Divagações: Jennifer’s Body

Diablo Cody que me desculpe. Ela foi muito cool em Juno, mas seu universo adolescente de terror visto em Jennifer’ Body não encanta nem as...

Diablo Cody que me desculpe. Ela foi muito cool em Juno, mas seu universo adolescente de terror visto em Jennifer’ Body não encanta nem assusta. Bom, talvez sirva para meninas de 12 anos.

A culpa não é do elenco. A protagonista do bem é Amanda Seyfried, sempre competente. A protagonista do mal é Megan Fox, sempre bonita. Já os meninos são interpretados Johnny Simmons e Adam Brody que, obviamente, arrancam suspiros das menininhas. Tirando eles, ninguém mais ganha muito tempo de tela.

A história é até interessante. Duas amigas de infância vão a um show, mas o local pega fogo e uma delas (adivinhe quem) é levada pela banda para um ritual macabro e possuída por um demônio que combina muito bem com sua personalidade. Além desse pequeno inconveniente, tudo se passa em uma cidade muito pequena e cada morte recebe grandes repercussões. Como em grande parte dos filmes sobre adolescentes americanos, tudo caminha para um baile no final.

Essa questão da importância do baile, aliás, incomoda. O filme não decidiu muito bem se quer explorar os clichês do gênero e divertir ou se quer inovar e surpreender. Os sustos são tão previsíveis que incomodam. Os personagens secundários possuem um grau de estupidez incrível, principalmente os rapazes (o que não é tão distante assim da realidade, vamos confessar). Se os diálogos fossem mais inspirados, talvez – somente talvez – o resultado final valesse a pena. Sem contar que o visual e a trilha sonora indie fizeram falta...

No final das contas, o que importa são as meninas de Cody. Elas têm seu destaque e são o que interessa no filme, continuam fazendo suas mancadas e dando seu próprio jeito para se livrar delas. São mocinhas decididas e antenadas, mas têm uma cabecinha muito pequena ainda.

Na próxima tentativa, Cody terá que lembrar que precisa fazer um filme para gente grande. Não basta ter Megan Fox no elenco nem um Oscar de melhor roteiro na estante para garantir um sucesso de bilheteria...

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