Divagações: 13 Going on 30
6.4.17
Big era um dos meus filmes favoritos quando eu era criança. Assim, a ideia de 13 Going on 30, ainda que bastante clichê, sempre teve um apelo muito forte comigo. Era, praticamente, a versão feminina daquele filme que eu tanto gostava (ainda que não exatamente). Agora, em uma época que eu me aproximo dos 30 anos, a produção consegue manter seu charme, seu apelo e, sinceramente, parece ainda mais engraçada.
Jenna Rink (Christa B. Allen) é uma menina de 12 anos que não está feliz com sua vida. Ela gostaria de ser tão popular quanto Lucy Wyman (Alexandra Kyle) e se ilude achando que a menina é sua amiga, ignorando todos os sinais de que a estão fazendo de idiota. A única pessoa a seu lado é seu vizinho Matt Flamhaff (Sean Marquette), mas ele não compartilha de suas ambições. Assim, em seu aniversário de 13 anos, Jenna vive uma experiência humilhante e deseja ter 30 anos. Inesperadamente, seu pedido se torna realidade.
Agora adulta, ela (Jennifer Garner) trabalha com Lucy (Judy Greer) em sua revista favorita, tendo tudo o que sempre desejou – incluindo um apartamento na 5ª Avenida, em Nova York, e uma fotografia autografada pela Madonna. Contudo, aos poucos, Jenna descobre que não é uma pessoa legal, perdeu contato com seus pais, causa medo em sua secretária, tem um namorado bonito e burro, um caso com um colega e não faz a menor ideia de onde Matt (Mark Ruffalo) está. Assim, ela parte na missão de ajeitar sua vida, salvar sua revista querida e, se possível, voltar a ter 13 anos.
Com certa razão, muita gente se incomoda por não ver tanto a criança na protagonista, mas uma mulher absolutamente atrapalhada e um tanto quanto ingênua. A seu modo, 13 Going on 30 é muito mais sobre alguém que descobriu que não gosta de ser a pessoa que se tornou e decide entender exatamente como tudo isso aconteceu. Talvez esse seja um motivo pelo qual o diretor Gary Winick fosse inicialmente contra a festa de pijama, que aproxima Jenna de outras meninas e ressalta seu lado infantil. Mas, como uma comédia, acredito que forçar o conceito por meio de um elemento de fantasia faz com que a produção ganhe leveza. Ou estou apenas defendendo o filme porque, no fundo, eu me diverti bastante.
De qualquer forma, tudo é acompanhado por um figurino pensado em detalhes. Em pleno 2004, as escolhas de roupa da protagonista – vinda diretamente de 1987 – são pouco usuais, mas muito bem recebidas. Afinal, ela está abraçando a onda retrô! As cores e os modelos contrastam muito bem com a seriedade de seus colegas, mas chamam a atenção quando se pensa que ela é editora de uma revista de estilo para adolescentes e jovens adultos. A mudança que isso provoca na personagem de Judy Greer também é algo muito divertido de assistir (ainda que um tanto quanto exagerada).
Aproveitando a deixa, o filme é uma boa oportunidade de ver Andy Serkis interpretando uma pessoa real em vez de uma criatura de computação gráfica. Seu personagem é uma das melhores pessoas no futuro ‘sombrio’ da protagonista. Outro aspecto de destaque em 13 Going on 30 é a trilha sonora, que dá o tom certo para a produção. A famosa cena onde os personagem dançam Thriller, de Michael Jackson, durante uma festa, continua funcionando bem.
Aliás, acho que dificilmente exista outro filme que saiba lidar tão bem com essa sensação de nostalgia, não só dos anos 1980, mas da adolescência. Mesmo a protagonista seja uma criança em um corpo de mulher, os demais personagens são adultos normais e que, embora realizados profissionalmente, sentem saudades do passado.
Sinceramente, conheço várias pessoas da minha idade que ainda ouvem músicas de axé, pagode e boy bands da época da nossa adolescência, por mais que estejam perfeitamente conscientes de que as composições não são exatamente um primor. 13 Going on 30 é para essas pessoas que relembram com carinho de uma época difícil, da qual muitos preferiam ter simplesmente fugido.
Jenna Rink (Christa B. Allen) é uma menina de 12 anos que não está feliz com sua vida. Ela gostaria de ser tão popular quanto Lucy Wyman (Alexandra Kyle) e se ilude achando que a menina é sua amiga, ignorando todos os sinais de que a estão fazendo de idiota. A única pessoa a seu lado é seu vizinho Matt Flamhaff (Sean Marquette), mas ele não compartilha de suas ambições. Assim, em seu aniversário de 13 anos, Jenna vive uma experiência humilhante e deseja ter 30 anos. Inesperadamente, seu pedido se torna realidade.
Agora adulta, ela (Jennifer Garner) trabalha com Lucy (Judy Greer) em sua revista favorita, tendo tudo o que sempre desejou – incluindo um apartamento na 5ª Avenida, em Nova York, e uma fotografia autografada pela Madonna. Contudo, aos poucos, Jenna descobre que não é uma pessoa legal, perdeu contato com seus pais, causa medo em sua secretária, tem um namorado bonito e burro, um caso com um colega e não faz a menor ideia de onde Matt (Mark Ruffalo) está. Assim, ela parte na missão de ajeitar sua vida, salvar sua revista querida e, se possível, voltar a ter 13 anos.
Com certa razão, muita gente se incomoda por não ver tanto a criança na protagonista, mas uma mulher absolutamente atrapalhada e um tanto quanto ingênua. A seu modo, 13 Going on 30 é muito mais sobre alguém que descobriu que não gosta de ser a pessoa que se tornou e decide entender exatamente como tudo isso aconteceu. Talvez esse seja um motivo pelo qual o diretor Gary Winick fosse inicialmente contra a festa de pijama, que aproxima Jenna de outras meninas e ressalta seu lado infantil. Mas, como uma comédia, acredito que forçar o conceito por meio de um elemento de fantasia faz com que a produção ganhe leveza. Ou estou apenas defendendo o filme porque, no fundo, eu me diverti bastante.
De qualquer forma, tudo é acompanhado por um figurino pensado em detalhes. Em pleno 2004, as escolhas de roupa da protagonista – vinda diretamente de 1987 – são pouco usuais, mas muito bem recebidas. Afinal, ela está abraçando a onda retrô! As cores e os modelos contrastam muito bem com a seriedade de seus colegas, mas chamam a atenção quando se pensa que ela é editora de uma revista de estilo para adolescentes e jovens adultos. A mudança que isso provoca na personagem de Judy Greer também é algo muito divertido de assistir (ainda que um tanto quanto exagerada).
Aproveitando a deixa, o filme é uma boa oportunidade de ver Andy Serkis interpretando uma pessoa real em vez de uma criatura de computação gráfica. Seu personagem é uma das melhores pessoas no futuro ‘sombrio’ da protagonista. Outro aspecto de destaque em 13 Going on 30 é a trilha sonora, que dá o tom certo para a produção. A famosa cena onde os personagem dançam Thriller, de Michael Jackson, durante uma festa, continua funcionando bem.
Aliás, acho que dificilmente exista outro filme que saiba lidar tão bem com essa sensação de nostalgia, não só dos anos 1980, mas da adolescência. Mesmo a protagonista seja uma criança em um corpo de mulher, os demais personagens são adultos normais e que, embora realizados profissionalmente, sentem saudades do passado.
Sinceramente, conheço várias pessoas da minha idade que ainda ouvem músicas de axé, pagode e boy bands da época da nossa adolescência, por mais que estejam perfeitamente conscientes de que as composições não são exatamente um primor. 13 Going on 30 é para essas pessoas que relembram com carinho de uma época difícil, da qual muitos preferiam ter simplesmente fugido.
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