Utopia e bom marketing

Acabei de ir à livraria e encontrei algo muito legal (e de graça): uma revistinha cheia de artigos legais que faz parte dos materiais promoc...

Acabei de ir à livraria e encontrei algo muito legal (e de graça): uma revistinha cheia de artigos legais que faz parte dos materiais promocionais do filme Utopia e Barbárie. Deu uma super vontade de ir ao cinema assistir!

O filme é um documentário que chegou aos cinemas no dia 23 de abril (em Curitiba, está em cartaz em apenas um cinema e o horário é trágico para quem trabalha, 18h). O diretor é Silvio Tendler que, de acordo com o release para imprensa, trabalha a 19 anos no projeto (uau!).

Olha só o que o release fala sobre o filme:

Partindo da II Guerra Mundial, o filme faz uma revisão nos eventos políticos e econômicos, que desde a metade do século XX elevaram ao risco e até ao desaparecimento dos sonhos de igualdade, de justiça e harmonia, em busca de entender as questões que mobilizam esses dias tumultuados: a utopia e a barbárie.

“Utopia e Barbárie” é um road movie histórico que percorreu ao todo 15 países: França, Itália, Espanha, Canadá, EUA, Cuba, Vietnã, Israel, Palestina, Argentina, Chile, México, Uruguai, Venezuela e Brasil. Em cada um desses lugares, Tendler documentou os protagonistas e testemunhas da história, os apresentando de forma apartidária, mas sem deixar de trazer um pouco do olhar do cineasta, que completa 60 anos em 12 de março de 2010.

Nas telas, Silvio Tendler trafega por alguns dos episódios mais polêmicos dos últimos séculos, como as bombas de Hiroshima e Nagasaki, o Holocausto, a Revolução de Outubro, o ano de 1968 no mundo (Brasil, França, Chile, Argentina, Uruguai, dentre outros), a Operação Condor, a queda do Muro de Berlim e a explosão do neoliberalismo mais canibal que a História já conheceu.

O cineasta foi à procura dos sonhos que balizaram o século XX e inauguram o século XXI. Ao longo de quase duas décadas de trabalho, Silvio Tendler fez uma minuciosa pesquisa e reconstruiu parte da história mundial, através do olhar de personagens com abordagens e trajetórias distintas, que ajudaram a compor um rico painel de nossa época. O diretor entrevistou inúmeros intelectuais, como filósofos, teatrólogos, cineastas, escritores, jornalistas, militantes, historiadores, economistas, além de testemunhas e vítimas desses episódios históricos.

Para vocês terem uma noção, entre esses entrevistados estão: Amir Haddad, Augusto Boal, José Celso Martinez, Dilma Rousseff, Eduardo Galeano, Ferreira Gullar, Franklin Martins, Macarena Gelman (argentina filha de desaparecidos políticos), Naisandy Barret (brasileira nascida em havana e filha de desaparecidos políticos) e General Giap (estrategista do exército vietnamita).

Voltando à revista que ganhei. O material é muito legal. Tem textos de Moacyr Scliar, Salim Miguel, Sergio Muniz, Arnaldo Bloch, entre outros, além de uma entrevista com Silvio Tendler e informações gerais sobre o filme. São 32 páginas!
Material pra ninguém botar defeito.

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1 recados

  1. Fico chateado em saber que produzem um material legal pra um filme verdadeiramente caprichado pelo diretor, pra que o mesmo seja meio ignorado e esquecido no cenário nacional. É a sindrome de Som e fúria, um material que tem de tudo pra ser legal, mas que ninguem vê porque não se acha!

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