Divagações: The Rocky Horror Picture Show

O que dizer de um filme tão cultuado? Que ele é uma grande bobagem? Sem dúvida, isso ele não é. Ou não estaria presente na vida das pessoa...



O que dizer de um filme tão cultuado? Que ele é uma grande bobagem? Sem dúvida, isso ele não é. Ou não estaria presente na vida das pessoas desde 1975 (ou mais, considerando a peça que deu origem ao filme). Uma bobagem não resistiria tanto na efêmera cultura pop. Uma bobagem não habita mentes nerds do mundo inteiro.

Mas o que dizer de um filme – um musical, ainda por cima – onde o protagonista é um extraterrestre cientista gay doidão? Onde tudo é motivo de escracho? Onde Susan Sarandon é uma heroína jovem, pura e ingênua (ou quase isso)?

Aliás, qual é o sentido de um filme como esse? Onde o figurino de homens e mulheres inclui corpetes, meia calças e sapatos de salto fino? Um filme em que o vilão é a atração? Ele mata, subverte, convence e, ao final, o público é levado a querer o seu bem. O que pensar disso?

Qual é o sentido de questionar, afinal? Quando uma boca vermelha aparece sem rosto em uma tela preta e canta daquela maneira, você simplesmente não precisa mais formular perguntas. Entre na dança: seja dando pulos e passos ou se protegendo com jornais durante a cena de chuva.

The Rocky Horror Picture Show é um deleite para as madrugadas tediosas, uma ótima pedida contra a rotina e um maravilhoso veneno para filosofias de uma blogueira.

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