Divagações: Iron Man 3
2.5.13
É estranho pensar que esse é o terceiro filme de uma franquia ligada a The Avengers, outra série muito famosa e de orçamento inflado – por sua vez relacionada a diversos outros títulos, como Thor e Captain America. Com tanto dinheiro e tantas outras coisas envolvidas, fica cada vez mais difícil contar uma história, mas o diretor e roteirista Shane Black deu um jeito de deixar sua marca e fazer algo único (ou quase isso).
O filme conta uma história posterior ao que vimos em The Avengers e Tony Stark (Robert Downey Jr.) parece não estar lidando muito bem com o trauma resultante de sua última aventura. Ainda assim, ele continua nadando no dinheiro e sua namorada Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) construiu uma bem sucedida carreira como mulher de negócios.
Em meio à rotina do casal, descobrimos que o mundo tem sofrido ameaças de um terrorista conhecido como Mandarin (Ben Kingsley), um cara barbudo que quer ‘ensinar uma lição’ ao presidente dos Estados Unidos (William Sadler). Entre os colaboradores do vilão de apelido mal explicado estão Aldrich Killian (Guy Pearce) e Maya Hansen (Rebecca Hall), pessoas que Stark conheceu em uma festa na Suíça há alguns anos.
Como não poderia deixar de ser, o herói acaba levando as coisas para o lado pessoal quando seu ex-segurança, Happy Hogan (Jon Favreau) quase morre em um dos atentados. Eventualmente, acabam se envolvendo também o velho amigo do herói, James Rhodes (Don Cheadle), e um menino aleatório, Harley Keener (Ty Simpkins).
Para completar, nesse filme Stark também é o narrador – algo explicado na cena após os créditos –, toda a jornada ganha um ar diferenciado, mais pessoal e levemente ranzinza. Aparentemente, isso não combina muito com o protagonista, mas digamos que as mudanças trazidas pelo final tentam explicar, ainda que não muito bem.
Outro aspecto diferente que pode ser facilmente notado é a trilha sonora. Ela combina muito bem com o visual de Iron Man 3, particularmente quando chego os créditos finais (percebam que eu recomendo permanecer na sala). Alguns mais apegados aos filmes anteriores podem não gostar das novidades, mas eu acho que mudanças são bem vindas em uma franquia que pretende ter vida longa.
Antes que eu esqueça: pode levar a pipoca e o refrigerante ao cinema sem problemas! Iron Man 3 continua sendo uma aventura leve com moças bonitas, muitas explosões, várias cenas de ação interessantes, vilões um tanto quanto patéticos e um final redentor. Todas essas características estão presentes em boa quantidade e devem garantir uma bilheteria considerável.
Sem dúvida, um olhar mais atento percebe a ausência de Jon Favreau como diretor, já que ele comandou os dois filmes anteriores e aqui permanece apenas como ator. Por mais que algumas coisas tenham mudado, no entanto, a essência da franquia continua a mesma daquele filme que surpreendeu a todos em 2008. Dois anos depois, o personagem mostrou que pode continuar sendo lucrativo e agora a ideia é simplesmente se manter no topo.
Além disso, muita coisa acontece nos 130 minutos do filme. Para quem espera simplesmente a aventura, talvez seja um pouco ruim lidar com todas as expectativas relacionadas à The Avengers (e às outras séries). Já quem queria um universo completo de super-heróis e dimensões interplanetárias também pode ter que amargar algumas decepções, especialmente quanto aos vilões. Como eu acredito que são poucas as pessoas com expectativas tão unidirecionais, acho que a mistura ficou bem temperada.
2 recados
Nossa, estava esperando ansioso pela sua crítica...
ResponderExcluirAinda estou dividido a respeito do filme. O encarei como experimento, no final das contas.
Afinal, após o segundo filme, o que vier da franquia pode gerar amor ou ódio para os fãs, mas com certeza todos irão assistir.
Por mais que tenha diversão de sobra, ainda sim estou indignado com o papel do Kingsley... E além disso, se partir para o lado xiita de toda a história...
Enfim, foi um filme divertido. Mas as fichas do melhor filme de Super herói do ano, estão todas em "Man of Steel"...
Sim, você tem razão, Evandro. Há um lado bem experimental em Iron Man 3 (e você não é o único a ter ficado indignado pelo papel do Ben Kingsley). Eu, particularmente, gosto disso, pois acho que ajuda a escapar um pouco das fórmulas!
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