Mais de uma vez, Ridley Scott mencionou uma continuação para Gladiator. Ainda bem que ainda não aconteceu – existem coisas que, se mexer, estraga. Ao invés disso, a parceria dele com Russell Crowe continuou com Robin Hood, que chega às telonas na semana que vem (dia 14, galera).

Fazia tempo que o personagem não aparecia, embora haja um número gigante de filmes sobre ele. E então surge a questão: Mais um? Precisamos disso?

Convenhamos que não é novidade que Hollywood gosta de reaproveitar material, sempre tentando atualizar (ou algo assim) aquilo que já tem público certo. Robin Hood, nesse caso, é um prato cheio para histórias, referências e tentativas de contar a verdade. Pois é, a ideia inovadora de Scott de mostrar o “verdadeiro” Robin Hood não é exatamente uma novidade (já diriam Kevin Reynolds e Kevin Costner). Aliás, essa tendência de contar a “verdadeira história” de personagens marcantes já deu o que tinha que dar com Troy, Alexande e Kingdom of Heaven.

Então por que eles estão fazendo isso? Porque eles são Ridley Scott e Russell Crowe. Eles podem! O marketing do filme pode estar em baixa (compare com Alice in Wonderland e sinta a diferença), mas com certeza Robin Hood vai se destacar numa época em que pouca coisa relevante está chegando as telas. O único desafio é Iron Man 2, mas não há um conflito tão grande assim quando se trata de público.

As expectativas são oscilantes. Scott teve um certo trabalho em fazer Crowe se interessar pelo roteiro, mas há confiança no trabalho da dupla e os trailers agradaram quem viu. Mas ninguém acredita que será um novo Gladiator. A principal questão, no entanto, continua a mesma do início. Será que eles irão fazer com que eu acredite que esse filme precisava ser feito? Ele irá trazer algo de diferente para o personagem.

Desafios...