Divagações: Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga
8.7.20
De alguma forma, Will Ferrell encontrou para si uma fórmula cômica para a qual sempre pode apelar. Ainda que ele não faça “só” isso, acabou se tornando comum ver o ator participando de produções que exageram temáticas que, por si só, já são um tanto quanto absurdas. Pode ser o mundo do jornalismo local, dos detetives, da moda masculina, das corridas de carros, da patinação no gelo ou do famoso concurso musical Eurovision.
Obviamente, nem sempre o formato funciona. Ainda assim, no geral, ele tem encontrado mais acertos que erros, o que já parece ser o suficiente. Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga, por exemplo, não é um filme absurdamente hilário, que será lembrado por gerações. Ainda assim, é um longa-metragem bastante engraçado e que entrega exatamente aquilo a que se propõe: fazer graça com algo que já é um tanto quanto ridículo por natureza.
Ao longo do filme, nós acompanhamos uma dupla de um pequeno vilarejo pesqueiro da Islândia que sonha em participar da competição e representar seu país. Lars Erickssong (Will Ferrell) é um homem de meia-idade que se dedica de corpo e alma a encontrar a música perfeita, sempre enfrentando a resistência e a vergonha de seu pai (Pierce Brosnan). Já Sigrit Ericksdottir (Rachel McAdams), ainda que bastante dedicada à dupla, está também preocupada em agradar a Lars e ganhar seu coração.
A jornada de ambos – que formam a “banda” Fire Saga – envolve um bocado de sorte, uma grande tragédia, várias falhas técnicas, muita falta de profissionalismo, um político desesperado (Mikael Persbrandt) e até mesmo a ajuda de elfos. Mas os desafios não acabam quando Lars e Sigrit chegam ao Eurovision, pois lá eles encontram segundas intenções nas ações dos representantes da Rússia (Dan Stevens) e da Grécia (Melissanthi Mahut).
Obviamente, Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga é um filme que pode ser “problematizado”. A representação da Islândia (e de todos os representantes europeus, na verdade) é bastante caricata. Ainda assim, gostaria de acreditar que nada foi feito com o sentido de ofender, podendo ser encarado com bom humor até mesmo por pessoas nativas de cada um dos países retratados.
Mas o que realmente interessa é a representação do concurso em si. Por natureza, o Eurovision já é bastante brega e repleto de situações constrangedoras. Por conta disso, acho que, no final das contas, a produção nem precisou se esforçar tanto assim para levar comicidade às apresentações. Dentro do contexto do filme, até mesmo imagens reais do concurso já poderiam funcionar bem (mas talvez isso ofendesse algumas pessoas).
Talvez as músicas talvez fiquem devendo um pouco em relação às canções reais, mas elas exploram com convicção os arranjos e as temáticas, o que já me parece ser o suficiente.
E, convenhamos, todo esse universo é tão rico e divertido que ele já consegue segurar o filme por si só. Afinal, a história é um fiapo que mal se sustenta, contando com a repetição constantes de situações que poderiam ser resolvidas com uma boa conversa. Os personagens principais têm uma personalidade bastante limitada e uma inteligência questionável, mas podemos considerar que isso é um “brinde” do gênero.
De qualquer modo, Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga consegue ser engraçado e trazer um “algo a mais”. Mais especificamente: figurinos constrangedores, uma boa dose de músicas e um toque de romance. Ah! E participações especiais. Entre elas: Conchita Wurst, Graham Norton, Salvador Sobral e Demi Lovato.
Outras divagações:
The Change-Up
The Judge
Obviamente, nem sempre o formato funciona. Ainda assim, no geral, ele tem encontrado mais acertos que erros, o que já parece ser o suficiente. Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga, por exemplo, não é um filme absurdamente hilário, que será lembrado por gerações. Ainda assim, é um longa-metragem bastante engraçado e que entrega exatamente aquilo a que se propõe: fazer graça com algo que já é um tanto quanto ridículo por natureza.
Ao longo do filme, nós acompanhamos uma dupla de um pequeno vilarejo pesqueiro da Islândia que sonha em participar da competição e representar seu país. Lars Erickssong (Will Ferrell) é um homem de meia-idade que se dedica de corpo e alma a encontrar a música perfeita, sempre enfrentando a resistência e a vergonha de seu pai (Pierce Brosnan). Já Sigrit Ericksdottir (Rachel McAdams), ainda que bastante dedicada à dupla, está também preocupada em agradar a Lars e ganhar seu coração.
A jornada de ambos – que formam a “banda” Fire Saga – envolve um bocado de sorte, uma grande tragédia, várias falhas técnicas, muita falta de profissionalismo, um político desesperado (Mikael Persbrandt) e até mesmo a ajuda de elfos. Mas os desafios não acabam quando Lars e Sigrit chegam ao Eurovision, pois lá eles encontram segundas intenções nas ações dos representantes da Rússia (Dan Stevens) e da Grécia (Melissanthi Mahut).
Obviamente, Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga é um filme que pode ser “problematizado”. A representação da Islândia (e de todos os representantes europeus, na verdade) é bastante caricata. Ainda assim, gostaria de acreditar que nada foi feito com o sentido de ofender, podendo ser encarado com bom humor até mesmo por pessoas nativas de cada um dos países retratados.
Mas o que realmente interessa é a representação do concurso em si. Por natureza, o Eurovision já é bastante brega e repleto de situações constrangedoras. Por conta disso, acho que, no final das contas, a produção nem precisou se esforçar tanto assim para levar comicidade às apresentações. Dentro do contexto do filme, até mesmo imagens reais do concurso já poderiam funcionar bem (mas talvez isso ofendesse algumas pessoas).
Talvez as músicas talvez fiquem devendo um pouco em relação às canções reais, mas elas exploram com convicção os arranjos e as temáticas, o que já me parece ser o suficiente.
E, convenhamos, todo esse universo é tão rico e divertido que ele já consegue segurar o filme por si só. Afinal, a história é um fiapo que mal se sustenta, contando com a repetição constantes de situações que poderiam ser resolvidas com uma boa conversa. Os personagens principais têm uma personalidade bastante limitada e uma inteligência questionável, mas podemos considerar que isso é um “brinde” do gênero.
De qualquer modo, Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga consegue ser engraçado e trazer um “algo a mais”. Mais especificamente: figurinos constrangedores, uma boa dose de músicas e um toque de romance. Ah! E participações especiais. Entre elas: Conchita Wurst, Graham Norton, Salvador Sobral e Demi Lovato.
Outras divagações:
The Change-Up
The Judge
0 recados