O Melhor do Milênio (até agora): Intouchables
31.12.13
Os opostos se atraem? Intouchables parece acreditar nisso ao contar uma história baseada em fatos reais sobre uma amizade. Sem envolvimentos românticos, o filme consegue arrancar lágrimas e muitas risadas, mesmo tendo uma premissa um tanto quanto trágica – bem, essa não deixa de ser uma forma preconceituosa de enxergar as coisas.
Driss (Omar Sy) é um ex-presidiário cheio de problemas familiares e que precisa fazer entrevistas de emprego para continuar ganhando seguro social. É assim que ele vai parar na casa de Philippe (François Cluzet), um milionário tetraplégico que está cansado dos assistentes que aparecem para trabalhar em sua casa. Assim, em um movimento arriscado, Driss é contratado, passa a viver na mansão e tem que dar de comer e até a limpar o patrão.
Lidando com o assunto a partir do ponto de vista de uma pessoa simples e completamente inexperiente, o filme leva (não tão) sutilmente os expectadores para dentro do universo de um cadeirante. As situações podem ser vistas como tristes, mas o filme acredita que é possível trazer mais leveza para a vida. E tudo se torna uma grande e divertida aventura. A propósito, além de ser uma história de amizade, Intouchables dá uma lição de amor próprio.
O filme é muito bonito e tem as paisagens contrastantes que só o cinema francês pode oferecer. Aliás, tudo nesta produção é uma questão de contraste e complementação, formando um todo absolutamente único.
Data de lançamento: 2011
Direção: Olivier Nakache e Eric Toledano
Duração: 112 min
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