Divagações: Star Wars: Episode IX - The Rise of Skywalker
22.1.20
E mais uma trilogia chega ao fim. Star Wars: Episode IX - The Rise of Skywalker é o encerramento de uma trajetória bem-sucedida nas bilheterias (e na venda de merchandising), mas que também foi marcada por tropeços e tragédias ao longo do caminho. Com a Disney no comando da franquia, o poder da marca foi elevado a seu limite máximo, ainda que o potencial real dos filmes tenha ficado aquém do prometido.
Não me entendam mal: eu me diverti muito ao longo do caminho. Embarquei de cabeça na empolgação com Star Wars: Episode VII - The Force Awakens, curti o clima sombrio de Rogue One: A Star Wars Story e, mais ainda, os absurdos de Star Wars: Episode VIII - The Last Jedi (entendo as ressalvas de boa parte dos fãs, mas não posso negar que gostei). Além disso, também sofri com o resultado de Solo: A Star Wars Story.
Agora, Star Wars: Episode IX - The Rise of Skywalker simplesmente me deixou com uma sensação de que, bem, esse é um filme perfeitamente aceitável no contexto. Porém, eu queria mais. Queria ter sido verdadeiramente surpreendida com as decisões e os destinos dos personagens. Queria o humor típico da série surgindo a qualquer momento. Queria toda aquela empolgação de 2015, mas acho que ela já esfriou, tanto em mim quanto em boa parte do público – tanto é que eu não consegui ver o filme na estreia e, mesmo assim, nem precisei evitar as redes sociais. Os spoilers só não vieram.
Na história, Rey (Daisy Ridley), Finn (John Boyega), Poe Dameron (Oscar Isaac) e companhia estão fazendo o possível para manter a resistência ao império viva. Os números estão reduzidos e os apoios parecem escassear a cada instante, mas a general Leia Organa (Carrie Fisher) segura as esperanças com mãos firmes. Rey, porém, está cada vez mais distraída com suas buscas pessoais e o controle de seu poder, mantendo a misteriosa conexão com Kylo Ren (Adam Driver). Ele, por sua vez, está no comando das forças imperiais, o que o coloca em contato com o perigoso Palpatine (Ian McDiarmid) e seus planos de destruição e controle.
Com esta sinopse (cuidadosa, mas nem tanto), dá para perceber que o filme não traz exatamente muitas novidades em termos de trama. Também há poucos personagens novos, ainda que isso seja bem balanceado por alguns retornos interessantes, com destaque para Lando Calrissian (Billy Dee Williams). Já a presença de Leia na produção foi garantida por cenas de arquivo e um número maior de menções que efetivamente de aparições, mas o recurso até que funcionou bem.
A sensação é que J.J. Abrams – em seu retorno ao comando da franquia – procurou dar um grande encerramento à história como um todo, juntando o máximo de pontas soltas possíveis. Isso tem seu mérito, mas o preço foi alto. Star Wars: Episode IX - The Rise of Skywalker tem muito pouco a dizer sobre si mesmo, ainda que busque uma conexão próxima com todo o legado que o antecedeu. A falta de uma cara própria, porém, acaba deixando o filme pequeno em meio a uma franquia onde, para o bem ou para o mal, cada produção tem uma identidade.
Os acontecimentos vistos no encerramento desta trilogia são verdadeiramente grandiosos, mas pouco pessoais. Eles vão além da jornada de Rey, Kylo Ren e seus colegas, de modo que o crescimento dos protagonistas e de seus amigos parece pouco importar no grande plano das coisas. Para completar, muitos pequenos avanços do filme anterior foram simplesmente descartados em prol de um andamento mais focado, deixando um gostinho decepcionante para quem tinha apego por um ou outro coadjuvante – Rose Tico (Kelly Marie Tran), aliás, foi uma das maiores prejudicadas.
Com isso, ficaram faltando também as pequenas ousadias, as correrias absurdas em locais igualmente inventivos e os planos paralelos que os heróis sempre davam um jeito de fazer funcionar. Ou seja, aquelas coisas malucas e as loucuras visuais que você nunca iria imaginar que entrariam em um filme como esse – bom, desta vez, elas realmente não deram as caras.
Star Wars: Episode IX - The Rise of Skywalker tem uma grande história épica e um duelo de forças opostas que faz jus ao que se espera da franquia. Ao mesmo tempo, o público já está cansado e o filme não conseguiu trazer uma novidade capaz de manter acessa a chama da empolgação. Os fãs sempre estarão aí e a força da marca segue forte, mas é bom que a Disney perceba que a missão de manter tudo isso em pé não é nada fácil.
Outras divagações:
Star Wars: Episode I - The Phantom Menace
Star Wars: Episode II - Attack of the Clones
Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith
Star Wars: Episode IV - A New Hope
Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back
Star Wars: Episode VI - Return of the Jedi
Star Wars: Episode VII - The Force Awakens
Star Wars: Episode VIII - The Last Jedi
Rogue One: A Star Wars Story
Solo: A Star Wars Story
Não me entendam mal: eu me diverti muito ao longo do caminho. Embarquei de cabeça na empolgação com Star Wars: Episode VII - The Force Awakens, curti o clima sombrio de Rogue One: A Star Wars Story e, mais ainda, os absurdos de Star Wars: Episode VIII - The Last Jedi (entendo as ressalvas de boa parte dos fãs, mas não posso negar que gostei). Além disso, também sofri com o resultado de Solo: A Star Wars Story.
Agora, Star Wars: Episode IX - The Rise of Skywalker simplesmente me deixou com uma sensação de que, bem, esse é um filme perfeitamente aceitável no contexto. Porém, eu queria mais. Queria ter sido verdadeiramente surpreendida com as decisões e os destinos dos personagens. Queria o humor típico da série surgindo a qualquer momento. Queria toda aquela empolgação de 2015, mas acho que ela já esfriou, tanto em mim quanto em boa parte do público – tanto é que eu não consegui ver o filme na estreia e, mesmo assim, nem precisei evitar as redes sociais. Os spoilers só não vieram.
Na história, Rey (Daisy Ridley), Finn (John Boyega), Poe Dameron (Oscar Isaac) e companhia estão fazendo o possível para manter a resistência ao império viva. Os números estão reduzidos e os apoios parecem escassear a cada instante, mas a general Leia Organa (Carrie Fisher) segura as esperanças com mãos firmes. Rey, porém, está cada vez mais distraída com suas buscas pessoais e o controle de seu poder, mantendo a misteriosa conexão com Kylo Ren (Adam Driver). Ele, por sua vez, está no comando das forças imperiais, o que o coloca em contato com o perigoso Palpatine (Ian McDiarmid) e seus planos de destruição e controle.
Com esta sinopse (cuidadosa, mas nem tanto), dá para perceber que o filme não traz exatamente muitas novidades em termos de trama. Também há poucos personagens novos, ainda que isso seja bem balanceado por alguns retornos interessantes, com destaque para Lando Calrissian (Billy Dee Williams). Já a presença de Leia na produção foi garantida por cenas de arquivo e um número maior de menções que efetivamente de aparições, mas o recurso até que funcionou bem.
A sensação é que J.J. Abrams – em seu retorno ao comando da franquia – procurou dar um grande encerramento à história como um todo, juntando o máximo de pontas soltas possíveis. Isso tem seu mérito, mas o preço foi alto. Star Wars: Episode IX - The Rise of Skywalker tem muito pouco a dizer sobre si mesmo, ainda que busque uma conexão próxima com todo o legado que o antecedeu. A falta de uma cara própria, porém, acaba deixando o filme pequeno em meio a uma franquia onde, para o bem ou para o mal, cada produção tem uma identidade.
Os acontecimentos vistos no encerramento desta trilogia são verdadeiramente grandiosos, mas pouco pessoais. Eles vão além da jornada de Rey, Kylo Ren e seus colegas, de modo que o crescimento dos protagonistas e de seus amigos parece pouco importar no grande plano das coisas. Para completar, muitos pequenos avanços do filme anterior foram simplesmente descartados em prol de um andamento mais focado, deixando um gostinho decepcionante para quem tinha apego por um ou outro coadjuvante – Rose Tico (Kelly Marie Tran), aliás, foi uma das maiores prejudicadas.
Com isso, ficaram faltando também as pequenas ousadias, as correrias absurdas em locais igualmente inventivos e os planos paralelos que os heróis sempre davam um jeito de fazer funcionar. Ou seja, aquelas coisas malucas e as loucuras visuais que você nunca iria imaginar que entrariam em um filme como esse – bom, desta vez, elas realmente não deram as caras.
Star Wars: Episode IX - The Rise of Skywalker tem uma grande história épica e um duelo de forças opostas que faz jus ao que se espera da franquia. Ao mesmo tempo, o público já está cansado e o filme não conseguiu trazer uma novidade capaz de manter acessa a chama da empolgação. Os fãs sempre estarão aí e a força da marca segue forte, mas é bom que a Disney perceba que a missão de manter tudo isso em pé não é nada fácil.
Outras divagações:
Star Wars: Episode I - The Phantom Menace
Star Wars: Episode II - Attack of the Clones
Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith
Star Wars: Episode IV - A New Hope
Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back
Star Wars: Episode VI - Return of the Jedi
Star Wars: Episode VII - The Force Awakens
Star Wars: Episode VIII - The Last Jedi
Rogue One: A Star Wars Story
Solo: A Star Wars Story
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