kid - Rodrick Rules
29.9.11
Eu
não costumo fazer isso, mas nesse caso acabei abrindo uma exceção. A verdade é
que eu sempre tive certa simpatia por Diary of a Wimpy Kid, mas o filme apenas
fingiu que saiu nos cinemas e, mesmo sabendo que ele está disponível nas
locadoras, nunca fui procurar (desculpa, gente, mas a lista de filmes que quero
ver é simplesmente enorme). Então, quando ganhei ingressos para ver Diary of a Wimpy Kid: Rodrick Rules, eu fui assistir à continuação sem ter visto a
primeira parte – mas um palpite me dizia que isso não faria muita falta.
O
filme conta a história de Greg Heffley (Zachary Gordon), um menino da sétima
série que é um banana, simples assim. Ele até tenta ser um cara legal, mas não
sabe patinar nem falar com garotas direito e tem um irmão mais velho que sempre
o boicota. Rodrick Heffley (Devon Bostick) é bateirista de uma banda de rock e está
maluco para ganhar dinheiro e comprar sabe-se lá o que. Uma de suas maiores
diversões é rir das encrencas em que o irmão se mete, inclusive sendo bem
sacana. O detalhe é que, embora Greg não perceba isso, Rodrick também é um
banana. Aliás, isso parece ser mal de família. A mãe dos dois é Susan Heffley
(Rachael Harris),
que escreve sobre como educar bem os filhos em uma coluna do jornal local. Já o
pai é Frank Heffley
(Steve Zahn),
aquele cara que fica ao fundo segurando o bebê e fazendo cara de quem concorda
com tudo o que sua mãe diz.
Já
na escola, Greg
convive com seu melhor amigo, o gordinho Rowley Jefferson (Robert Capron),
que convive muito bem fazendo apenas coisas apropriadas para a idade; o
esquisito Fregley
(Grayson Russell);
o indiano baixinho Chirag
(Karan Brar);
a menina chata de aparelho Patty Farrell (Laine MacNeil); e a novata bonitinha Holly Hills
(Peyton List),
que é a única da lista que não sofre com as crueldades escolares tradicionais.
Ou seja, o filme é a vida a partir do ponto de vista dos que não estão no topo
da pirâmide de poder infantil. Algo que também pode ser chamado de retrato da
vergonha alheia em versão kids.
Ainda
assim, Diary of a Wimpy Kid: Rodrick Rules é engraçado. Os adultos podem rir
dos exageros e relembrar um pouco como o mundo das crianças pode ser injusto
(espero de coração que vocês não se identifiquem com os personagens), já os
pequenos podem aprender truques de como enganar seus pais ou sacanear os mais
novos – brincadeirinha! No geral, o filme é bem indolor e apropriado para todas
as idades.
O
interessante é justamente o fato de que Greg Heffley não é uma criança perfeita. Ele
desobedece a seus pais, mente, tenta se dar bem passando por cima dos outros e
tem vergonha dos amigos. Ainda assim, ele tem um bom coração e aprende com os
erros que comete (ou quase isso). Isso faz com que esse filme seja mais
adequado para os meninos, que normalmente não curtem o mundo certinho dos
contos de fada. Ao mesmo tempo, as meninas ainda tem espaço para se identificar
com a trama escolar.
Caso Diary of a Wimpy Kid: Rodrick Rules o filme ainda esteja
passando em um cinema perto de você (em uma exclusividade da rede Cinemark),
aproveite as sessões promocionais e leve as crianças para se divertirem – ou vá
rir, simplesmente. O único problema é que ele só está disponível em cópias
dubladas.
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