Divagações: Puss in Boots: The Last Wish

Como tenho feito com alguma frequência, vou começar esse texto com uma confissão: eu não lembro do que acontece em Puss in Boots . Na verdad...

Puss in Boots: The Last Wish
Como tenho feito com alguma frequência, vou começar esse texto com uma confissão: eu não lembro do que acontece em Puss in Boots. Na verdade, eu nem tenho certeza se eu realmente vi o filme (a resenha publicada aqui não foi escrita por mim). Ainda assim, fui convencida a ver Puss in Boots: The Last Wish sob o argumento de que isso realmente não faria muita diferença. E realmente acho que não fez.

Lançado onze anos após seu antecessor (que já havia sido lançado dez anos após Shrek), este filme com direção de Joel Crawford e Januel Mercado veio para aproveitar uma marca já existente e contar uma história própria. Obviamente, a produção traz os elementos que tornaram o personagem famoso – sim, os grandes olhos pidões –, mas isso surge quase que como um easter egg para quem ainda se lembra dos velhos tempos.

Basicamente, Puss in Boots: The Last Wish conta a história de como Puss in Boots (Antonio Banderas) lida com a perspectiva da morte iminente. Após ter usado oito de suas noves vidas (pois é!) sem qualquer medo, o famoso herói felino tem que lidar com a possibilidade de que não terá mais uma chance.

Enquanto tenta se desvencilhar da perseguição do lobo (Wagner Moura), Puss acaba refugiado na casa de uma adoradora de gatos (Da'Vine Joy Randolph), onde cai nas graças de um irritante cachorro disfarçado (Harvey Guillén). Mas sua sorte pode mudar quando ele descobre que Goldilocks (Florence Pugh) e sua família/gangue de ursos estão em uma missão para enganar Jack Horner (John Mulaney) e pegar um mapa até uma estrela cadente que garantirá um único desejo. O detalhe é que há outra gata com intenções semelhantes: Kitty Softpaws (Salma Hayek).

Com isso, Puss in Boots: The Last Wish aposta fortemente nas cenas de ação, com várias lutas de espada e perseguições. E essas sequências são bastantes interessantes, uma vez que a equipe da Dreamworks parece ter ficado fã de Spider-Man: Into the Spider-Verse. A animação, de maneira geral, é perceptível diferente em relação às encarnações anteriores do personagem, mas o novo visual se encaixa bem dentro desta nova proposta.

Para quem gosta de cinema, o filme também está repleto de referências (além da profusão de menções a contos de fada). Segundo os diretores, Il buono, il brutto, il cativo é uma das principais inspirações e, além disso, há momentos que replicam The Wizard of Oz, Mary Poppins e Fantasia.

Aliás, embora a trama em si não seja particularmente memorável, há várias boas ideias e o longa-metragem consegue explorar temas diferentes do habitual para um filme infantil de ação. Juntando isso com uma boa execução, faz sentido que a produção tenha chegado até a lista de indicados ao Oscar de 2023.

Puss in Boots: The Last Wish é divertido e merece uma chance – mesmo se você, como eu, não se lembra mais do filme anterior. Acredito que seja uma boa opção para ver com crianças, mas garanto que a produção também consegue se segurar em uma plateia de adultos, pois tem boas piadas e sequências bem animadas. Basta separar um balde de pipoca e ir relaxar.

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