Oscar 2016: Expectativas para a cerimônia
26.2.16
Na noite do próximo domingo (28), vamos nos unir a Chris Rock para mais uma edição dos Academy Awards – mais conhecidos como Oscars. Esse é um prêmio dado pela própria indústria cinematográfica a seus pares e, portanto, acaba dizendo muito sobre as pessoas que fazem parte desse meio.
Sim, esse é um prêmio reconhecidamente machista, racista e preconceituoso de diversas formas. Os votantes tendem a dar preferência para mulheres mais jovens e homens reconhecidamente poderosos, só para dar um exemplo bem simples.
Ao mesmo tempo, a cerimônia do Oscar também é um espaço para mobilizar mudanças (que o diga a repercussão do discurso que Patricia Arquette fez no ano passado) e expressar as opiniões políticas de alguns dos maiores formadores de opinião dos Estados Unidos (nunca subestime o poder da indústria do entretenimento!). Em um ano de eleições presidenciais no país, podemos esperar por discursos inflamados e até pela presença de alguns políticos.
Com relação aos prêmios propriamente ditos, é bem provável que The Revenant confirme seu favoritismo, com Spotlight, Mad Max: Fury Road e The Big Short recebendo poucas estatuetas. Nem sempre é possível vencer, mas acredito que essas produções já conseguiram se consagrar como as mais relevantes do ano passado. E é a posteridade que vai dizer o quão relevantes elas podem se tornar.
Infelizmente, algumas grandes promessas, como The Hateful Eight, passarão quase em branco, mas esse é exatamente o tipo de filme que não precisa do aval da Academia para se destacar. Outros como Carol, The Danish Girl, Joy e Steve Jobs sofrem um pouco mais (embora o primeiro dificilmente fique de mãos vazias).
Essa também é a festa em que a Pixar mostra que não está à toa com Inside Out e Sanjay's Super Team. Ao contrário do que aconteceu no ano passado, quando suas vitórias foram bastante criticadas, agora há o apoio da crítica. Afinal, além de contar com todo o poderio da Disney – que conseguiu fazer Star Wars: The Force Awakens marcar presença entre os indicados –, o estúdio de animação tem três indicações e é bem provável que vença em duas delas.
Por fim, também preciso destacar a presença forte do cinema independente. Mesmo sem uma campanha tão forte quanto alguns de seus 'colegas', Room conquistou um espaço considerável na cerimônia e se tornou impossível ignorá-lo. Brooklyn, Ex Machina, Amy, Spotlight e Carol são outras produções que, embora tenham nomes importantes no elenco, não contam com o apoio de grandes estúdios.
Como já é tradição, quem quiser acompanhar o Oscar na companhia da equipe do Cinema de Novo pode seguir o blog pelo twitter @cinemadenovo. Esperamos por vocês no domingo!
E que vençam os melhores!
Sim, esse é um prêmio reconhecidamente machista, racista e preconceituoso de diversas formas. Os votantes tendem a dar preferência para mulheres mais jovens e homens reconhecidamente poderosos, só para dar um exemplo bem simples.
Ao mesmo tempo, a cerimônia do Oscar também é um espaço para mobilizar mudanças (que o diga a repercussão do discurso que Patricia Arquette fez no ano passado) e expressar as opiniões políticas de alguns dos maiores formadores de opinião dos Estados Unidos (nunca subestime o poder da indústria do entretenimento!). Em um ano de eleições presidenciais no país, podemos esperar por discursos inflamados e até pela presença de alguns políticos.
Com relação aos prêmios propriamente ditos, é bem provável que The Revenant confirme seu favoritismo, com Spotlight, Mad Max: Fury Road e The Big Short recebendo poucas estatuetas. Nem sempre é possível vencer, mas acredito que essas produções já conseguiram se consagrar como as mais relevantes do ano passado. E é a posteridade que vai dizer o quão relevantes elas podem se tornar.
Infelizmente, algumas grandes promessas, como The Hateful Eight, passarão quase em branco, mas esse é exatamente o tipo de filme que não precisa do aval da Academia para se destacar. Outros como Carol, The Danish Girl, Joy e Steve Jobs sofrem um pouco mais (embora o primeiro dificilmente fique de mãos vazias).
Essa também é a festa em que a Pixar mostra que não está à toa com Inside Out e Sanjay's Super Team. Ao contrário do que aconteceu no ano passado, quando suas vitórias foram bastante criticadas, agora há o apoio da crítica. Afinal, além de contar com todo o poderio da Disney – que conseguiu fazer Star Wars: The Force Awakens marcar presença entre os indicados –, o estúdio de animação tem três indicações e é bem provável que vença em duas delas.
Por fim, também preciso destacar a presença forte do cinema independente. Mesmo sem uma campanha tão forte quanto alguns de seus 'colegas', Room conquistou um espaço considerável na cerimônia e se tornou impossível ignorá-lo. Brooklyn, Ex Machina, Amy, Spotlight e Carol são outras produções que, embora tenham nomes importantes no elenco, não contam com o apoio de grandes estúdios.
Como já é tradição, quem quiser acompanhar o Oscar na companhia da equipe do Cinema de Novo pode seguir o blog pelo twitter @cinemadenovo. Esperamos por vocês no domingo!
E que vençam os melhores!
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