Suponho que poucos cineastas da atualidade tenham uma estética tão característica (e tão conhecida) quanto Wes Anderson . Em muitos casos, isso é interpretado de uma forma reducionista, como se o diretor estivesse limitado a um padrão de cores e enquadramentos, o que não é necessariamente verdade. The Phoenician Scheme , por exemplo, é uma produção com uma paleta um tanto quanto sóbria – ainda que não sempre –, mas é inegável que se trata de uma obra de Anderson . Desde a primeira cena, somos transportados para um mundo meio absurdo, com diálogos bastante característicos e desdobramentos pouco convencionais. É mais do que o visual, ainda que ele tenha muita responsabilidade. Desta vez, acompanhamos Zsa-zsa Korda ( Benicio Del Toro ), um trambiqueiro de sucesso que está dando andamento a um projeto muito ambicioso. Após mais uma tentativa de assassinato, ele decide nomear sua única filha, a noviça Liesl ( Mia Threapleton ), como sua herdeira – mesmo tendo outros nove filhos. Para que po...
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