O Melhor do Milênio (até agora): No Country for Old Men
1.1.14
Embora haja muita coisa interessante para falar sobre No Country for Old Men, vou começar com algo que, no fundo, ninguém deixa de comentar: o cabelo do Javier Bardem. Em outras situações, ele seria considerado cômico, mas aqui funciona para enfatizar a loucura. Foi uma escolha acertada, mas arriscada.
Baseado em um livro de Cormac McCarthy, o filme começa quando Llewelyn Moss (Josh Brolin) encontra um bom dinheiro em uma situação suspeita – e decide ficar com ele. O problema é que começa uma caçada à grana e seu perseguidor é Anton Chigurh (Javier Bardem), um homem muito cruel e de sangue frio. Ao mesmo tempo, o xerife Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones) corre por fora para descobrir o que aconteceu.
Com roteiro e direção de Ethan Coen e Joel Coen, a produção consegue se manter fiel ao material original ao mesmo tempo em que fica bem clara a identidade de seus realizadores. O absurdo cruza com o cotidiano e ninguém sai intacto dessa situação. Inclusive, a simples presença de algo tão ameaçador quanto Anton Chigurh, na verdade, deixa a tensão tão alta quanto em um bom filme de terror.
Repleto de reviravoltas e surpresas, o filme é uma caixinha de surpresas maldosa e incômoda. Afinal, embora traga poucos sentimentos aparentes (ou talvez justamente por isso), No Country for Old Men fala sobre as pessoas e pode tocar fundo. Em que mundo estamos vivendo?
Data de lançamento: 2007
Direção: Ethan Coen e Joel Coen
Principais nomes do elenco: Javier Bardem, Tommy Lee Jones, Josh Brolin, Woody Harrelson e Kelly Macdonald
Duração: 122 min
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