Divagações: The Illusionist

Se The Illusionist pretendia ser um filme inteligente, cheio de mistério e com boas sacadas, do tipo para ser lembrado muitos anos depois,...


Se The Illusionist pretendia ser um filme inteligente, cheio de mistério e com boas sacadas, do tipo para ser lembrado muitos anos depois, sinto dizer que ele falhou. Aliás, desde The Sixth Sense, o público que procura por isso vem sendo constantemente decepcionado.

Mesmo assim, o filme ainda é uma boa pedida para aqueles que querem ver algo sério que não seja ação, nem um drama pesado. O enredo trata do ilusionista – ou mágico, se você preferir – Eisenheim (Edward Norton, barbudo, mas ótimo). Quando jovem, ele se apaixonou pela duquesa Sophie (Jessica Biel, muito bonita) e foi correspondido, mas por ser filho de marceneiro tratava-se de um amor impossível.

Já adulto, Eisenheim viajou o mundo inteiro e se tornou um dos melhores em sua arte, enquanto Sophie se envolveu com o príncipe herdeiro Leopold (Rufus Sewell e um bigodão), um nobre ambicioso e com fama de violento. O reencontro acontece durante um espetáculo, os dois começam a se encontrar e atraem a atenção do inspetor de polícia Uhl (Paul Giamatti, também ótimo). Para evitar que Sophie se case com o príncipe ou que Eisenheim seja preso, os dois decidem fugir. Na tentativa, ela morre. O mágico, então, começa a fazer estranhos espetáculos em que pessoas mortas surgem como fantasmas e respondem às perguntas da plateia. Incluindo Sophie.

Contar mais do que isso é estragar o filme (acho, inclusive, que já contei demais). A trama é envolvente e as ligeiras idas e vindas na história servem apenas para dar um ar de complexidade e confusão um pouco maior.

Recomendado para aqueles que se decepcionaram com a história de Sherlock Holmes, The Illusionist traz boas interpretações e exige mais atenção do que faz pensar. De qualquer forma, é um alívio quando se pensa no corre-corre dos filmes que estão no cinema fazendo grandes sucessos de bilheteria.

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