Divagações: Fantastic Beasts: The Crimes of Grindelwald
12.11.18
Eu sou, assumidamente, uma grande fã da jornada de Harry Potter e companhia. Ainda assim, não posso negar que coloquei um hesitante pé para trás quando Fantastic Beasts and Where to Find Them foi anunciado. Afinal, eu não queria que ninguém – e, talvez, nem mesmo J.K. Rowling – mexesse em algo que já estava perfeito.
Quando o filme foi lançado, eu celebrei a volta da magia e respirei aliviada com a mudança de tom. Sim, a história se passa no mesmo universo, mas ela busca se distanciar dos locais e personagens já conhecidos, explorando a magia pelo olhar cauteloso e tímido de Newt Scamander (Eddie Redmayne). Ele é acompanhado em suas aventuras por duas irmãs levemente excêntricas, ainda que cada uma a seu modo – Tina (Katherine Waterston) e Queenie Goldstein (Alison Sudol) –, além do divertido Jacob Kowalski (Dan Fogler), que não tem poderes e é um representante meu e seu na trama.
Em Fantastic Beasts: The Crimes of Grindelwald reencontramos esse quarteto, mas muita coisa mudou. Por mais que Newt ainda pareça relutante em olhar outras pessoas nos olhos, ele agora não é mais a causa de hilários problemas com criaturas mágicas, sendo empurrado de lá para cá em um contexto político do qual preferiria se abster. Por um lado, ele evita seu irmão mais velho, Theseus (Callum Turner) e sua melhor amiga dos tempos de Hogwarts, Leta Lestrange (Zoë Kravitz). De outro, seu querido professor Albus Dumbledore (Jude Law) nunca explica exatamente o que quer, mas quer alguma coisa. Todos esperam que ele assuma algum papel na luta contra o bruxo das trevas Gellert Grindelwald (Johnny Depp) e seus seguidores – uma lista que pode (ou não) envolver Credence Barebone (Ezra Miller), que Newt acreditava ter morrido.
Com isso, somos levados de volta, mesmo que praticamente sem nenhum aviso, ao clima sombrio de Harry Potter and the Order of the Phoenix em diante. Não é à toa que muitos críticos tenham desgostado da produção, já que ela não entrega exatamente aquilo que eles esperavam encontrar. Ao mesmo tempo, muitos dos fãs mais velhos da saga se sentirão em casa, com a quantidade imensa de mistérios que ficam no ar para serem desvendados nos próximos três filmes, com lançamentos previstos para 2020, 2022 e 2024.
Não vou adiantar os temas mais “polêmicos”, mas imagino que os próximos filmes se distanciarão bastante da estrutura de quarteto. Enquanto o longa-metragem anterior basicamente seguia o grupo por Nova York, Fantastic Beasts: The Crimes of Grindelwald já traz uma grande segmentação, com as irmãs Goldstein separadas praticamente todo o tempo. As temáticas também se tornam mais adultas e J.K. Rowling faz um paralelo não somente com o momento vivido naquele período – às vésperas da 2ª Guerra Mundial –, mas também com o atual, uma vez que ela é uma ferrenha crítica de Donald Trump (e, por aqui, muita gente já encontrou paralelos entre o vilão e Jair Bolsonaro).
Além disso, a produção também sofre um pouco por ser o segundo filme de uma história dividida em cinco partes. Enquanto Fantastic Beasts and Where to Find Them nos apresentou a um mundo mais feliz e nos deixou encantados com os novos personagens, agora é a vez de conhecermos melhor o vilão e suas ameaças. Como isso será abordado daqui para frente? Ainda não sei. E essa é apenas uma das várias perguntas que ficam sem resposta (e talvez seja a menos intrigante delas).
Aliás, vale dizer que o maior feito do filme – algo que seu antecessor não conseguiu construir com tanta habilidade – foi criar um sentimento de ansiedade para as sequências. Para muita gente (e eu me incluo nesse grupo), vai ser difícil agradar esses dois anos de espera. Com isso, essa produção provavelmente será analisada em detalhes por aqueles em busca de respostas, sendo vista e revista com muito afinco.
Por hora, Fantastic Beasts: The Crimes of Grindelwald continua sendo o que se espera tecnicamente dele: o diretor David Yates segue na linguagem já conhecida, os figurinos são maravilhosos, a trilha sonora se enquadra muito bem com a produção e os efeitos especiais fazem com que um mundo de fantasia pareça absolutamente real. Inclusive, esse foi um dos melhores aproveitamentos de uso do (quase falecido) 3D no cinema. Com fãs fiéis e sem concorrentes diretos nas salas de exibição, a produção deve obter uma boa bilheteria e garantir a continuidade da franquia. Visualmente, é um espetáculo.
Outras divagações:
Harry Potter and the Philosopher’s Stone
Harry Potter and the Chamber of Secrets
Harry Potter and the Prisoner of Azkaban
Harry Potter and the Goblet of Fire
Harry Potter and the Order of the Phoenix
Harry Potter and the Half-Blood Prince
Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1
Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2
Fantastic Beasts and Where to Find Them
Quando o filme foi lançado, eu celebrei a volta da magia e respirei aliviada com a mudança de tom. Sim, a história se passa no mesmo universo, mas ela busca se distanciar dos locais e personagens já conhecidos, explorando a magia pelo olhar cauteloso e tímido de Newt Scamander (Eddie Redmayne). Ele é acompanhado em suas aventuras por duas irmãs levemente excêntricas, ainda que cada uma a seu modo – Tina (Katherine Waterston) e Queenie Goldstein (Alison Sudol) –, além do divertido Jacob Kowalski (Dan Fogler), que não tem poderes e é um representante meu e seu na trama.
Em Fantastic Beasts: The Crimes of Grindelwald reencontramos esse quarteto, mas muita coisa mudou. Por mais que Newt ainda pareça relutante em olhar outras pessoas nos olhos, ele agora não é mais a causa de hilários problemas com criaturas mágicas, sendo empurrado de lá para cá em um contexto político do qual preferiria se abster. Por um lado, ele evita seu irmão mais velho, Theseus (Callum Turner) e sua melhor amiga dos tempos de Hogwarts, Leta Lestrange (Zoë Kravitz). De outro, seu querido professor Albus Dumbledore (Jude Law) nunca explica exatamente o que quer, mas quer alguma coisa. Todos esperam que ele assuma algum papel na luta contra o bruxo das trevas Gellert Grindelwald (Johnny Depp) e seus seguidores – uma lista que pode (ou não) envolver Credence Barebone (Ezra Miller), que Newt acreditava ter morrido.
Com isso, somos levados de volta, mesmo que praticamente sem nenhum aviso, ao clima sombrio de Harry Potter and the Order of the Phoenix em diante. Não é à toa que muitos críticos tenham desgostado da produção, já que ela não entrega exatamente aquilo que eles esperavam encontrar. Ao mesmo tempo, muitos dos fãs mais velhos da saga se sentirão em casa, com a quantidade imensa de mistérios que ficam no ar para serem desvendados nos próximos três filmes, com lançamentos previstos para 2020, 2022 e 2024.
Não vou adiantar os temas mais “polêmicos”, mas imagino que os próximos filmes se distanciarão bastante da estrutura de quarteto. Enquanto o longa-metragem anterior basicamente seguia o grupo por Nova York, Fantastic Beasts: The Crimes of Grindelwald já traz uma grande segmentação, com as irmãs Goldstein separadas praticamente todo o tempo. As temáticas também se tornam mais adultas e J.K. Rowling faz um paralelo não somente com o momento vivido naquele período – às vésperas da 2ª Guerra Mundial –, mas também com o atual, uma vez que ela é uma ferrenha crítica de Donald Trump (e, por aqui, muita gente já encontrou paralelos entre o vilão e Jair Bolsonaro).
Além disso, a produção também sofre um pouco por ser o segundo filme de uma história dividida em cinco partes. Enquanto Fantastic Beasts and Where to Find Them nos apresentou a um mundo mais feliz e nos deixou encantados com os novos personagens, agora é a vez de conhecermos melhor o vilão e suas ameaças. Como isso será abordado daqui para frente? Ainda não sei. E essa é apenas uma das várias perguntas que ficam sem resposta (e talvez seja a menos intrigante delas).
Aliás, vale dizer que o maior feito do filme – algo que seu antecessor não conseguiu construir com tanta habilidade – foi criar um sentimento de ansiedade para as sequências. Para muita gente (e eu me incluo nesse grupo), vai ser difícil agradar esses dois anos de espera. Com isso, essa produção provavelmente será analisada em detalhes por aqueles em busca de respostas, sendo vista e revista com muito afinco.
Por hora, Fantastic Beasts: The Crimes of Grindelwald continua sendo o que se espera tecnicamente dele: o diretor David Yates segue na linguagem já conhecida, os figurinos são maravilhosos, a trilha sonora se enquadra muito bem com a produção e os efeitos especiais fazem com que um mundo de fantasia pareça absolutamente real. Inclusive, esse foi um dos melhores aproveitamentos de uso do (quase falecido) 3D no cinema. Com fãs fiéis e sem concorrentes diretos nas salas de exibição, a produção deve obter uma boa bilheteria e garantir a continuidade da franquia. Visualmente, é um espetáculo.
Outras divagações:
Harry Potter and the Philosopher’s Stone
Harry Potter and the Chamber of Secrets
Harry Potter and the Prisoner of Azkaban
Harry Potter and the Goblet of Fire
Harry Potter and the Order of the Phoenix
Harry Potter and the Half-Blood Prince
Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1
Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2
Fantastic Beasts and Where to Find Them
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