Divagações: Get Him to the Greek

Talvez não seja bom admitir isso, mas ainda não assisti a Forgetting Sarah Marshall . Ainda bem que isso não é um pré-requisito para Get ...

Talvez não seja bom admitir isso, mas ainda não assisti a Forgetting Sarah Marshall. Ainda bem que isso não é um pré-requisito para Get Him to the Greek, onde Russell Brand interpreta novamente o roqueiro Aldous Snow. Aliás, ele também encarnou o personagem ao vivo no espetáculo Russell Brand: Scandalous - Live at the O2 Arena.

De qualquer modo, em Get Him to the Greek, tudo gira ao redor de Aldous Snow. Com a indústria musical enfrentando uma recessão, Aaron Green (Jonah Hill), o funcionário de uma gravadora, sugere um show comemorativo que pode ajudar a aumentar as vendas dos álbuns antigos do roqueiro, ressuscitando sua carreira e garantindo uma boa grana no caixa da empresa. O chefe de Aaron, Sergio Roma (Sean Combs), então, resolve mandá-lo a Londres para trazer o astro até o teatro em Los Angeles, com a missão extra de manter Snow feliz e, ao mesmo tempo, evitar que ele se meta em encrencas.

Obviamente, o trabalho não é dos mais fáceis e o sonhador fã que encontra o ídolo acaba tendo diversos problemas – e alguns desvios – no decorrer do percurso. Há muitas piadas sobre a situação atual da indústria musical, de modo que talvez seja bom assistir ao filme antes que ele acabe desatualizado. Pessoalmente, não conheço muito dessa área e tenho receio que o filme não envelheça bem.

Ainda assim, as músicas que acompanham o filme são tão legais quanto as festas e confusões que surgem. Russell Brand canta um grande número delas ao lado da banda ficcional Infant Sorrow e é impossível não se empolgar com as letras absurdas e as performances exageradas. Rose Byrne também diverte como a cantora e ex-mulher de Snow, Jackie Q, uma personagem que traz muitas referências e piadas de baixo calão para o filme.

A propósito, para quem tiver a oportunidade, recomendo ver o filme com as legendas em inglês ou simplesmente sem legendas. A tradução acaba prejudicando muitas piadas, embora as legendas não sejam tão educadas quanto o normal, deixando escapar alguns palavrões. Caso os pais se preocupem, é preciso deixar claro que o filme faz piadas sobre a vida de estrelas do rock, então não é tão pesado quanto poderia ser, mas aparece consumo de drogas, a linguagem não é adequada para crianças e há um pouco de nudez. Mais detalhes sobre a classificação indicativa podem ser encontrados nesse link.

Como comédia para adultos, Get Him to the Greek consegue ter um apelo quase universal. A maior parte das piadas se refere a celebridades com comportamentos inadequados socialmente e isso não deve atingir a quase ninguém (afinal, quantas pessoas assim você conhece pessoalmente?). Além disso, há algumas brincadeiras que poderiam ser consideradas ofensivas para negros, mas elas são feitas por um ator negro, o que anula as coisas (não deveria, mas parece que é assim que as pessoas lidam com isso).

Com roteiro e direção de Nicholas Stoller, o filme faz parte da fase de ascensão e espero que a qualidade se mantenha nos próximos trabalhos. Não dá para negar que se trata de um amontoado de bobagens, mas elas foram bem selecionadas e funcionam perfeitamente em conjunto. Get Him to the Greek é o filme para quem quer se divertir com os amigos ou em uma monótona tarde chuvosa. Pegue as pipocas e prepare o sofá da sala!

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