Livros: Gênio Indomável

Como prometido, aqui está o segundo comentário do Cinema de Novo sobre livros que dizem respeito ao cinema. Hoje, “a vítima” é Gênio Indomáv...

Como prometido, aqui está o segundo comentário do Cinema de Novo sobre livros que dizem respeito ao cinema. Hoje, “a vítima” é Gênio Indomável, roteiro escrito (e estrelado) por Matt Damon e Ben Affleck que rendeu a ambos um Oscar de Melhor Roteiro Original. A introdução ficou por conta do diretor do filme, Gus Van Sant.

Eu, pessoalmente, adoro ler roteiros. Então, gostaria que eles fossem publicados com mais frequência em seu formato original (não transformados em livro, como às vezes acontece) e com um preço acessível. Exatamente o caso do meu exemplar de Gênio Indomável, lançado pela editora Rocco em 1998 e traduzido da edição estadunidense e canadense, da editora Hyperion. Não lembro exatamente quanto paguei na época e, infelizmente, dei uma procurada pela internet e só encontrei avisos de “esgotado”. A propósito, nem uma imagem decente da capa eu consegui achar, então peguei o pôster do filme para ilustrar essa postagem. A capa contém a mesma foto, só mudam as coisas escritas.

Para quem não conhece, a história acompanha Will Hunting (interpretado no filme pelo próprio Matt Damon), um gênio da matemática que trabalha como pedreiro ou zelador e adora uma briga de bar. Sua vida muda quando ele é “descoberto” pelo professor Gerald Lambeau (Stellan Skarsgård), começa a frequentar sessões com o psicólogo Sean Maguire (Robin Williams) e inicia um namoro com Skylar (Minnie Driver). Tudo isso sem abandonar seus amigos pobres e descendentes de irlandeses.

Além de contar uma ótima história e de ser bem fácil de ler (não pensem mal de mim, mas às vezes simplesmente preciso de algo assim), Gênio Indomável possui o humor característico do filme (que originalmente se chama Good Will Hunting) – exceto, é claro, pelas improvisações de Robin Williams. Em alguns momentos chega a ser possível lembrar detalhes das cenas, sendo interessante ler algo que já vem com as vozes dos atores na sua cabeça. Isso que eu vi o filme apenas uma vez e há muito tempo.

Também é interessante perceber o quanto do que está no papel virou filme e como as mudanças feitas posteriormente afetaram o resultado final. Não que muita coisa tenha sido alterada, mas as sutilezas são responsáveis por muitas coisas. A própria atuação de Matt Damon fez de Will Hunting um personagem muito melhor. Se essa história fosse apenas um livro, não seria tão boa. Talvez seja por isso que eu ainda recomende mais o filme que o livro. Mas pense que o que foi publicado, na verdade, não precisaria ter sido. Afinal de contas, era apenas um instrumento para a produção do filme.

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