Livros: Hatari! Revista de Cinema nº 2 (junho 2014)

Como eu disse quando tratei da edição passada , não se trata exatamente de um livro, mas mantive o nome da seção para facilitar as tags! ...

Como eu disse quando tratei da edição passada, não se trata exatamente de um livro, mas mantive o nome da seção para facilitar as tags!

Mais madura que sua antecessora, a Hatari! Revista de Cinema nº 2 decidiu se manter temática, mas com algumas divisões. O destaque da edição está no Dossiê Teen Movies, mas também há três textos sobre o sim no cinema e um mini-dossiê sobre Tobe Hooper. Sem perder espaço com páginas coloridas de pôsteres e resenhas de filmes nem tão recentes assim, a publicação parece ter encontrado soluções editoriais mais adequadas – embora eu confesse que gostaria de ter visto três revistas diferentes, uma com cada um dos temas apresentados.

Visualmente, a revista também está melhor resolvida. Suponho que as páginas de abertura dos artigos poderiam ser melhor resolvidas, mas a apresentação dos textos e as legendas melhoraram bastante. É muito interessante perceber essa evolução! Parabéns para todos os envolvidos e, claro, para o pessoal da Editora Estronho, que tornou esse projeto possível.

Aos textos! A linguagem acadêmica se beneficiou de um tema mais leve, deixando os autores – que são participantes do grupo de estudos de cinema da Faculdade de Artes do Paraná – mais soltos e menos propensos a tentar dificultar a linguagem. Enquanto na edição anterior havia certa idolatria, aqui há uma admiração mais próxima. 

Destaco especialmente a abertura do Dossiê Teen Movies, chamada “Sim, o Pulso Ainda Pulsa”, de Verginia Grando, que traduz muito bem a essência dos filmes sobre a adolescência. Outros bons textos que merecem lembrança são “Reflexões sobre a Adolescência no Cinema” (Eduardo Savella), que aborda diversas sentimentos em uma variedade de filmes; “Nove Olhares em Férias Frustradas de Verão” (Miguel Haoni), que praticamente decupa Adventureland; “Wassup Rockers” (Taynan Mendes), que coloca o filme homônimo em um contexto mais amplo; e “Boyhood: Da Infância à Juventude” (Cauby Monteiro), sobre a obra de Richard Linklater.

Com relação aos textos sobre o som no cinema, sinto que faltou uma unidade maior entre os assuntos escolhidos – mas o objetivo aqui também não era fazer um dossiê, então espero que isso seja melhor desenvolvido em uma próxima edição. Por fim, o especial de Tobe Hooper trouxe artigos bem apaixonados de Rodrigo Carreiro (esse com o melhor texto do grupo, provavelmente), Fernando Costa, Alexandre Magno e Christopher Pallú.

Com 116 páginas, a Hatari! Revista de Cinema nº 2 termina com a promessa de uma terceira edição sobre cinema japonês. Mal posso esperar!

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