Divagações: Avengers - Age of Ultron

E aqui estamos novamente. Por incrível que pareça, a Marvel está desenvolvendo seu ‘universo cinematográfico’ com muitos sucessos desde ...

E aqui estamos novamente. Por incrível que pareça, a Marvel está desenvolvendo seu ‘universo cinematográfico’ com muitos sucessos desde 2008. A estreia de Avengers: Age of Ultron e os bons números do filme nas bilheterias que o digam! Ainda assim, é preciso observar que o estúdio precisa, no mínimo, surpreender seu público para manter os bons resultados. Como fazer isso com uma grande quantidade de personagens já conhecidos e diversos outros longas-metragens delimitando até onde a história pode ir?

Nesse novo filme, a ideia foi apostar no time. As cenas de ação não são tão empolgantes quanto o que vimos em Captain America: The Winter Soldier. Os efeitos especiais não são tão legais quanto os de Guardians of the Galaxy. Não há tanta tecnologia como em Iron Man 3. Ainda assim, esse é um filme sobre pessoas diferentes que precisam aprender a lutar juntas por um mesmo ideal, o que é mais complicado do que parece à primeira vista.

Iron Man (Robert Downey Jr.) e Captain America (Chris Evans) soltam suas faíscas, mas estão conseguindo trabalhar bem em conjunto. Eles contam com o auxílio da sempre presente Black Widow (Scarlett Johansson) e do pé-no-chão Hawkeye (Jeremy Renner), ao mesmo tempo em que Hulk (Mark Ruffalo) está sob controle e Thor (Chris Hemsworth) até ajuda, mas mantém agenda própria. Eles lidam com suas missões habituais, mas sem o antigo apoio da S.H.I.E.L.D. até que julgam ultrapassar o pior.

É nesse momento que um plano para manter a paz resulta em Ultron (James Spader), uma inteligência artificial muito poderosa e que pretende exterminar o grupo. A ele se juntam os irmãos Quicksilver (Aaron Taylor-Johnson) e Scarlet Witch (Elizabeth Olsen), que têm muitos motivos para odiar os heróis.

Embora existam muitas voltas e reviravoltas, Avengers: Age of Ultron não se importa muito em ter um roteiro inteligente. O filme tem uma história repleta de acontecimentos absurdos e forçados, daqueles que só funcionam se você não pensar muito sobre o que realmente está acontecendo. Ao mesmo tempo, existe o mérito em aproveitar esse tempo que seria ‘gasto’ em desenvolvimento da trama para explorar a fragilidade da dinâmica entre os personagens. Eles deveriam ser um time, mas não existe nenhum senso de igualdade ou irmandade real.

De uma forma geral, a produção consegue agradar quem busca por um gostinho do seu super-herói favorito, ao mesmo tempo em que cumpre seu objetivo de lidar com um elenco gigantesco – Samuel L. Jackson, Don Cheadle, Paul Bettany, Cobie Smulders e Anthony Mackie também dão as caras. Isso sem contar que os caminhos para as próximas produções do estúdio começam a ser ditados, podendo realmente surpreender os desavisados.

No entanto, não dá para exigir muito mais do que isso de Avengers: Age of Ultron. Como diretor e roteirista, Joss Whedon se esforçou ao máximo para dar coesão a essa imensa bagunça e é um grande mérito que ele tenha conseguido fazer um filme compreensível. Talvez o grande vilão acabe chamando mais atenção que os heróis, mas vale observar que ele é um só.

Tecnicamente, a produção está muito boa (eu confesso que apenas não gostei muito de alguns momentos da sequência de abertura), com efeitos caprichados, uma música empolgante (ainda que não particularmente memorável) e uma edição menos frenética que o habitual, mas bastante eficiente. É para caprichar na pipoca e entrar na sala de cinema com todos os seus amigos.

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