Entrevistas: Maggie Gyllenhall e Jeff Bridges

Maggie Gyllenhall Esse é um daqueles projetos que meio que... Ia ser lançado no ano que vem e, de repente, a Fox Searchlight começa a dar m...


Esse é um daqueles projetos que meio que... Ia ser lançado no ano que vem e, de repente, a Fox Searchlight começa a dar muito apoio, lançando agora e tem se falado muito sobre o filme. Como tem sido esse processo para você? Você poderia falar um pouco sobre isso?
Essa parte? O lado mais comercial?

Como é ter um filme que ia ser lançado no ano que vem e aí, do nada, te chamam para fazer uma junket de imprensa... Você sabe.
Bom, é o jeito como este filme tem sido. Eu acho que ele foi meio abençoado, de certas maneiras. Quer dizer, eu recebi o roteiro e disse: "Não é possível que esse filme tenha esse dinheiro, não é possível". Sabe, era em um momento em que filmes independentes como este não estavam sendo feitos. Antes de ler o roteiro eu pensei: "Qual é? Jeff Bridges e Robert Duvall? Tem alguma coisa errada aí". Não pode ser, é muito bom para ser verdade. E, no entanto, foi um ótimo papel e um roteiro realmente legal. E acho que o jeito que está sendo lançado também é muita sorte, sabe? Ele teve uma vida longa para encontrar seu caminho até aqui. E eu realmente acho que é um filme especial. E acho que isso se refletiu também na forma como está sendo lançado.

Bom, todos estão falando sobre as atuações e sua química com Jeff. Quando você estava filmando com Jeff, você poderia falar sobre como vocês encontraram um jeito de trabalhar juntos? Sabe, foi química imediata, você poderia falar um pouquinho sobre isso?
Sim, foi. Quero dizer, todo ator - não todo ator - mas algumas "escolas" de atuação, você bate o olho e pensa: "Eu não conheço essa pessoa, mas estou assistindo ao trabalho dela e aposto que trabalharíamos bem juntos. Eu acho que eles fariam do jeito que eu faria". Eu conheci o Jeff na premiére de O Sorriso de Monalisa, sabe, anos atrás. E eu tinha tomado algumas taças de champagne e aí disse: "Ai, adoro seus filmes!". E ele disse: "Nós vamos trabalhar juntos um dia". E aí nós trabalhamos. Sabe, sinceramente, nós trabalhamos de maneira tão parecida, nós simplesmente entramos de cabeça. Confiamos um no outro e simplesmente vivemos o papel.

Você poderia falar também sobre como é interpretar uma mãe, agora que você é mãe. E como isso talvez afetou sua performance de maneira diferente?
Eu tenho mais orgulho desse trabalho do que qualquer filme que já fiz. Eu acho que muito disso tem a ver com ter me tornado uma mãe, sabe desde quando... Minha filha tinha quase dois anos quando eu fiz o filme. Já tinha passado pela fase do bebê, até completar dois anos, até finalmente ter uma criança grande o suficiente que me permitiria ir e ser consumida por alguma coisa. Eu senti que tudo em mim tinha mudado, depois de ter feito isso, depois de ter dado à luz e me tornado uma mãe. Fiquei mais profunda, complicada e até mais relaxada. Acho que algumas das performances antigas e que mais me orgulhavam são tão meio que selvagens e firmes e fortes. Jean, eu acho que ela é muito mais branda, vulnerável e emotiva e real. E acho que a atuação está mais madura e acho que isso tem muito a ver com ter virado mãe.

Sem dúvida. Preciso perguntar e espero que ninguém tenha te perguntado isso hoje. Você está empolgada para Príncipe da Pérsia?
Eu estou empolgada. Meu irmão me mostrou o trailer pela internet e sim, estou muito empolgada!

Com isso tenho que encerrar. Muito obrigado pelo seu tempo e parabéns pelo filme.
Obrigada.

Fonte: omelete

---


Acho que quero começar perguntando... Esse é um daqueles roteiros que te oferece muita coisa. Foi isso que te atraiu para o papel? Você poderia falar um pouco sobre o que te trouxe para o projeto?
Sim, o roteiro era bom quando eu li da primeira vez, mas tinha uma parte enorme faltando: a música. Não havia nenhuma música, e é todo sobre a música e não havia nenhuma canção. Então inicialmente eu tinha dito não. Então mais ou menos um ano depois disso, eu fui à casa do meu amigo T-Bone Burnett, que mencionou o roteiro e disse: "Você conhece esse roteiro?". Eu disse: "Sim, é bem bom". E ele disse: "É, e você vai fazer?". Eu disse: "Por que? Você está pensando em fazer?". E ele disse: "Se você fizer, eu faço". Eu disse: "Bom, eu faço se você fizer". E isso preencheu aquela lacuna.

Qual o segredo para interpretar um bom – um acreditável – bêbado nas telas?
Bom, acho que ter alguma experiência com estar bêbado, isso ajuda. É provavelmente a chave do sucesso. Você deve evitar estar realmente bêbado, eu acho, porque você tem o resto, sabe? Sustentar isso é meio difícil.

Nick Cage me disse que ele estava na verdade um pouco bêbado em Despedida em Las Vegas.
Cada um cada um, cara, você sabe. Talvez eu tome um pouco, sabe só um golinho, para meio que pegar o gosto. Mas, sabe, eu acho que quero ter minha cabeça comigo.

Totalmente. Esse é um daqueles projetos que gera muitos comentários. Agora no fim do ano, a Fox Searchlight o lançou do nada. Era para estrear só em 2010 e eles adiantaram para 2009. Como tem sido essa experiência para você, de repente, estar sendo mencionado na temporada de prêmios, ter todos falando sobre este filme, tão rápido?
É muito legal, cara. A Fox Searchlight é nossa heroína. Eles nos salvaram, sabe? Você pode fazer um filme como o nosso e se divertir muito fazendo, eu com certeza tive isso. Ele pode ser bem acabado, você pode gostar do produto final e aí ele pode ir para a privada, sabe. Eu tive filmes que eu me sentia muito feliz com o resultado final e o processo de filmá-lo, e a distribuidora faliu e levou todos aqueles filmes com ela. Pode acontecer. Mas ter a Fox Searchlight, que é a melhor no ramo, especialmente para nosso tipo de filme, foi uma verdadeira bênção. E agora nós podemos não só ter tido a diversão de fazer o filme e amar o produto final. Agora podemos mostrá-lo para um monte de gente, que pode curtir também, então, sabe, isso é ótimo.

E é claro que eu tenho que te perguntar sobre uma das coisas que muitas pessoas estão animadas para o ano que vem, que é Tron Legacy. Você pode falar um pouquinho sobre voltar a interpretar Kevin Flynn?
Sim, nossa, você sabe há quantos anos atrás nós fizemos Tron?

83? 84?
Quantos anos é isso?

Vinte e sete?
Uau cara, vinte e sete anos atrás! Voltar ao mundo virtual foi divertido, cara. Muitos dos motivos que me trouxeram de volta para fazer a continuação são os mesmos que me levaram ao filme original. Sabe, tem meio que um aspecto infantil no que eu faço, em atuar e fingir e toda essa coisa. Meio que ouvir: "Você quer interpretar um cara que é sugado para dentro de um computador?". E aí você pode usar toda a tecnologia que está rolando. Então, a tecnologia que está disponível hoje, que estamos usando nesse novo Tron, faz as coisas antigas parecerem muito como a TV em preto e branco, ou algo do tipo. Isso vai ser em IMAX 3-D, sabe, no auge. Vai ser muito empolgante, mal posso esperar para ver como esse filme vai ficar.

Fonte: omelete

RELACIONADOS

0 recados